sexta-feira, 31 de maio de 2013

Violência na pauta dos educadores

Para especialistas, escolas devem priorizar mediação e diálogo em situações de conflito



Silvia Miranda
Forpaz
Oficinas de capacitação sobre mediação de conflitos é o foco do segundo dia de evento


IPATINGA – Educadores e alunos participaram, nessa terça-feira (28), do XI Fórum Regional de Promoção da Paz nas Escolas (Forpaz). O evento, realizado no auditório da sede regional da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), reuniu representantes da comunidade escolar, da Superintendência Regional de Ensino (SRE), poder público e da Subsecretaria de Direitos Humanos ligada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), com a finalidade de debater ações para combater a violência nas unidades escolares. A programação continua na manhã desta quarta-feira (29).

O Fórum de Promoção da Paz Escolar e Articulação em Rede (Forpaz) é uma rede articulada de parceiros engajada na prevenção e enfrentamento da violência nas escolas de Minas Gerais. A iniciativa pretende servir de suporte aos diretores e educadores diante de situações de conflitos no ambiente escolar. Por meio de fóruns regionais, diretores, educadores e secretários municipais de educação são capacitados a identificar os parceiros presentes em sua própria comunidade.

Durante o encontro, especialistas, defensores públicos, representantes das Polícias Militar e Civil, da subsecretaria de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), debateram temas como “Ações de enfrentamento do crack”; “Promoção da paz escolar e articulação em rede”; “Mediação de conflitos como técnica facilitadora do trabalho em rede”; “Políticas de assistência, segurança e prevenção”; e “Garantia dos direitos da criança e do adolescente”.

A superintendente regional de ensino, Maria do Carmo Silvia Melo, destacou que a escola precisa desempenhar, constantemente, ações para a promoção da paz, além de suas atividades curriculares. “O ser humano a todo o momento precisa se recordar dos valores necessários para a sua vida cidadã, porém, também é obrigação da escola, não só ministrar os conteúdos curriculares, como também incentivar a cultura da paz”, defendeu.
Alguns alunos também participaram dos debates, para testemunhar práticas educativas que incentivam a harmonia no ambiente escolar.

Experiências
Nesta quarta-feira (29), segundo dia do encontro, professores e diretores participarão de oficinas de capacitação sobre mediação de conflitos, simulando situações que podem ocorrer no ambiente escolar. O treinamento deve ser ministrado pela defensora pública Francis de Oliveira Rabelo Coutinho, autora do projeto “Mediação Escolar: Paz em Ação”, desenvolvido em escolas de Belo Horizonte e que utiliza a técnica de mediação como instrumento pacificador e minimizador da violência juvenil.

Também fazem parte da programação, relatos de experiências de prevenção à violência e desenvolvimento da cultura da paz. Os relatos serão feitos pelas Escolas Estaduais São Sebastião, de Timóteo, e Herbert de Souza, de Santana do Paraíso.

Mediações
Para a técnica da Sedese, Marta Maria Castro Vieira da Silva, o professor é um importante defensor dos direitos da criança e do adolescente. E precisa conhecer a fundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e saber que esta normalização também aponta deveres e limites para as crianças na convivência social. “Por isso, nós trazemos toda uma discussão de uma educação voltada para os direitos humanos porque, aí nós contribuímos com a paz, com o respeito e com o fim da violência”, argumenta.

Na opinião de Marta Maria, o professor pode defender seus próprios direitos, sem entrar em conflito com o ECA, recorrendo as normas regimentais das escolas e priorizando o diálogo e a mediação. “Para estabelecer e entender essas regras; sempre dialogar, negociar, se colocar como ouvinte, se colocar na posição do outro e desistir dos preconceitos que, muitas vezes recaem sobre a população”, aconselha.

A técnica informou que em casos de conflitos configurados dentro dos ambientes de educação é dever do município gerenciar as ações e providências a serem tomadas com auxílio de órgãos como centros de referências especializados, conselhos tutelares e conselhos de direitos, ligados ao sistema de garantia de direitos da infância.

Fonte: Diário do Aço

Para Sinteam, campanha contra violência aos professores deve envolver pais de alunos

O objetivo da proposta é estimular a reflexão sobre a violência física e moral cometida contra professores no exercício de suas atividades nas escolas


Segundo Marcus Libório, casos de violência contra o professor estão mais frequentes
Segundo Marcus Libório, casos de violência contra o professor estão mais frequentes(Ney Mendes)
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) aprova o projeto de lei que determina a implantação de campanhas educativas de prevenção à violência contra professores. No entanto, o presidente da entidade, Marcus Libório, afirma que a medida vai ajudar a minimizar a violência contra os docentes nas escolas, mas não irá coibí-la. O projeto de lei é de autoria do vereador Everaldo Farias (PV).
O objetivo da proposta é estimular a reflexão sobre a violência física e moral cometida contra professores no exercício de suas atividades nas escolas. “Toda ação que venha a beneficiar o professor na questão de sua valorização e segurança é válida. Já fui vítima de violência e sei como é passar por isso. E falar de violência contra professores não é apenas se referir à violência física, mas existe a verbal e também aquela que chamamos de violência material”, disse Libório.
De acordo com o presidente do Sinteam, embora nem todos os casos de violência sejam levados pelos professores que foram vítimas ao sindicato, a entidade disse que tem conhecimento de casos de professores sofreram ameaças ou de que tiveram seus veículos particulares danificados.
Marcus Libório disse que a implantação de campanhas educativas de prevenção à violência contra os professores não vai coibir essa prática, apenas minimizá-la, embora ele seja a favor do projeto de lei. Para o presidente do Sinteam, o problema precisa ser discutido entre a comunidade escolar e os pais dos alunos.
“Os alunos não são apenas responsabilidade da escola, mas também dos pais. Não se pode achar que essa violência é um problema pontual, isto é, apenas do professor. O caso não pode ser tratado como um caso isolado. Porque hoje é um professor, amanhã é outro e depois mais um. Tem que haver também um acompanhamento dos pais. Por isso é preciso aproximá-los da comunidade escolar. E complicado para o professor trabalhar enquanto ele se sente intimidado por alunos”, defende.
Fonte: A Crítica

Projeto Bem Conviver encerra encontro em escola de Mosqueiro

Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 29/05/2013 às 19:44

A cultura de paz dentro das escolas foi a temática debatida nos três dias do curso de formação oferecido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) para professores e técnicos das escolas estaduais e municipais de Mosqueiro e Santa Bárbara do Pará. Cerca de 100 profissionais participaram, desde segunda-feira (27), do encontro, que teve como missão a formação de multiplicadores para a cultura de paz no ambiente escolar. A programação ocorreu na escola Honorato Filgueiras, de Mosqueiro.
Diversos parceiros, como Pro Paz, Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Conselhos Tutelares e Fundação Papa João XXIII, foram convidados e levaram a sua contribuição a toda a comunidade escolar, com palestras, oficinas, mesas redondas e bate papo. As atividades terminaram nesta quarta-feira (29).
Entre as programações que prenderam a atenção dos os participantes, esteve o “Papo de Rocha”, desenvolvido pela Susipe no projeto Conquistando a Liberdade, em que detentos conversam com a comunidade e relatam sua experiência de vida, alertando para o perigo de se envolver em algo ilícito. Também foi debatido o combate às drogas, pelo Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), da PM.
“Esta parceria é de suma importância que para consigamos levantar a bandeira da cultura de paz e da não violência. Com estas ações integradas entre educação, segurança e saúde, estamos diminuindo os índices de problemas nas escolas”, disse a chefe da Coordenadoria de Ações Educativas Complementares da Seduc, Carmem Silva.
“Este projeto foi muito importante para toda a escola. Cada representação aqui presente teve seu papel e contribuição social. O trabalho de cada um dos parceiros foi fantástico, mas ficamos fascinados pelo trabalho da Susipe. Temos certeza que os relatos dos detentos instigaram a reflexão d os participantes, alertando os alunos que o caminho das drogas, a ausência da família e as más companhias não levam ninguém a um bom lugar”, disse a vice-diretora, Arneide Carvalho.
A manhã foi dedicada às oficinas para a construção de pré-projetos de combate à violência, que serão desenvolvidos nas escolas. Professores e técnicos estavam atentos às explicações dos monitores. “Este projeto é muito bom. Se for construído com base na união de todos, no compromisso e na responsabilidade com a escola e com os alunos, tenho certeza que serão colhidos bons frutos”, defendeu a professora Paulina Bentes, da escola estadual Carananduba.
Carmem Silva explicou que todos os projetos elaborados pelas escolas serão assessorados e monitorados pela Seduc, para que sejam desenvolvidos satisfatoriamente. Esta é a terceira etapa dos cursos de formação do “Bem Conviver”, que iniciou em meados de maio, com a formação de 150 agentes multiplicadores da não violência em escolas da 3ª Unidade Regional de Educação, em Abaetetuba. Outras duas formações estão previstas para o mês de junho, em escolas da Região Metropolitana de Belém.
O projeto Bem Conviver foi lançado em setembro de 2012, inicialmente em 21 escolas estaduais, das quais dez de tempo integral. Elas foram escolhidas com base em um estudo do Pro Paz sobre vulnerabilidade. Para Carmem Silva, além de diminuir os índices de violência, o projeto visa fortalecer as relações interpessoais no ambiente escolar, promovendo uma forte e coesa interação entre a escola e a comunidade, com objetivo de alcançar melhorias na qualidade do ensino e no aumento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Texto:
Fabiana Batista - Seduc
Fone: (91) 3201-5181 / (91) 8802-0325
Email: inezfabianabatista@gmail.com

Secretaria de Estado de Educação
Rod. Augusto Montenegro Km 10, S/N. Icoaraci, Belém-PA. CEP: 66820-000
Fone: (91) 3201-5205 / 5005 / 5180 / 5008
Site: www.seduc.pa.gov.br Email: gabinete@seduc.pa.gov.br

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Kelly Osbourne chama Lady Gaga de hipócrita após sofrer bullying dos fãs dela

A briga entre Lady Gaga e Kelly Osbourne ganhou mais um capítulo.

Em entrevista à revista “Cosmopolitan”, Kelly disse que Lady Gaga não põe em prática as ideias que defende.

“Eu amava a Lady Gaga. Acreditava totalmente em tudo o que ela defendia, até que percebi que ela é uma grande hipócrita”, explicou a inglesa. “Ela prega: ‘quando ver bullying, intervenha’, mas não fez nada quando seus fãs me ameaçaram de morte. Se os meus fãs ameaçassem alguém de morte, eu me posicionaria”.

“Você pode dizer o que quiser para os seus milhões de fãs”, provocou a apresentadora. “Eu sei a verdade. Você se alimenta dos esquisitos e nerds para continuar sua carreira? Você realmente se importa com a comunidade gay? Porque se você se importa mesmo, deveria defendê-los mais”.

O mal estar entre as duas começou em janeiro, quando Kelly criticou a roupa de Lady Gaga em um red carpet no programa “Fashion Police”, do qual é comentarista. Lady Gaga não deixou barato e publicou uma carta aberta em seu site reclamando das críticas de Kelly e dizendo que o programa “cultiva a negatividade”.

Imediatamente, os fãs de Lady Gaga a defenderam e fizeram comentários agressivos sobre Kelly.
“Eles disseram que eu deveria me suicidar, que gostariam que eu fosse estuprada”, contou a apresentadora na época, em entrevista à revista “Fabulous”.

Sharon Osbourne, a mãe de Kelly, interviu na briga e publicou um texto em seu Facebook dizendo que Gaga faz campanhas contra o bullying mas ela mesma é uma praticante ávida de bullying.
“Não deixe seus fãs serem tão terrivelmente prejudiciais, ofensivos, violentos. Se você é a ‘mãe monstro’, cuide disso. Por que você, como uma mulher responsável, não proibiu violência e ameaças em seu site?”, questionou Sharon.

“Tudo o que estou pedindo é que ela faça jus aos seus princípios, já que ela diz que deseja que o mundo seja mais corajoso e mais amável”, justificou a mulher de Ozzy.


Fonte: Boa informacao
Fonte: Folha 

Especialistas defendem programa nacional de combate ao bullying

Já existem diversas leis municipais e estaduais sobre o assunto, mas uma legislação nacional seria necessária, segundo deputados, para instituir um programa de combate ao problema em todo o território nacional.

Participantes da audiência pública sobre a proposta que institui o programa de combate ao bullying (PL 5369/09) foram unânimes em defender a proposta. A audiência foi promovida pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) nesta quarta-feira (29). De autoria do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), a proposta define bullying como todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo, que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas.
Entre as ações estabelecidas pelo projeto para prevenir o bullying está a capacitação de docentes e equipes pedagógicas para ações de discussão, orientação e solução do problema. Também estão previstas na proposta campanhas de educação e conscientização, orientação de pais e assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e agressores.
Vieira da Cunha enfatizou que já existem diversas leis municipais e estaduais sobre o assunto, mas uma legislação nacional é necessária para instituir um programa de combate ao problema em todo o território brasileiro. “Quando se instaura na escola a prática de violência, os resultados são altos índices de repetência e de evasão”, disse. “Só com uma cultura de paz existe ambiente de aprendizado”, destacou. Segundo o deputado, as escolas brasileiras hoje estão, de forma geral, desaparelhadas para lidar com o problema e devem ter equipes multidisciplinares preparadas para isso.
O representante do Ministério Público de Minas Gerais Lélio Braga Calhau observou que, no Brasil, só há iniciativas isoladas de combate ao bullying. “Há projetos específicos de secretários estaduais e municipais, de educadores, mas as iniciativas não se prolongam no tempo, porque não é projeto de Estado”, afirmou. Segundo ele, as ações isoladas “acabam morrendo no meio do caminho” porque agentes públicos mudam de funções. “O sistema tem que funcionar independentemente das pessoas; as estratégias de combate ao bullying têm que existir sem pessoas específicas”, disse, ao defender uma estratégia nacional para o problema.
Ações socioeducativas
Os debatedores também foram unânimes em defender que o programa nacional de combate ao bullying priorize ações socioeducativas por parte das escolas, e não punições. A pesquisadora Cleo Fante ressaltou que os agressores praticam o bullying porque querem status de poder, pertencimento a um grupo e popularidade. “A escola pode oferecer isso aos alunos por meio de atividades que lhe forneçam postura de liderança, de forma construtiva”, explicou. Ela acrescentou que os próprios autores do bullying podem sofrer prejuízos. “Com o tempo, eles podem sofrer represálias, especialmente mais tarde, no ensino médio”, disse.
Vice-presidente da ONG Cruzada do Menor, a psicóloga Maria Tereza Maldonado destacou que o autor do bullying pode já ter sido vítima, assim como a vítima pode virar autor de bullying. Segundo ela, os autores muitas vezes têm capacidade de liderança, e essa liderança opressora pode virar uma liderança positiva, por meio de ações da escola. “Assim como a violência é aprendida, o respeito também é”, completou.
A assessora técnica do Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Juliana Marques Petroceli, elogiou o projeto de lei justamente por estar focado mais na responsabilização e na mudança de comportamento do autor do bullying do que na sua punição. “Violência tem solução, podendo aumentar ou diminuir pela força da ação social”, disse. “Todos são autores e vítimas”, complementou.
Intimidação sistemática
O relator da proposta na CCJ, deputado Esperidião Amin (PP-SC), que emitiu parecer favorável a ela, aventou a possibilidade de tornar seu texto mais impositivo. “Este projeto interessa ao governo. Se o governo der sinal verde, podemos alterar o texto. Em vez de dizer que o Programa de Combate à Intimidação Sistemática poderá fundamentar as ações do Ministério da Educação e das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, poderíamos dizer 'fundamentará', o que será mais impositivo.” Em seu relatório, o deputado substitui o anglicismo “bullying” pela expressão “intimidação sistemática”.

O Projeto de Lei 5369/09 já foi aprovado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Educação; e de Finanças e Tributação. Falta apenas a análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Seed leva programa de combate à violência para as escolas


Reunião teve por objetivo traçar uma agenda de reuniões temáticas com pais de alunos das instituições cobertas pelo 5º Batalhão da Polícia Militar.


A Secretaria de Estado da Educação (Seed), através do programa Cidadania e Paz nas Escolas, realizou na manhã desta quinta-feira, 23, no Colégio Estadual Gilberto Freire, localizado no Conjunto Marcos Freire III, município de Nossa Senhora do Socorro, reunião com os diretores de 10 escolas estaduais e cinco municipais, com o comando da 1ª Companhia do 5º Batalhão e Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. A reunião teve por objetivo traçar uma agenda de reuniões temáticas com pais de alunos das instituições cobertas pelo 5º Batalhão da Polícia Militar, tendo como foco o combate à violência nas escolas, bullying e exploração e maus-tratos contra criança e adolescente, entre outros.
Foto: Ascom/Seed
Segundo Maria Angélica Costa, coordenadora do Programa Cidadania e Paz nas Escolas, o objetivo é manter um diálogo entre a escola e a comunidade. “Queremos formar um grupo de integração com os pais dos alunos. Sabemos que a violência é um problema que deve ser enfrentado conjuntamente com todas as esferas, escola, polícia e a comunidade. Esperamos que a comunidade participe, porque estamos todos empenhados em promover uma cultura de paz nas escolas”, disse a coordenadora.

Angélica acrescentou que o Programa Cidadania e Paz nas Escolas vai levar outros projetos, a exemplo do Semeando Verde, para as unidades escolares. “Vamos orientar os alunos e a comunidade sobre a melhor forma de como lidar com problemas como a exploração e abuso sexual, bullying e tantos outros temas que permeiam o ambiente escolar”, acentuou.

O comandante da 1ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Militar (1ª Cia/5º BPM), capitão José Alves, disse que o Comando já desenvolve na região o policiamento através da ronda escolar. “Há algum tempo desenvolvemos o policiamento nas unidades de ensino da região, através da ronda escolar, e percebemos uma redução de até 80% no número de ocorrências.

“A região como um todo ainda sofre com a violência. Nesse sentido, é preciso reforçar nossas ações e, por isso, estamos nesta parceria com o Programa Cidadania e Paz nas Escolas para atuarmos com a prevenção das ocorrências. Entendemos que a atuação da família é fundamental para coibir a violência de modo geral”, declarou o capitão Alves.

Fátima Fontes, gerente de Ações Temáticas da Secretaria Especial de Política Para Mulheres, disse que a parceria se torna forte, principalmente porque no mês de março o Conselho Estadual de Educação (Consed) homologou a resolução que recomenda a inclusão da temática gênero no currículo escolar da educação básica.

“Acreditamos que estamos pregando uma cultura de paz nas escolas a partir do momento em que passamos a pregar a igualdade entre as pessoas. A discriminação de gêneros reflete a violência em todos os âmbitos da sociedade. E a escola, juntamente com a família, tem um papel importante nesta mudança. Existe uma cultura de violência contra as mulheres. E a partir daí, estamos tentando diminuir essa cultura”, afirmou Fátima Fontes.

Redução da violência

O diretor do Colégio Estadual Gilberto Freire, Liertes Pereira dos Santos,  disse que o objetivo é levar aos pais o conhecimento sobre a violência e outros temas. “Nossa intenção é trazer o Programa Cidadania e Paz para a escola e a Polícia Militar para nos dar todo o suporte. A gente vê que na comunidade a situação é bem difícil. A droga está em todo lugar, mas graças a Deus ela não entrou da nossa escola. Independentemente disso, temos de estar atentos e trabalhar na prevenção”, ressaltou o diretor.

Já a diretora da Escola Estadual Zumbi de Palmares, Ana Lúcia Lopes, falou sobre as mudanças positivas ocorridas na unidade de ensino depois da atuação da ronda escolar. “Antes tínhamos a escola cercada por marginais e nossos alunos aliciados. Depois da ronda escolar, vimos uma mudança significativa. Os marginais se afastaram da escola, mas sabemos que eles continuam por aí e precisamos mobilizar toda a sociedade nesta luta. Espero que esse trabalho que estamos realizado na região seja ampliado a outras escolas. Afinal, a violência  é um problema global”, concluiu Ana Lúcia. 

Fonte: Jornal da Cidade

Estudante de 13 anos agrediu uma professora


Imagem: TV Jornal
Um estudante de 13 anos agrediu uma professora na Escola Municipal Governador Miguel Arraes, localizada no bairro do Janga, em Paulista, nessa terça-feira (28). O menino bateu a porta no rosto da docente e arremessou uma cadeira contra ela depois que a mulher questionou as muitas faltas do jovem. Ele vai responder pela ação na justiça e poderá cumprir medida socioeducativa. O caso está sendo apurado pela Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA).

terça-feira, 28 de maio de 2013

Violência escolar x leis

por  

Alunos estão desrespeitosos e educadores não tem autoridade.

Não me sai da memória, a recordação da diretora da escola Conrado Caldeira, Edith Spadoni entrando na sala de aula, e todos nós, alunos, nos levantando em respeito a sua presença. No recreio, meninos brincavam de um lado e meninas de outro.
Não éramos santos. Recordo de um episódio, na 1ª série do Ensino Fundamental, quando um menino, Milton, que ficou batendo com a carteira nas costas de uma amiga, acho que o nome era Lucimara. Eu pedi para ele parar de incomodá-la. Ele não fez. Na saída da escola, acabei dando um soco no rosto dele. Eu tinha mania de defender os amigos. Depois, quase apanhei da turma dele que veio comprar a briga. Fui salvo pelos meninos do meu bairro, Jardim Ciranda, que ficaram do meu lado, e tudo ficou por isto mesmo. Dias depois, pedi desculpa para ele e viramos amigos.
Conto esta história para falar que sempre existiu violência no ambiente escolar. Porém, nunca no nível que agora a coisa está. Brigávamos entre nós, alunos, mas nunca contra professores ou funcionários. E tenho que ressaltar que as serventes, em geral, eram senhoras, mesmo assim, não tínhamos coragem de enfrentá-las. E se fizéssemos algo errado, os pais ficavam sabendo, por consequência, levávamos surras memoráveis de cinto de couro. Não estou defendendo a pedagogia da surra, mas ninguém virou psicopata porque apanhou na infância.
Atualmente, professores e funcionários estão de mãos atadas. Não podem repreender os alunos, sob risco de serem enquadrados no ECA. Pedagogicamente, muitas vezes são estimulados a não reprovar os estudantes. Mas a escola é apenas parte do processo educacional. Crianças e principalmente adolescentes, vêm de casa mal educados. Ou os pais são ausentes, porque trabalham muito, ou não são exemplo moral para os filhos.
A solução para isto não será fácil. Precisa-se reestruturação familiar, rever regras do ECA, restabelecer autoridade dos educadores e fixar pesadas punições aos alunos delinquentes. Mas até que isto dê certo, passara muito tempo e infelizmente, temos de admitir, temos uma geração perdida. Só nos resta rezar para que a maioria não termine na cadeia.
Fonte: Gazeta de Bebedouro

Curitiba registra um B.O. relativo à violência escolar a cada dois dias

A cada dois dias um boletim de ocorrência relativo à violência escolar é registrado em Curitiba. O número é da Delegacia do Adolescente da capital. A maior parte das incidências acontece com adolescentes de 15 a 16 anos. As escolas estaduais são as que mais sofrem com a violência escolar. É o que explica a delegada-chefe da Delegacia do Adolescente, Nilceia Ferraro da Silva.

Fonte: Band News FM Curitiba

1ª reunião do grupo contra violência escolar e defesa do professor

Neste dia 27 de maio de 2013 aconteceu a primeira reunião do grupo que estudará a questão da violência escolar e a defesa da vida de professores e professoras no Espírito Santo.

O grupo surgiu após discussão na reunião dos/as diretores/as do SINDIUPES, no dia 17 de maio, sobre e os frequentes casos de violência sofridos por educadores/as e o brutal assassinado do professor Guilherme de Almeida Filho, no dia 8 desse mesmo mês.

Nessa primeira reunião foram discutidas proposições que possam referendar a criação do Coletivo de Combate à Violência na Escola.

FONTE: Sindiupes

Professora sofre violência em Monte das Gameleiras - RN

A professora Jaberlânye Nelo (foto), que leciona da cidade de Monte das Gameleiras, na Escola Estadual Felismino José da Costra, relatou ao Blog da Serra um episódio que, infelizmente, está se tornando frequente nas instituições de ensino do Brasil, a violência contra os docentes.
De acordo com a docente, seu carro foi alvo de arranhões e que há suspeitas da participação de alunos da instituição escolar.
Confira o relato:
Sou da Paraíba, e atualmente estou morando em Nova Cruz. Trabalho em Monte das Gameleiras, todas as semanas permaneço lá por dois dias consecutivos para cumprir minha carga horária. Na última terça-feira (21.05.2013), no turno da noite, fui trabalhar normalmente, e como é de costume meu esposo foi me buscar. E como ele chegou no início das aulas, estacionou o carro (que tem apenas 3 meses de uso), na frente da escola. Durante as aulas dois alunos insistiam em atrapalhar, e como já não aguentava mais, chamei a atenção deles com um pouco mais de severidade, assim como todos estão acostumados a fazer... Na aula seguinte, os mesmos começaram a me indagar com perguntas do tipo: "Professora de quem é aquele carro na frente da escola...?" Como já estava aborrecida com eles, apenas ignorei, e não respondi! 
Enfim, ao término das aulas, saímos em direção ao carro para irmos para casa, e nos deparamos com as duas laterais completamente arranhadas, de um canto a outro dos faróis. Logo desconfiei dos referidos alunos, e por coincidência eles estavam a alguns metros da escola, olhando em nossa direção (provavelmente para ver nossa reação). Relatei os ocorridos ao meu esposo (que também é professor do estado), e a outra professora que estava conosco, e assim como eu, eles também acharam muito suspeito. Meu esposo decidiu indagar os alunos. Chegando até eles, ele perguntou quem havia arranhado o carro, e os mesmo ironicamente responderam:
"Estão nos acusando? Então vão fazer um BO!" Foi o que fizemos! Eles serão intimados, e apesar de não termos, ainda, provas ou testemunhas, de que foram eles, estamos torcendo para que o culpado pague pelo que fez. 
Este relato serve, tão somente, para ilustrar a situação em que nos encontramos. Nós, professores, somos reféns, sim, reféns! Reféns dos alunos, dos pais, dos governo... E isto me preocupa! Os arranhões no carro, em si, não são o maior problema, bens materiais passam! Eu temo pela minha integridade, pela minha vida. Pois quem age como tal, tem coragem de sobra de fazer algo contra um ser humano. Ainda não sei como voltar para escola na próxima semana, não sei como voltarei a dar aula para estes indivíduos...
Por: sensocriticopb/Wando

Palestra abordou bullying e violência escolar

Redação do Jornal Democrata 



A Escola Estadual Sylvia Portugal Gouvêa de Sylos realizou, no último dia 16 de maio, projeto abordando o tema o bullying e a violência escolar.
Bullying é um tema ainda pouco conhecido do grande público. De origem inglesa e sem tradução no Brasil é utilizado para qualificar comportamentos agressivos no âmbito escolar, praticados tanto por meninos quanto por meninas. Os atos de violência (física ou não) ocorrem de forma intencional e repetitiva contra um ou mais alunos que se encontram impossibilitados de fazer frente às agressões sofridas. Tais comportamentos não apresentam motivações específicas ou justificáveis. Em última instância significa dizer que de forma “natural” os mais fortes utilizam os mais frágeis com um meio de objeto de diversão, prazer e poder como intuito de maltratar, humilhar e amedrontar suas vítimas.
O projeto foi realizado durante o bimestre de forma interdisciplinar pelos professores, procurando integrar o assunto em diversas situações de pesquisa e atividades. O evento foi liderado pela professora mediadora Rita Zani, que envolveu a equipe gestora, a sala de leitura junto à professora Ana Lúcia Mazarin, videoteca, utilizando filmes que abordaram o tema.
A palestra foi ministrada pela professora e mestre em educação Maria Tereza Peixoto, da Faculdade Euclides da Cunha (FEUC), a qual tem uma parceria com as escolas estaduais disponibilizando profissionais da educação a ministrarem temas relevantes da atualidade. A professora retratou o tema de forma clara e objetiva, usando recursos multimídia, despertando a sensibilidade e a conscientização dos educandos.
O individualismo, a cultura dos tempos modernos propiciou essa prática em que o ter é muito mais valorizado que o ser, com distorções absurdas de valores éticos. Vive-se em tempos velozes, com grandes mudanças em todas as esferas sociais. Nesse contexto a educação tanto no lar quanto na escola se tornou ultrapassada, confusa sem parâmetros ou limites.
Cabe à sociedade como um todo transmitir às novas gerações valores educacionais, mais éticos e responsáveis. Afinal são estes jovens, estão delineando a sociedade contemporânea. Auxiliá-los e conduzi-los na construção de uma sociedade mais justa e menos violenta é obrigação de todos.
Na foto, a professora Maria Tereza, falando aos alunos da escola Sylvia Portugal, no Sítio Novo.

Violência muda rotina escolar em Brasília


Casos frequentes de roubos e agressões nas portas dos colégios públicos e privados de Brasília assustam professores, pais e alunos, que criam alternativas para evitar a criminalidade. Batalhão quer aproximar os PMs das instituições

Grupo de estudantes deixa o colégio na 710/910 Sul: caminho em direção à W3 aparece como um dos trechos mais visados pelos bandidos  (Marcelo Ferreira)
Grupo de estudantes deixa o colégio na 710/910 Sul: caminho em direção à W3 aparece como um dos trechos mais visados pelos bandidos
O par de tênis usado por João Antônio de Oliveira para ir à escola é o mais simples. O telefone celular fica em casa, desligado. Na mochila, apenas caderno, livros, lápis, borracha e canetas. No bolso, o estudante de 11 anos só carrega o dinheiro do lanche. A mãe do aluno da 5ª série de um colégio público da Asa Sul, Keila Coelho de Oliveira, 34, não permite que o garoto ostente objetos valiosos. Tem medo de o menino se tornar alvo de bandidos que atuam nas redondezas dos estabelecimentos de ensino. “Para zelar pela integridade dele, prefiro reduzir os riscos e não deixá-lo andar com materiais visados pelos ladrões”, explica.

A preocupação de Kátia é justificada pelos últimos episódios de violência nas proximidades dos centros de ensino públicos e privados da capital. No ano passado, cerca de mil casos de furtos e roubos foram registrados apenas pelo Batalhão Escolar em todo o Distrito Federal. O número, porém, é bem maior, pois mais ocorrências são abertas nas delegacias de área e nem sempre são incluídas nas estatísticas da unidade da Polícia Militar responsável por garantir a segurança da comunidade escolar.
Fonte: Correio Braziliense

Juiz orienta alunos de Ribeirão Preto sobre violência escolar

JORNAL DA EPTV 2ª EDIÇÃO - RIBEIRÃO PRETO

ASSISTA AO VÍDEO - CLIQUE AQUI

Palestra sobre violência contra criança e adolescente


Seed realiza palestra em escola estadual
(Foto: Ilustrativa)
A Secretaria de Estado da Educação (Seed), por meio do Núcleo de Cidadania e Paz nas Escolas, realizará nesta quarta-feira, 29, às 14h, na Escola Estadual Poeta João Freire Ribeiro, uma palestra com o tema Violência sexual contra crianças e adolescentes. O evento tem por objetivo sensibilizar alunos e comunidade a buscarem meios de prevenção e combate à violência nas unidades escolares da rede estadual. Na ocasião serão distribuídos folders informativos e o disque-denúncia em casos de situações de violência. As palestras terão continuidade no dia 4 de junho.
A coordenadora do Núcleo de Cidadania e Paz da Seed, Angélica Costa, informa que alunos e comunidade escolar têm participado ativamente de todas as ações promovidas pela Seed nas escolas. "Iniciamos este ciclo de palestra com o tema Violência doméstica e obtivemos êxito com a participação maciça dos alunos e docentes.  Tendo consciência de todas as formas de violência e sabendo a quem recorrer são um grande passo para prevenir e acabar com esse mal que tem vitimado alunos e professores em nossas escolas", disse a coordenadora.
Fonte: Ascom Seed/SE

Professores japoneses se sentem despreparados para enfrentar o bullying


Maioria acredita que lutar contra o abuso escolar dificulta suas outras funções

- ipcdigital.com

Divulgação 
Professores-japoneses-se-sentem-despreparados-para-enfrentar-o-bullying
Apenas 41% dos professores do ensino primário e 26% do ensino médio no Japão consideram estar capacitados para enfrentar o bullying, revelou uma pesquisa publicada por uma organização que combate o abuso escolar. Os 46% dos entrevistados que lecionam no ensino primário e 59% do ensino secundário em dúvidam de sua capacidade de frear o bullying, segundo a sondagem cujos resultados foram publicados pelo Mainichi Shimbun.

Pior ainda, 73% dos professores do ensino primário e 59% do ensino médio acreditam que lidar com o bullying interfere suas outras tarefas.

Por outro lado, 37 e 59% dos professores no ensino primário e secundário, respectivamente, afirmaram que houve casos de bullying em suas classes no ano passado. O estudo foi realizado entre outubro de 2012 e abril deste ano, envolvendo 23 escolas de 13 prefeituras. Participaram da pesquisa 296 professores.

Programa de combate ao bullying é lançado no Guarany

De A Tribuna On-line


O registro de ocorrências nas escolas em tempo real é o objetivo do (Sincid) Sistema de Controle de Incidentes, uma das ações do Programa Municipal de Combate ao Bullying, lançadonesta segunda-feira, no Teatro Guarany, com participação de 300 alunos do 1º ao 9º ano, incluindo o 'Escola Total'.
O evento foi aberto pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa, que abordou a importância da proposta. “A escola deve ser um ambiente de paz; as brincadeiras devem ser sadias, com atenção para os limites para que não se chateie nem se humilhe ninguém”, disse.
A chefe do Departamento de Planejamento Educacional, Audrey Kleys Dinau, explicou que o controle já ocorre desde abril pelas diretoras, que computam furto, roubo, indisciplina, vandalismo, agressão física e bullying, independentemente do registro junto à Polícia Civil e Guarda Municipal. “Mensalmenteteremos os resultados de cada escola   para gerar ações correspondentes”. 
O Sincid tem endereço eletrônico específico e   é operado pelo Siges (Sistema Integrado de Gestão Escolar). “Antes, o trabalho era feito em livro de ocorrências, quase artesanal, e anualmente fazia-se um levantamento”. 
Segundo o secretário de Comunicação e Resultados, Rivaldo Santos, o controle estatístico integrará o portal 'Cidade Aberta', que será lançado em junho e apontará diversos indicadores. 
Créditos: Carlos Nogueira
O evento foi aberto pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa, que abordou a importância da proposta

Atrações 
O lançamento do programa contou com várias atrações: vídeos, apresentações musical e teatral feitas pelos alunos, oficina de ikebana e palestra de Nicholas Peralez, produtor e ator do filme 'O abismo', que aborda o tema. “O bullying é um comportamento agressivo, intencional e repetitivo, de consequências imprevisíveis”, disse.

P
ara Rodrigo Passos dos Santos, 12 anos, do 7º ano da escola Cidade de Santos, o evento foi importante “porque quanto mais conhecimento sobre o assunto, melhor”.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Prevenção à Violência na Escola é tema de reunião na SDR Araranguá

Por Leneza Della Krás- SDR Araranguá  


220513pq8A Secretaria do Desenvolvimento Regional de Araranguá, por meio da Gerência de Educação, promoveu, na tarde da última terça-feira, 21, um encontro com os assistentes técnico-pedagógicos das escolas da rede estadual de ensino da Regional para tratar da implantação dos Núcleos de Prevenção às Violências na Escola (Nepres).

Segundo o integrador de Ensino Fundamental, Joares Biff, o objetivo é reunir parceiros da educação na organização de uma rede para auxiliar as escolas na prevenção, atenção e atendimento (formação de professores, encontros com pais, entre outros) às violências ocorridas junto às unidades escolares. Ele citou que inicialmente a decisão foi pelo mapeamento nos cinco polos/comarca, para que por meio da possível parceria com a Promotoria, sejam criados grupos de estudos com as redes intersetoriais, articulados com a rede municipal.

O Nepre foi criado pela Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina para fomentar ações e consolidar políticas públicas de educação, prevenção, atenção e atendimento às violências junto às Gerências de Educação e às escolas da rede pública estadual para atuar nas temáticas: DST, AIDS, Álcool, Tabaco, Drogas Lícitas e Ilícitas (SPAs), Cultura da Paz, Violências, Bullying, Sexualidade, Educação Sexual e Reprodutiva, Alimentação Saudável e Práticas Corporais.

Na reunião promovida pelo setor de ensino da Gered foram prestadas orientações sobre o livro didático e curso da escola sustentável; repassadas informações sobre as inscrições para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que encerram no dia 27 de maio; para o curso Pré-vestibular Pró-aluno SED/2013, que está com as inscrições abertas até o dia 07 de junho e na Região será ministrado na EEB Araranguá, pela UFSC; sobre os concursos abertos pela SED: Jovem Senador e Gestão Escolar. Foi informado também que para o segundo semestre haverá abertura de vagas para recuperação de estudos, para as turmas da Correção de Fluxo que estão atualmente no Ensino Médio.

Diálogo na escola


Cuidados especiais com a segurança nas escolas devem ser motivo de permanente preocupação dos governos nos seus três níveis: federal, estadual e municipal

Antigamente, professores reconhecidos como verdadeiros mestres do ensino tentavam convencer os alunos de que a escola tinha que ser vista como o templo do saber, do conhecimento, da construção do futuro. Com o passar dos anos, a sociedade mudou e a escola, como uma de suas principais instituições, também se transformou. Em muitos casos, o sonho do templo do saber foi substituído pela dura realidade da violência num ambiente que deveria ser porto seguro exclusivo para o ensino e a paz. 

As autoridades públicas recorreram a câmeras, guarda na porta da escola e outras medidas como forma de conter o clima de insegurança. A mais nova medida adotada pelo governo do Estado de São Paulo foi a criação da figura do professor-mediador de conflitos. Em Sorocaba há 79 professores com essa qualificação, segundo reportagem publicada pelo Cruzeiro do Sul na edição de quinta-feira (23/5), pág. A12. Eles atendem às escolas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e também os três anos do ensino médio.

A medida faz parte do Sistema de Proteção Escolar criado pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo em 2009 para ser implantado em todas as escolas da rede estadual de ensino. O professor que tem a função de mediar conflitos passa o dia todo na escola e convive com os alunos. O gestor regional do Sistema, José Cândido Mendes, avaliou que houve diminuição dos casos de agressão nas escolas com a atuação desses professores.

Como modelo de ação, a presença dos professores-mediadores significa a opção pelo diálogo para a solução dos problemas de convivência na comunidade escolar. O procedimento, por suas características e necessidades, é absolutamente louvável. Mas ele não deve substituir ou reduzir a frequência de outras medidas já tomadas. Os usos de câmeras e rondas escolares, por exemplo, têm que ser mantidos e até ampliados nos casos graves de problemas de segurança.

Estatística da Apeoesp (o sindicato dos professores), divulgada no dia 9 deste mês na sede da entidade, em São Paulo, mostra que os alunos são os principais autores da violência nas escolas para 95% dos professores da rede estadual de ensino. Os alunos também são apontados como as vítimas mais frequentes por 83% dos docentes. E 52% dos professores relataram ter conhecimento de casos de agressão física ocorridos nas escolas onde trabalharam em 2012.

A pesquisa foi executada pelo Instituto Data Popular entre 18 de janeiro e 5 de março deste ano, por telefone. Os resultados mostram que as brigas entre alunos são os casos de violência mais comuns presenciados pelos professores em 2012. Foram apontadas por 72% dos entrevistados. As ameaças entre alunos foram testemunhadas por 57% dos professores. Os motivos são os mais variados: assédio moral, bullying, agressão física, discriminação e furtos.

A escola, assim como a família, o local de trabalho, o clube social, também é reflexo da sociedade. Nos últimos anos, as preocupações com a segurança nos corredores de salas de aula têm aumentado e a presença dos professores-mediadores nesse ambiente tende a melhorar comportamentos e a produzir efeitos como ação preventiva.

Cuidados especiais com a segurança nas escolas devem ser motivo de permanente preocupação dos governos nos seus três níveis: federal, estadual e municipal. Até porque, erros e omissões numa área tão delicada de governo podem resultar em consequências de difícil conserto e recuperação.

Cuidados adicionais devem ser tomados com total emergência. Até mesmo para evitar que professores-mediadores, de repente, acabem também como vítimas da violência nas escolas.
Fonte: Cruzeiro do Sul

Oito menores são apreendidos toda semana por violência escolar, diz NAI

Vara da Infância faz palestras para reduzir crimes nas escolas de Ribeirão.

Juiz afirma que internação na Fundação Casa deve ser última alternativa.


Do G1 Rbeirão e Franca

Dados do Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) apontam que toda semana pelo menos oito adolescentes são apreendidos por agressão, consumo e tráfico de drogas dentro de escolas em Ribeirão Preto (SP). Um dos casos mais recentes aconteceu em março, quandoduas alunas foram filmadas brigandodentro do banheiro da Escola Estadual Professora Jenny Toledo Piza Schoroeder, na Zona Norte da cidade.
No mesmo mês, um estudante de 14 anos ficou ferido depois de ser agredido por dois homens na porta da Escola Estadual Parque dos Servidores, na Zona Leste. Segundo informações da Polícia Civil, o confronto entre o grupo havia sido combinado pela internet por causa de um desentendimento anterior.
Para tentar reduzir casos de violência como esses, o NAI e a Vara da Infância e Juventude estão realizando palestras em escolas estaduais e municipais orientando estudantes, professores e pais de alunos sobre a importância do acolhimento familiar na formação do caráter dos adolescentes.
“Pai e mãe tem que dar para o filho muito mais do que casa, comida e escola. Tem que orientar, tem que pegar o filho pela mão e conduzir pela vida. Pai e mãe tem que estar atento ao filho 24 horas por dia”, diz o juiz Paulo César Gentile, destacando que o NAI possui, atualmente, 270 menores em liberdade assistida por algum tipo de crime cometido.
Na opinião do magistrado, a internação de adolescentes na Fundação Casa deve ser a última alternativa porque afasta o jovem da família. “Eu procuro internar menores em situações extremas, em última hipótese, quando não dá mais, porque é uma medida drástica. Nem sempre isso resolve o problema da criminalidade”, afirma Gentile.
A professora Marina de Fátima Lima, mediadora na Escola Estadual Ruben Cláudio Moreira, afirma que, além das palestras, os alunos também recebem acompanhamento psicológico e desenvolvem atividades em sala de aula, como debates e trabalhos temáticos, que discutir o tema "violência na escola."
“Na medida em que a gente vai diagnosticando os conflitos pontualmente, entendendo quem são esses alunos e porque estão agindo assim, a gente vai trabalhando o diálogo, a prevenção e pode acompanhar as famílias mais de perto”, conclui.
Juiz Paulo Cesar Gentile realiza palestra para orientar pais de alunos sobre violência escolar (Foto: Carlos Trinca/EPTV)Juiz Paulo Cesar Gentile realiza palestra para orientar pais de alunos sobre violência escolar (Foto: Carlos Trinca/EPTV)