quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Botucatu: Número de casos de violência na escola preocupam pais

Só em 2011 foram atendidos 104 registros de violência contra estudantes. Em alguns casos, os pais estudam até mudar os filhos de escola.

Em Botucatu, SP, as agressões a alunos estão levando medo às famílias e preocupação às autoridades da cidade. Os números mostram que a violência cresceu entre os estudantes. Em uma das escolas da cidade, onde estudam crianças de 11 a 14 anos, na entrada e na saída do local é normal ver jovens mais velhos que não estudam no colégio.

Um estudante de 11 anos foi agredido na porta da escola. “Eu estava de costas e veio um menino menor, de 10 anos mais ou menos, deu vários socos nas minhas costas e quando virei veio outro e deu um murro na minha cara”, conta o menino.

A mãe dele registrou Boletim de Ocorrência e reclama da falta de segurança. Segundo ela, são esses jovens mais velhos, que não estudam na escola, que tumultuam o ambiente. “Eu vi meu filho com a boca toda inchada e sangrando. Aqui num tem segurança, num tenho cabeça nem para trabalhar”, afirma a mulher, que prefere não se identificar.
Menino ainda tem as marcas da violência que sofreu na porta da escola.  (Foto: reprodução/TV Tem)
Menino ainda tem as marcas da violência que sofreu na porta da escola. (Foto: reprodução/TV Tem)
As agressões não acontecem apenas fora da escola. Em uma escola estadual na região central de Botucatu uma aluna foi agredida três vezes. A última agressão foi na semana passada e com medo, a jovem não quer mais frequentar as aulas. A mãe está revoltada e não tem mais tranquilidade em deixar a filha na escola. Mesmo morando há 3 quadras da unidade escolar, ela vai transferir a filha para outro bairro. “Eu não tenho que sair do trabalho correndo para resolver a situação, que nunca tem solução”, ressalta.

Segundo a Polícia Militar é feito um patrulhamento em todas as escolas, dependendo do número de ocorrências e em muitos casos, o Conselho Tutelar é chamado. Só em 2011 foram atendidos 104 registros de violência contra crianças e adolescentes. Boa parte desse número, durante o período escolar. O trabalho das conselheiras e orientar os pais.

Já a Secretaria da Educação informou que no caso da aluna que foi agredida na escola, todos os estudantes e seus responsáveis, foram chamados para uma reunião para esclarecimentos. Já no caso do menino, a direção da escola está tentando identificar os agressores.

G1

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