Em Botucatu, SP, as agressões a alunos estão levando medo às famílias e preocupação às autoridades da cidade. Os números mostram que a violência cresceu entre os estudantes. Em uma das escolas da cidade, onde estudam crianças de 11 a 14 anos, na entrada e na saída do local é normal ver jovens mais velhos que não estudam no colégio.
Um estudante de 11 anos foi agredido na porta da escola. “Eu estava de costas e veio um menino menor, de 10 anos mais ou menos, deu vários socos nas minhas costas e quando virei veio outro e deu um murro na minha cara”, conta o menino.
A mãe dele registrou Boletim de Ocorrência e reclama da falta de segurança. Segundo ela, são esses jovens mais velhos, que não estudam na escola, que tumultuam o ambiente. “Eu vi meu filho com a boca toda inchada e sangrando. Aqui num tem segurança, num tenho cabeça nem para trabalhar”, afirma a mulher, que prefere não se identificar.
Menino ainda tem as marcas da violência que sofreu na porta da escola. (Foto: reprodução/TV Tem)
As agressões não acontecem apenas fora da escola. Em uma escola
estadual na região central de Botucatu uma aluna foi agredida três
vezes. A última agressão foi na semana passada e com medo, a jovem não
quer mais frequentar as aulas. A mãe está revoltada e não tem mais
tranquilidade em deixar a filha na escola. Mesmo morando há 3 quadras da
unidade escolar, ela vai transferir a filha para outro bairro. “Eu não
tenho que sair do trabalho correndo para resolver a situação, que nunca
tem solução”, ressalta.Segundo a Polícia Militar é feito um patrulhamento em todas as escolas, dependendo do número de ocorrências e em muitos casos, o Conselho Tutelar é chamado. Só em 2011 foram atendidos 104 registros de violência contra crianças e adolescentes. Boa parte desse número, durante o período escolar. O trabalho das conselheiras e orientar os pais.
Já a Secretaria da Educação informou que no caso da aluna que foi agredida na escola, todos os estudantes e seus responsáveis, foram chamados para uma reunião para esclarecimentos. Já no caso do menino, a direção da escola está tentando identificar os agressores.
G1
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