terça-feira, 30 de outubro de 2012

Aos seis anos, criança já pode fazer plástica corretiva

Pais recorrem às cirurgias plásticas para evitar que filhos sofram com bullying na escola, em razão da diferença nos traços físicos . Foto: Shutterstock
Pais recorrem às cirurgias plásticas para evitar que filhos sofram com bullying na escola, em razão da diferença nos traços físicos
Foto: Shutterstock

 
O início do período escolar é um divisor de águas na vida de uma criança. Ser imediatamente aceito pelos coleguinhas é o anseio dos pequenos, no entanto, características físicas diferentes, como orelhas de abano ou pálpebras caídas, podem fazer com que algumas crianças se sintam excluídas, ou até mesmo sofram o que se convencionou chamar de bullying. Para evitar o constrangimento, pais têm recorrido às cirurgias corretivas.

Qualquer tipo de perseguição ou assédio sofrido no ambiente escolar reflete diretamente na personalidade e no convívio das crianças em outros lugares. Em casa, a tendência é de que sejam mais irritadiças ou extremamente caladas quando enfrentam este tipo de situação. Como nenhum pai quer ver o filho passar por alguma situação como esta, tornou-se cada vez mais comum submeter os filhos às cirurgias plásticas. "Crianças, a partir dos seis anos, já podem fazer algumas cirurgias, como otoplastia - correção da orelha de abano - e evitar o dissabor de tornarem-se alvos de piadas maldosas", explica Dênis Calazans, secretário geral da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Recuperação rápida

Ao contrário do que muitos imaginam, a cirurgia durante a infância não oferece maiores riscos do que aquelas realizadas em adultos. Pelo contrário, a recuperação costuma ser ainda mais rápida, já que a regeneração celular apresenta respostas mais ágeis e eficientes. No entanto, a estrutura física das crianças pede atenção. "Não podemos submetê-las a todos os procedimentos, como a rinoplastia, por exemplo, uma vez qua plástica no nariz pode causar danos ao desenvolvimento sadio", afirma Maurício da Silva Lorena de Oliveira, diretor científico da SBCP de São Paulo.

Apesar dos benefícios, é preciso levar em consideração os cuidados necessários na hora de decidir pela intervenção. Isso porque é imprescindível a participação dos pais no processo de recuperação, principalmente para conter as agitadas crianças. "Cerca de dois a três dias depois da cirurgia, se o paciente não estiver sentindo dores, ele vai querer brincar e pular. Assim, aumenta o risco de os pontos abrirem ou de a criança sofrer uma hemorragia", completa Maurício. Além disso, um período que vale a pena investir nas cirurgias, para as crianças que já frequentam a escola, é nas férias, já que poderão respeitar o período de repouso.
Agência Hélice
 
Fonte: Vida e Estilo

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