O professor de redação do Colégio Motivo, Mário Sérgio, comentou as 5 redações sorteadas
Foto: divulgação
Do NE10
Cinco candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que enviaram redações para o desafio que o NE10 lançou em parceria com o Colégio Motivo, foram sorteados e tiveram suas produções textuais comentadas e corrigidas pelo professor Mário Sérgio, de acordo com as diretrizes recomendadas pelo MEC. Abaixo de cada dissertação publicada na íntegra e destacadas em itálico - com autorização dos estudantes -, o professor explica em vídeo os erros e acertos dos estudantes.
» REDAÇÃO 1
A interação faz a diferença
Bullying são atos de violência corpórea ou psicológica que tem por meta agredir a alguém através de atos de bater, zombar , mexer ,caçoar ,ridicularizar ,colocar apelidos jocosos e ofender de uma forma geral a outrem colocando até mesmo em dúvida sua masculinidade ou feminilidade.
A escola é o cenário de muitas diferenças sejam elas físicas ou culturais, mas nem sempre essas diferenças são aceitas por todos de convívio do ambiente escolar, muitas crianças e adolescentes sofrem com taxações que vão desde apelidos à violência física ,fazendo com que a vítima seja prejudicada tanto em seu aprendizado como também em alguns casos de sua integridade moral ou material.
Existem alguns sintomas que deixam em evidência alguns possíveis alvos dessa criminalidade tais quais como insônia, perda do apetite, agressividade, faltar às aulas sem aparente justificativa , depressão e ansiedade.
O bullying é um grande desafio para os pais, professores ,gestores e comunidade pois está ligado diretamente ao preconceito seja esse racial ,social ,sexual ou religioso, a qual com o decorrer da história foram criados devido as relações sociais antes existentes. esse desafio tende a tornar-se uma luta constante para que haja uma sociedade mais justa e igualitária , mas para isso é necessário o envolvimentos de todos os responsáveis pela educação da criança e do adolescente que juntos com programas destinados a interação da escola e comunidade em prol de combate da prática de atos dessa natureza visando o direito e o dever de todos responsáveis pela formação de indivíduo no meio social.
» REDAÇÃO 2
A redução do capital natural
Diacronicamente, os quatro tipos de capitais existentes apresentaram mudanças. Enquanto três deles pareciam escassos – tecnológico, humano e financeiro – o outro – natural – se apresentava abundante. Porém, o homem conseguiu inverter esse “quadro” na medida em que sua ganância se sobrepujou a integridade ambiental, pondo em risco o futuro da sociedade.
No intuito de conseguir mais capital para sua empresa, por exemplo, o indivíduo abusa, muitas vezes, dos recursos naturais que o planeta o oferece, não se importando com a sua futura existência. Entretanto, muitas dessas atitudes inconsequentes não geram apenas lucros para os empresários.
De acordo com o Relatório Stern de 2006 – documento britânico referente às mudanças climáticas – as perdas econômicas decorrentes do aquecimento global podem custar 20% do P.I.B., Produto Interno Bruto, mundial. A China, por exemplo, perde, anualmente, 9% do seu P.I.B. em consequência da degradação ambiental que os chineses promovem para o desenvolvimento do seu país.
Uma medida para solucionar esses entraves seria a prática dos “5 R’s” : reciclar, reutilizar, reduzir, repensar, e re-educar. Essas ações reduziriam os impactos ambientais e melhorariam a qualidade de vida da população.
Para isso, o capital natural precisa voltar a ser abundante e predominar sobre os outros, garantindo o bem-estar. Portanto, a metodologia do visionário René Dubos precisa ser empregada nesse século para garantir a sobrevivência das gerações futuras: “Pensar global, agir local”.
Diacronicamente, os quatro tipos de capitais existentes apresentaram mudanças. Enquanto três deles pareciam escassos – tecnológico, humano e financeiro – o outro – natural – se apresentava abundante. Porém, o homem conseguiu inverter esse “quadro” na medida em que sua ganância se sobrepujou a integridade ambiental, pondo em risco o futuro da sociedade.
No intuito de conseguir mais capital para sua empresa, por exemplo, o indivíduo abusa, muitas vezes, dos recursos naturais que o planeta o oferece, não se importando com a sua futura existência. Entretanto, muitas dessas atitudes inconsequentes não geram apenas lucros para os empresários.
De acordo com o Relatório Stern de 2006 – documento britânico referente às mudanças climáticas – as perdas econômicas decorrentes do aquecimento global podem custar 20% do P.I.B., Produto Interno Bruto, mundial. A China, por exemplo, perde, anualmente, 9% do seu P.I.B. em consequência da degradação ambiental que os chineses promovem para o desenvolvimento do seu país.
Uma medida para solucionar esses entraves seria a prática dos “5 R’s” : reciclar, reutilizar, reduzir, repensar, e re-educar. Essas ações reduziriam os impactos ambientais e melhorariam a qualidade de vida da população.
Para isso, o capital natural precisa voltar a ser abundante e predominar sobre os outros, garantindo o bem-estar. Portanto, a metodologia do visionário René Dubos precisa ser empregada nesse século para garantir a sobrevivência das gerações futuras: “Pensar global, agir local”.
» REDAÇÃO 3
O bullying e as suas consequências
O bullying é uma prática que se tornou frequente em todo o mundo. Ela consiste no ato de intimidar, ameaçar, constranger, castigar e agredir verbal ou fisicamente alguém que, na maioria das vezes, não tem possibilidade de defender-se. Alguns pais têm a certeza de que tal ação é absurda, inaceitável e que deve ser combatida. Outros, entretanto, acreditam que as desavenças e brigas na escola nada mais são do que disputas, as quais precisam ser vistas com normalidade, pois ensinarão as crianças a saber enfrentar problemas maiores no futuro.
Na escola ou em casa, no trabalho ou na vizinhança, o bullying pode ser realizado em qualquer lugar. Seus autores têm como objetivo mostrar superioridade e humilhar as vítimas, trazendo, muitas vezes, seu isolamento social. As consequências dessa prática nas crianças estão ligados ao medo e à angustia, que podem diminuir seu despenho escolar e aumentar sua agressividade. Além disso, as pessoas que sofrem tais atos, quando adultas, trazem da infância dificuldades de relacionamento social e baixa autoestima, o que prejudica sua vida pessoal e profissional.
Muito se discute sobre o problema do bullying e, no ano de 2012, ele foi posto em xeque pelos indivíduos que o condenam. Um novo Código Penal foi proposto no lugar do antigo, que estava em vigor desde o primeiro governo de Getúlio Vargas. O documento pretende, diante dos mais diversos temas em discussão, criminalizar o bullying com pena de um até quadro anos de prisão. Para os infratores menores de idade, o Estatuto da Criança e do Adolescente irá remediá-los com medidas socio-educativas, prestação de serviços e acompanhamento psicológico.
A situação das crianças não pode continuar da maneira em que está: a angústia e o medo contínuos não são sentimentos normais que serão fácil e rapidamente superados pelo jovem. O bullying é um problema sério e precisa ser combatido. Caso o Senado aprove o novo Código Penal, se tornará concreta a possibilidade de dar aos castigos e agressões com motivo de demonstrar superioridade um xeque-mate.
O bullying é uma prática que se tornou frequente em todo o mundo. Ela consiste no ato de intimidar, ameaçar, constranger, castigar e agredir verbal ou fisicamente alguém que, na maioria das vezes, não tem possibilidade de defender-se. Alguns pais têm a certeza de que tal ação é absurda, inaceitável e que deve ser combatida. Outros, entretanto, acreditam que as desavenças e brigas na escola nada mais são do que disputas, as quais precisam ser vistas com normalidade, pois ensinarão as crianças a saber enfrentar problemas maiores no futuro.
Na escola ou em casa, no trabalho ou na vizinhança, o bullying pode ser realizado em qualquer lugar. Seus autores têm como objetivo mostrar superioridade e humilhar as vítimas, trazendo, muitas vezes, seu isolamento social. As consequências dessa prática nas crianças estão ligados ao medo e à angustia, que podem diminuir seu despenho escolar e aumentar sua agressividade. Além disso, as pessoas que sofrem tais atos, quando adultas, trazem da infância dificuldades de relacionamento social e baixa autoestima, o que prejudica sua vida pessoal e profissional.
Muito se discute sobre o problema do bullying e, no ano de 2012, ele foi posto em xeque pelos indivíduos que o condenam. Um novo Código Penal foi proposto no lugar do antigo, que estava em vigor desde o primeiro governo de Getúlio Vargas. O documento pretende, diante dos mais diversos temas em discussão, criminalizar o bullying com pena de um até quadro anos de prisão. Para os infratores menores de idade, o Estatuto da Criança e do Adolescente irá remediá-los com medidas socio-educativas, prestação de serviços e acompanhamento psicológico.
A situação das crianças não pode continuar da maneira em que está: a angústia e o medo contínuos não são sentimentos normais que serão fácil e rapidamente superados pelo jovem. O bullying é um problema sério e precisa ser combatido. Caso o Senado aprove o novo Código Penal, se tornará concreta a possibilidade de dar aos castigos e agressões com motivo de demonstrar superioridade um xeque-mate.
» REDAÇÃO 4
O século feminino
Foi embora o tempo em que a mulher cuidava apenas da casa, dos filhos e esperava o marido cansado de uma dia exaustivo de trabalho para fazer-lhe massagem nas costas. A mulher deste século não só cuida da casa como também exerce muitas tare-
fas fora do lar. Conquistar o espaço masculino, no entanto a tem deixado estressada.
O século XXI porderia ser considerado o século delas, pois foi, predominantemente neste século que as mulheres mostraram que são capazes de exercer atividades na cultura, no esporte, na politica, no judiciario, ou seja, elas estão desemprenhando qualquer função.
Mas nem tudo são flores. É certo que a emancipação da mulher trouxe pra ela e para a sociedade enumeros beneficios. Porém isto a tem deixado mais estressada que o normal. O trabalho fora dolar aumentou a responsabilidade feminina, que antes estava se restringia ao lar. Além disso a maioria das mulheres têm mania de perfeição, por isso cobram muito de si mesmas.
Talvez se elas se exigirem menos, pelo menos em algum dos lados, o grau de estresse diminua. Pois não é necessário se sobrecarregar tanto, se cobrar tanto. Afinal o que elas precisam saber é que são fortes sim, mas não são super heroínas e assim como qualquer mortal não podem estar no centro de todas as tarefas, as vezes é preciso ficar nos bastidores.
O século feminino
Foi embora o tempo em que a mulher cuidava apenas da casa, dos filhos e esperava o marido cansado de uma dia exaustivo de trabalho para fazer-lhe massagem nas costas. A mulher deste século não só cuida da casa como também exerce muitas tare-
fas fora do lar. Conquistar o espaço masculino, no entanto a tem deixado estressada.
O século XXI porderia ser considerado o século delas, pois foi, predominantemente neste século que as mulheres mostraram que são capazes de exercer atividades na cultura, no esporte, na politica, no judiciario, ou seja, elas estão desemprenhando qualquer função.
Mas nem tudo são flores. É certo que a emancipação da mulher trouxe pra ela e para a sociedade enumeros beneficios. Porém isto a tem deixado mais estressada que o normal. O trabalho fora dolar aumentou a responsabilidade feminina, que antes estava se restringia ao lar. Além disso a maioria das mulheres têm mania de perfeição, por isso cobram muito de si mesmas.
Talvez se elas se exigirem menos, pelo menos em algum dos lados, o grau de estresse diminua. Pois não é necessário se sobrecarregar tanto, se cobrar tanto. Afinal o que elas precisam saber é que são fortes sim, mas não são super heroínas e assim como qualquer mortal não podem estar no centro de todas as tarefas, as vezes é preciso ficar nos bastidores.
» REDAÇÃO 5
O capitalismo por trás do ambiente sustentável
Segundo o Antigo testamento, Moisés teria recebido uma mensagem de Deus em que ele lhe mostraria uma terra onde jorraria leite e mel para todos os seus seguidores, ou seja, uma terra fértil onde tudo poderia ser colhido e repartido igualmente para todos. Mas, muito tempo depois, no advento do capitalismo, criou-se o excedente, ou seja, o lucro, que modificou o modo de enxergarmos nossos semelhantes e, assim, o meio ambiente.
Com o melhoramento das técnicas de produção, o homem passou a produzir cada vez mais e melhor, mas isso não foi suficiente para repartir os bens advindos dessa produção de modo igualitário, pois os princípios capitalistas mostram-se mais eloqüentes que os princípios humanistas. Dessa forma, valorizando um sistema que distorce o sentido de igualdade, o ser humano passou não só a destruir seus semelhantes, mas o próprio habitat, o Planeta Terra, pois ele não enxerga o meio em que vive com interdependência, e sim como fonte de produção do lucro e da exploração enaltecidos pelo capitalismo.
Porém, devido à flexibilidade do capitalismo de se camuflar de diversas formas, inclusive na forma ambientalista, o ser humano continua a consumir, só que dessa vez produtos ditos sustentáveis , para poder contornar os prejuízos causados à natureza, mas não aos seus iguais. Ou seja, o homem continua produzindo o excedente para poder consumir mais, sem, aparentemente, devido ao poder de persuasão desse sistema, agredir o meio ambiente. Apesar disso, continua promovendo a desigualdade.
Assim, para que o meio ambiente seja compartilhado igualmente por todos, o homem deve diminuir o consumo e não a troca de um produto por outro que aparente ser sustentável. Sustentabilidade implica revisão do modelo econômico adotado, isto é, equilíbrio nas relações entre economia e meio ambiente.
O capitalismo por trás do ambiente sustentável
Segundo o Antigo testamento, Moisés teria recebido uma mensagem de Deus em que ele lhe mostraria uma terra onde jorraria leite e mel para todos os seus seguidores, ou seja, uma terra fértil onde tudo poderia ser colhido e repartido igualmente para todos. Mas, muito tempo depois, no advento do capitalismo, criou-se o excedente, ou seja, o lucro, que modificou o modo de enxergarmos nossos semelhantes e, assim, o meio ambiente.
Com o melhoramento das técnicas de produção, o homem passou a produzir cada vez mais e melhor, mas isso não foi suficiente para repartir os bens advindos dessa produção de modo igualitário, pois os princípios capitalistas mostram-se mais eloqüentes que os princípios humanistas. Dessa forma, valorizando um sistema que distorce o sentido de igualdade, o ser humano passou não só a destruir seus semelhantes, mas o próprio habitat, o Planeta Terra, pois ele não enxerga o meio em que vive com interdependência, e sim como fonte de produção do lucro e da exploração enaltecidos pelo capitalismo.
Porém, devido à flexibilidade do capitalismo de se camuflar de diversas formas, inclusive na forma ambientalista, o ser humano continua a consumir, só que dessa vez produtos ditos sustentáveis , para poder contornar os prejuízos causados à natureza, mas não aos seus iguais. Ou seja, o homem continua produzindo o excedente para poder consumir mais, sem, aparentemente, devido ao poder de persuasão desse sistema, agredir o meio ambiente. Apesar disso, continua promovendo a desigualdade.
Assim, para que o meio ambiente seja compartilhado igualmente por todos, o homem deve diminuir o consumo e não a troca de um produto por outro que aparente ser sustentável. Sustentabilidade implica revisão do modelo econômico adotado, isto é, equilíbrio nas relações entre economia e meio ambiente.
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