Ações preventivas contra bullying são promovidas em Volta Redonda

Natacha Prado
natacha.prado@diariodovale.com.br

Volta Redonda
A Secretaria de Educação de Volta Redonda realiza projetos e ações sistematizadas visando o combate e a prevenção às práticas de bullying nas escolas da rede municipal de ensino durante o ano letivo.

Desde que alguns casos ganharam espaço na mídia em função da relevância e trouxeram diversas consequências negativas para o âmbito escolar, a secretaria optou em estabelecer em 2010 parcerias com instituições como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério de Educação.

As ações oferecidas aos orientadores educacionais responsáveis pelas escolas são realizadas evidenciando que o bullying é uma forma de violência existente e diagnosticada nas unidades de ensino da região. Além disso, foram apontados os tipos de violência psicológica mais praticadas nas escolas da cidade.

A partir dos relatórios dos problemas enfrentados cotidianamente nas unidades de ensino, o projeto "Ações em rede - prevenção e redução da incidência do bullying nas escolas dos Anos Finais do Ensino Fundamental na Rede Municipal de Ensino de Volta Redonda" foi implantado.

Segundo a responsável pelas diretrizes de trabalho da Orientação Educacional das Escolas de Anos Finais do Ensino Fundamental de Volta Redonda, Lija Maria Teodoro, as ações promovem um ambiente tranquilo e livre de hostilidades.

- O aluno consegue assimilar o conteúdo de forma satisfatória em um espaço agradável. Além disso, ocorre a promoção da autoestima do estudante. O respeito mútuo é desenvolvido, gerando bons resultados ao final do ano letivo. O descaso com o próximo prejudica o processo de aprendizado das crianças e adolescentes que estão na etapa de formação de identidade - explicou.

De acordo com Lija, as ações estão inclusas no projeto político-pedagógico das escolas, compostas por diretrizes como respeito e a solidariedade.

- Educar é um processo constante. A educação não é feita somente no âmbito escolar. Os alunos carregam valores oriundos do ambiente onde vivem. As ações diminuem os registros de práticas de violência - contou.

Em relação ao advento da cartilha, Lija afirmou que foi um dos percursores da iniciativa.

- Mediante a finalização do diagnóstico, o resultado apontou que violências verbais eram maiores do que as físicas. Hoje, os alunos sabem quais são as sanções, além de encararem a prática de bullying como um crime - esclareceu, acrescentando que a rede municipal de ensino adota uma política norteadora, onde a intenção é desenvolver alunos criativos, solidários e críticos.


Outras ações
Para atingir os objetos, são integradas questões importantes nas ações desenvolvidas nas unidades de ensino, como a capacitação do orientador educacional, sobre o que é bullying e as formas de prevenção - incluindo aspectos teóricos e legais -, além de estudos visando o conhecimento do conteúdo contido na cartilha do Ministério da Justiça sobre questões referentes à violência psicológica praticada nas escolas.

Outro ponto importante na educação dos profissionais foi a participação da professora Maria Tereza Maldonado - autora de diverso livros sobre bullying e ciberbullying - voltados para adolescentes e professores, já que o assunto vem gerando polêmica acerca das formas de utilização da rede de computadores e da exposição excessiva de assuntos particulares em redes sociais.

A integração de líderes estudantis incentivando o protagonismo juvenil e a liderança responsável são ações que possuem espaço no processo de combate a violência nas escolas. A compreensão do assunto é promovida pela apresentação de teatros, músicas, versos, poesias, danças e atividades de entretenimento - que facilitam a participação e assimilação do conteúdo transmitido.

Desta forma, durante o ano letivo, a Secretaria de Educação - em parceria com as escolas municipais da cidade - vem elaborando e promovendo ações educativas que diminuem a incidência desse tipo de problema.

As ações são contínuas e vigilantes em todas as unidades de educação, visando coibir e prevenir a prática que causa tantos prejuízos para quem é submetido a esse tipo de violência.

 

Fonte: Diário do Vale