Em
face da divulgação de sucessivos relatos que externam brutal e
inconcebível violência no interior das escolas da rede pública de
ensino, em particular, no Estado Ceará, a direção do Sindicato – APEOC
não poderia nem pode ficar inerte diante da omissão dos nossos
governantes públicos, bem como da aparente insensibilidade que demonstra
ter a social. As insatisfações conduzem esta entidade sindical à
iniciativa de fazer algo que possa despertar os Poderes Constituídos à
reflexão sobre os efeitos desta grave epidemia de insegurança escolar.
Situação que leva o profissional educador a condição de vítima indefesa
dentro do seu próprio local de trabalho.
A título de contribuição para o restabelecimento de uma convivência
pacifica na comunidade escolar, o Sindicato – APEOC está criando, a
partir do relato dos trabalhadores em educação em nosso site, um banco
de dados que possa registrar todos os atos delituosos que vem
ocorrendo nas dependências das unidades de ensino. De posse dos dados
estatísticos auxiliar o Poder Público e segmentos da sociedade na
construção de um projeto globalizado que venha de encontro a essa
irracional violência que ocorre hoje no âmbito da escola.
Violência que está se agravando no dia-a-dia, e, fugindo do alcance
que tem poder coercitivo do Estado. Situação que parece não está sendo
percebida pelas decisões políticas de governo e por razões até então
desconhecidas na opinião pública. Os índices da violência na escola
pública cearense estão crescendo e os poderes constituídos não sinalizam
perspectiva de ação efetiva que possa estancar ou minimizar as
lamentáveis consequências dessa nova realidade
social-educacional-pedagógica. Tanto que, diariamente, a imprensa e as
redes sociais de comunicação divulgam fatos inéditos de agressões
físicas e verbais contra educadores - lutas corporais entre alunos por
motivos banais – comercio de compra e venda de drogas nas proximidades das unidades escolares.
Esse nefasto momento social no âmbito escolar estimula a indisciplina
– a falta de respeito ao educador – menosprezo à vida adolescente. Tudo
isto colocando em xeque a autoridades e responsabilidade administrativa
daqueles que exercem cargos outorgados pela iniciativa popular. Sem
opção e lutando contra o medo está o profissional educador, pedindo
afastamento ou demissão do cargo que exerce no magistério. Realidade que
se associa ao baixo salário e falta de estimulo para o exercício de magistério.
Violência é assunto complexo, no entanto, a omissão dos gestores públicos é mais complexa e nefasta à educação
e para com aqueles que dependem do aprendizado na escola pública, bem
como para com o país e com o bem estar social da nação. A
responsabilidade de pacificar o ambiente escolar é de todos,
principalmente do Poder Público representado pelos seus gestores,
eleitos pelo povo. A sociedade, como está previsto nos textos
constitucionais não pode se isentar de contribuição para o pleno êxito
do processo educacional.
Obrigatoriamente, cada um deveria fazer a sua parte – estudantes;
pais de alunos; educadores; instituições privadas; sindicatos e
associações; Poder Público e seus governantes. A violência não pode nem
deve hastear bandeira na escola pública. Caso isto seja permitido não
existirá aprendizado nem paz social que possam conduzir este país ao
patamar de desenvolvimento que necessita.
O Sindicato – APEOC, com a contribuição de todo os profissionais
educadores nas escolas públicas do Ceará quer fazer a sua parte em favor
da paz no âmbito escolar.
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