Da Redação
A partir da autoavaliação sobre o comportamentos e mudanças de atitudes
levaram a comunidade escolar da unidade estadual Professora Maria
Hermínia Alves, no bairro CPA 4, a reduzir em aproximadamente 80% a
violência registrada na escola, nos últimos cinco anos (2007/2012). A
unidade inclusa entre as 20 mais violentas de Cuiabá, pela Unesco, em
2006, reverteu das 177 ocorrências registradas inicialmente para 40 casos mês.
“A informação de que estávamos entre as escolas mais violentas da
Capital foi um choque para a equipe técnica e pedagógica”, destaca a
diretora da unidade, Hélia Ormond. O entendimento sobre a violência era
de que ela era externa ao ambiente. Com apoio de especialistas da
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) participaram de um projeto de
autoavaliação, que resultou na percepção de quanto toda a comunidade
escolar era violenta.
O diagnóstico gerou a reavaliação necessária para as mudanças de
conceitos, levando o coletivo escolar a promover atitudes que reverteram
as relações (professor-aluno-professor, aluno- funcionários-alunos,
entre os próprios estudantes e com o próprio patrimônio). “Foi um ano de
dor”, diz a diretora se referindo a dificuldade de mudanças.
Como medidas internas foram propostas ações participativas e
integradoras, como reuniões para tomada de decisão coletiva (docentes,
discente e funcionários), instalação de painéis estatísticos (violência)
no pátio, entre outras. Os projetos desenvolvidos nascem a partir da
proposição de alunos, professores e técnicos. “Tivemos recentemente um
projeto das merendeiras que apresentava para os estudantes a importância
da alimentação saudável”, relata a estudante Isadora Jordão Santos, do
oitavo ano.
Outra proposta integradora que refletiu na redução da violência foi a
abertura da escola para a comunidade. “Fomos uma das primeiras a
implantar o Programa
Escola Aberta. No começo foi assustador, pois se não dávamos conta da
violência interna como seria abrir as portas para a população”, relata a
diretora.
Quando iniciaram o projeto Escola Aberta, as oficinas foram
insuficientes para atenderem a demanda. Os pais dos mais de um mil
estudantes se integraram ao projeto direta ou indiretamente. “Tivemos
que buscar parceria na iniciativa privada para ampliar as práticas”,
diz.
Fonte: O Documento
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