quinta-feira, 2 de junho de 2011

Polícia conclui inquérito e aponta seis acusados de bullying em MS

Subiu para seis o número de adolescentes acusados de extorsão e bullying contra um estudante em Campo Grande. A Delegacia Especializada de Infância e Juventude concluiu o inquérito nesta quarta-feira (1º).

Para concluir a investigação, a delegada responsável pelo caso ouviu mais de dez depoimentos. Entre eles, uma nova declaração do estudante vítima de bullying, que revelou que era extorquido por mais cinco adolescentes. “Se aproveitaram de uma fragilidade desse adolescente vítima, e da facilidade que ele tinha de conseguir dinheiro da família porque eles tinham um estabelecimento comercial”, afirmou a delegada Aline Sinnott Lopes.

O primeiro infrator foi flagrado pela polícia há duas semanas. Todos os agressores estudavam na mesma classe que a vítima, em uma escola estadual em Campo Grande.

A investigação mostrou ainda que eles agiram durante um ano. Primeiro com pedidos de tarefas e pagamento de lanches na hora do intervalo. A extorsão continuou fora da escola: eles passaram a exigir dinheiro e teriam conseguido mais de R$ 1 mil nesse período.

A expectativa da delegada que investigou o caso é que os menores cumpram medidas socioeducativas, a mesma punição dada ao primeiro jovem denunciado.

O primeiro agressor identificado já começou a cumprir as medidas. Durante três meses terá que ajudar em pequenas tarefas na escola, como por exemplo lavar a louça da merenda. O adolescente também vai receber uma aula extra sobre bullying, e no final deste período, vai escrever uma redação sobre o assunto.

Os outros cinco adolescentes envolvidos também devem ser submetidos a medidas educativas, segundo o promotor da Vara de Infância e Juventude, Sérgio Harfouche. As ações funcionam como um “castigo” que deverá ser cumprido nos próprios locais onde eles praticaram o bullying. “Vejo isso como uma forma de punição revertida em ações positivas para a sociedade”, enfatiza o promotor.

No entanto, Harfouche destacou que somente os adolescentes que não possuem antecedentes criminais podem cumprir essas medidas. “Vou analisar os casos e os históricos dos outros cinco adolescentes. Se eles estiverem dentro dos requisitos também deverão cumprir a mesma punição que o primeiro adolescente está cumprindo”, afirma.

Fonte: Consulado Social

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