Com a presença maciça de alunos de escolas estaduais e do Colégio Militar, a Câmara Municipal de Campo Grande recebeu, nesta sexta-feira (10), o Projeto “Entrevista na Escola”, que abordou o tema “Bullying – realidade ou exagero?".
De forma empolgada, os estudantes participaram, ativamente, fazendo perguntas referentes ao tema, e permaneceram atentos a todas as explicações dadas pelas autoridades que estiveram presentes no evento como o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Paulo Siufi (PMDB), autor da Lei Municipal 4.854/10 - que estabelece a inclusão de medidas de conscientização prevenção e combate ao bullying escolar no projeto pedagógico, elaborado pelas Escolas Municipais de Campo Grande - , juntamente com a vereadora profª Rose (PSDB), além do deputado estadual, Junior Mochi (PMDB), líder do Governo na Assembléia Legislativa e da Drª Ludmila de Moura, psicóloga e mestre em saúde mental.
Inicialmente, os participantes assistiram ao vídeo, no qual o Promotor da Infância, Adolescência e Juventude, Sérgio Harfouche explica as medidas adotas para aqueles que cometem bullying dentro das unidades escolares, no município de Campo Grande. Segundo o Promotor, o fato de aplicar uma medida para o aluno que pratica tal ato, não provocará conflitos nas instituições, e sim, de acordo com o promotor, implantará um sistema que impeça o aluno de ir para uma delegacia e se tornar um menor infrator.
Para a psicóloga e mestra em saúde mental, Ludmila de Moura, é necessário que se faça atividades que possam ser implementadas no dia a dia dentro das escolas para discutir e prevenir práticas de bullying. “Conforme vamos crescendo os nossos pais têm de ensinar a perceber e respeitar o direito do outro, isso começa dentro de casa e se estende para a escola”, disse Ludimila que acrescentou ainda “A atitude política é muito importante, mas todos nós somos responsáveis e temos que aprender a conviver com os diferentes até porque a diversidade nos enriquece e faz o mundo progredir”, salientou a psicóloga.
Já o deputado estadual Junior Mochi colocou a importância de reunir pais e alunos, tanto o que praticou o bullying como a vítima, para tomar ciência dos fatos. “Se persistir o fato, pode gerar conseqüências mais graves. A prática está disciplinada no ordenamento jurídico. Então pode chamar autoridades para que os fatos não se repitam” disse Mochi justificando que em casos mais sérios os pais ou a escola podem acionar o PAE (Programa de Ações Educativa) ligado ao Ministério Público Estadual.
O Médico pediatra e herbeatra, Paulo Siufi, disse que o bullying é um assunto que tem preocupado e muito os gestores escolares e o poder público têm a obrigação de trabalhar em favor da juventude.”Entendemos que esta pratica promove a discórdia, rancor, constrangimento e em alguns casos leva tragédias. As estatísticas mostram que mais da metade dos alunos sofrem ou sofreram bullying. É muito importante a presença de vocês nesse debate. Vocês vão transformar as escolas das quais vocês fazem parte. Se o Rio de Janeiro tivesse uma lei igual como essa trajedias como a de Realengo não aconteceria. Nós estamos dando uma demonstração de civismo” disse Siufi.
Fonte: A Crítica de CG
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