segunda-feira, 20 de junho de 2011

O BULLYING e a Nossa Tolerância

O buylling e a nossa tolerância

Autor: Jöel Thrinidad

Até que aconteça com alguém muito próximo a nós, o buylling vai parecer problemas dos outros. Mas, infelizmente não é. Está provado que crianças infelizes se tornam adultos
infelizes e que como uma doença assintomática, acaba matando bem mais que um assaltante à mão armada está propenso a fazer.

O buylling tem ferido a identidade moral de nossas crianças, corrompendo a infância antes inocente e lançando-as a uma realidade muito mais dura do que deveria ser. Ferir, magoar, machucar, envergonhar. São sentimentos que poderiam ser descobertos muito mais tarde, quando à idade tornam inevitáveis certas experiências, mas que infelizmente está se tornado um carma a ser ultrapassado por cabeças e corações ainda informes.

Não basta somente o combate ao abandono, ao trabalho infantil ou o descaso da sociedade com a infância, mas também o combate desse mal infiltrados nas escolas, nos bairros, nos condomínios e em qualquer ambiente social que nossos jovens estejam expostos. Uma exposição maledicente dos defeitos como se houvesse uma linha especial de seres humanos sem falhas e que por não se enquadrarem na normalidade esperada são tratados como peças de descartes e banidos como Judas do convívio compartilhado. Daí vem à pergunta: O que separa o buylling da nossa tolerância?

O problema não só é visto pelas crianças que são capazes de causar dor a outras
crianças, mas também dos pais que toleram e incentivam esse tipo de comportamento, permitindo que o preconceito seja incentivado por seus filhos, sem que isso signifique um dano do qual se sintam responsabilizados. A negligência desse tipo de adulto que destroem a conduta social e moral de outros futuros adultos é que precisa ser repreendida e não somente sua prole desprovida de consciência moral, civil, social e psicológica.

Não importa como seremos atingidos, o que não pode acontecer é nos acomodarmos a isso,
fazendo com que este mal esteja mais próximo de nós do que o perigo das ruas. Todos os dias milhares de crianças nascem com algum tipo de diferença e essa diferença precisa ser aceita sem qualquer tipo de preconceito e para isso é que precisamos continuar trabalhando para que nossas crianças tenham um ambiente que lhes proporcionem conforto, segurança e uma referência de valor para tornarem pessoas melhores, superior a sociedade que tiveram.

Não podemos tolerar que infâncias inteiras sejam diluídas pela maldade e pelo ódio que corrói o interior de pessoas para que quando estiverem adultos possam praticar mais o bem do que o mal. Milhares de ursinhos de pelúcia são fabricados todos os dias, e certamente esse número ultrapassa a produção de armas e munições do mundo inteiro, no entanto o amor que poderíamos praticar mais espontaneamente é tão mal utilizado? Onde foi que perdemos nossos valores mais bonitos?

Está na hora de trocarmos o que nos machuca pelos braços que nos fortalecem juntos,
só assim conseguiremos retardar a maldade que mais cedo ou mais tarde teríamos contato. Se não dá para consertar os adultos que já fizeram mal a tanta gente, podemos pelo menos influenciar positivamente que outros que vierem depois de nós sejam melhores do que fomos. Afinal de contas não é somente a educação que devemos dar aos nossos filhos, mas também a liberdade de serem felizes tal como foram desejadas e que assim possam aceitar suas limitações ao invés de escondê-las.

Se é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, devemos amá-las também
como são hoje, porque são tão frágeis e tão humanas quanto nós.

Meu filho vai ter nome de Santo e quero que tenha o nome mais bonito, a vida mais linda
que eu puder lhe dar e um mundo melhor do que o mundo que tive.

http://www.artigonal.com/auto-ajuda-artigos/o-buylling-e-a-nossa-tolerancia-4905450.html

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