A cada semana, novos episódios de violência são registrados nas escolas. Nos últimos dois meses, foram relatos de situações de bullying, ameaça a professores e vandalismo, especialmente nas escolas estaduais Coronel Venâncio, na região central, e São Judas Tadeu, na zona norte. Com relação a esta última, a reportagem de A COMARCA obteve relatos da vizinhança de alunos que apontam situações gravíssimas de consumo de drogas e vandalismo.
Todas as situações são negadas pela direção das escolas e a Diretoria de Ensino também não se pronuncia sobre possíveis providências. Essa postura tem revoltado pais de alunos que temem pela segurança dos filhos, e moradores dos arredores das escolas, que convivem com as situações de depredação e agressões. A dirigente regional de ensino, Elin de Freitas Vasconcelos, não atende a reportagem e não retorna às tentativas de contato.
Segundo informações de uma moradora das proximidades da Escola São Judas Tadeu, as brigas entre alunos são constantes e os moradores procuram não se envolver por medo de represálias. “Só podemos ficar quietos, temos filhos e temos que prezar pelas nossas residências”, diz.
Quando os alunos falam da situação da escola, as denúncias são ainda mais graves. Um deles aponta uma situação de apedrejamento a funcionários, ocorrida na última semana. Segundo ele, os alunos se rebelaram contra os inspetores que teriam ameaçado suspensões. Uma estudante do período da manhã denuncia ainda o consumo de maconha dentro e fora da escola, situação que chega a ocorrer dentro das salas de aulas.
Os alunos chegam a guardar bicicletas na casa de pessoas da vizinhança, pois relatam roubos ocorridos dentro da escola. Eles apontam ainda a entrada de terceiros, que atuam na venda de drogas e nos roubos.
Informações da delegada responsável pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Raquel Casali, apontam em média, oito ocorrências por semana ocorridas dentro das escolas.
ASSÉDIO
Referente a um episódio de tentativa de agressão a um professor da escola São Judas Tadeu, ocorrido em maio, os alunos ouvidos pela reportagem apontam que a ação foi motivada pela revolta.
Segundo eles, o professor teria assediado uma aluna do ensino fundamental, no período da tarde. Os estudantes então se rebelaram e depredaram o carro do professor, que foi afastado do cargo. A mesma versão foi confirmada por diferentes grupos de alunos da escola.
Fonte: A Comarca
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