sexta-feira, 10 de junho de 2011

Defensoria Pública reinicia ciclo de palestras sobre bullying nas escolas

O Centro de Atendimento Psicossocial da Defensoria Pública do Estado (CIAPS) reiniciou o ciclo de palestras sobre bullying nas escolas. O terceiro colégio a receber a equipe de psicólogos e defensores públicos nesta quarta-feira, 8, foi o Salesiano. As palestras são realizadas apenas em escolas públicas, mas a diretoria do colégio tomou conhecimento dessa ação da Defensoria e nos convidou para tratar sobre esse tema. É importante ressaltar que esse trabalho vem sendo realizado desde 2010 em diversas escolas estaduais e o resultado tem sido muito bom, frisou a psicóloga Juliana Andrade.

De acordo com a supervisora do Salesiano, Lígia Prudente, o colégio iniciou uma série de palestras com os temas violência, vida sustentável entre outros e viu a necessidade de abordar o bullying para os alunos do ensino médio. Tivemos conhecimento de que a Defensoria Pública vinha realizando palestras sobre esse tema. Conhecia apenas o lado jurídico da instituição e a partir das informações nas matérias veiculadas nos meios de comunicação, solicitamos a participação da psicóloga e do defensor público para falar sobre o bullying. A palestra foi ótima e o resultado foi satisfatório, pois alguns alunos e professores revelaram que já tinham sofrido ou praticado o bullying e isso repercutiu positivamente boca a boca entre os alunos. Essa iniciativa da Defensoria Pública do Estado é muito importante e a equipe está de parabéns, agradeceu.

Os alunos interagiram e se aprofundaram sobre o que é o bullying, quais as consequências, os traumas na vida da criança e do adolescente quando adulto, os comportamentos anti-sociais como a agressão até a maior idade, o tratamento através da psicoterapia, entre outros assuntos abordados pela psicóloga Juliana Andrade e a defensora pública Elizabete Luduvice. É importante trabalhar na prevenção, uma vez que conscientiza pais, educadores e os próprios alunos de que atos de violência praticados hoje poderão causar danos futuros como se tornar adultos agressivos, sofrer pressão da sociedade e exclusão social. Por isso, é importante discutir esse tema tanto no ambiente familiar quanto na sala de aula, e que os pais possibilitem abertura para os filhos falarem sobre os seus medos e anseios, preveniu a psicóloga Juliana Andrade.

De acordo com os professores Helena Bonaparte e Afran, as palestras despertam nos alunos a vontade e a curiosidade sobre determinados temas. Eles aprendem o quanto é danoso para as vítimas que sofrem bullying e as implicações legais. O que as crianças antes consideravam uma brincadeira, hoje elas sabem que tem consequências graves, enfatizaram.
Os alunos do ensino médio, Guilherme e Mateus manifestaram a prática do bullying. Já praticamos por brincadeira, mas agora sabemos que têm sérias consequências, assumiram.

Ainda, segundo Juliana Andrade, as palestras abrem espaço para que os alunos possam conversar sobre o problema, pois muitos não dialogam com os pais e cabe à escola cumprir esse papel. Quando o assunto é divulgado, desperta no aluno a vontade de conversar e acaba tocando no outro a importância do diálogo e da conscientização. Quando você não se sente parte da sociedade, você se volta contra ela e o resultado disso são crianças que crescem reprimidas e se transformam em adultos problemáticos, disse.

Segundo a defensora pública, Elizabete Luduvice, as palestras são importantes, uma vez que esclarece e previne os estudantes para se conscientizarem a não cometer esse ato e aos professores para que eles possam saber lidar no dia a dia com esses alunos. As consequências são maléficas e essa prática pode enveredar enquanto agressores do bullying a futuros criminosos homicidas. Com isso, as vítimas podem se tornar pessoas adultas com dificuldades no relacionamento no campo laboral, familiar ou amoroso e, por conseguinte revidar o seu agressor tornando-se mais um delinquente na sociedade alertou.

Ao final da palestra, a psicóloga Juliana Andrade foi homenageada com uma placa em agradecimento à participação da Defensoria Pública. Essa homenagem não diz tudo que gostaríamos de expressar, mas é uma forma de agradecer por essa iniciativa, destacou Lígia Prudente.

Débora Matos
Assessora de comunicação
Defensoria Pública do Estado


Fonte: Plenário a Notícia Agora

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