sábado, 4 de junho de 2011

Bullying é discutido entre pedagogos

As maiores vítimas de bullying são os meninos na faixa etária de 11 a 15 anos. A maior parte deles mora no Sul do Brasil

Dentre as mais variadas formas de violência contra crianças e adolescentes, existe uma que marca para toda a vida. E é cometida por outras crianças. Para os especialistas em Psicopedagogia, esse ato de violência se chama Bullying.

Para avaliar o grau de comprometimento da juventude cearense em questões delicadas como esta, especialistas em Educação estiveram reunidos ontem, no Iate Plaza Hotel, em evento promovido pelo Sindicato das Escolas Particulares do Ceará (Sinepe). Com o tema "Escola X Família: Ação mediadora no enfrentamento do bullying e transtornos emocionais da criança e do adolescente", as discussões envolveram profissionais especializados em pedagogia e psicopedagogia.

Com o objetivo de discutir problemas que acontecem nas escolas e acabam refletindo diretamente no dia a dia nas salas de aula, o encontro abriu espaço, também, para experiências inovadoras. O município de Forquilha, a 220 quilômetros de Fortaleza, serve como referencial de ensino a estudantes especiais, ocasionando a inclusão de autistas, surdos, cegos, portadores de Síndrome de Down, na rede regular de ensino.

A experiência em Forquilha não é nova. Acontece desde 2002. E a especialista em Educação Especial, a psicopedagoga Evanda Rodrigues Torres, pioneira no modelo de inclusão de alunos especiais em escolas municipais, atesta que a violência sofrida pela maioria dos 125 alunos que estudam na Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) começa em casa.

"Eles são diferenciados na própria família por serem diferentes. Na Apae, tentamos ensinar que isso que acontece também é uma forma de bullying", atesta a especialista.

Uma pesquisa inédita realizada pela ONG Plan Brasil, em 2010, reuniu mais de cinco mil alunos e permitiu conhecer as situações de maus tratos nas relações entre estudantes dentro da escola, nas cinco regiões brasileiras. O bullying acontece mais no Sudeste e Sul do País, com maior incidência entre jovens de 11 a 15 anos de idade.

Bullying

Segundo alguns pesquisadores, Bullying é o conjunto de atitudes agressivas repetitivas, que não tem motivação aparente, perpretadas por um aluno ou grupo contra outro, causando sofrimento, angústia e dor.

A pedagoga baiana Sônia Souza Pereira encerrou o encontro mostrando que timidez em excesso, insegurança e ansiedade quando presentes em crianças, deve servir de sinal vermelho para os pais. A criança pode estar sendo vítima de abuso emocional.

Fonte: Diário do Nordeste

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