CORREIO DO POVO
Produzida por Selena Gomez, série conta história de garota que tirou a própria vida por motivos desconhecidos
Trama é protagonizada por Dylan Minnette e Katherine Langford | Foto: Beth Dubber / Netflix / Divulgação / CPSelena Gomez tinha a adolescência de pop star. Aos 15 anos, passou a interpretar com frequência a personagem Mikayla, em "Hannah Montana". De dentro desse mundo aparentemente perfeito, cantora enxergava rachaduras. A adolescência não é fácil, seja você famoso ou não. Ela não se lembra exatamente quantos anos tinha quando recebeu um presente da sua mãe, o livro "Os 13 Porquês", de Jay Asher. Agora, é produtora executica da série "13 Reasons Why", adaptação daquelas 255 páginas, na versão do livro em português. Os 13 episódios foram lançados nesta sexta-feira, na Netflix.
O projeto, inicialmente, era transportar as palavras de Asher para o cinema. Aos poucos, a história se desenvolveu e não caberia mais em 120 minutos de telona. Era preciso mais, constatou Selena. “Acho que funcionou melhor como série uma vez que nós começamos a trabalhar com essas pessoas”, ela diz ainda. A cantora e também atriz iria interpretar a personagem Hannah, uma jovem que tira a própria vida por motivos que a escola inteira desconhece. Daí vem o título, os 13 motivos do suicídio.
Hannah deixa depoimentos em fita cassete e, lá, conta a história que a levou a uma atitude tão extrema. A personagem é interpretada pela novata Katherine Langford e divide o foco da série com Clay Jensen, vivido por Dylan Minnette. É o rapaz, que nutria uma paixão pela garota, o primeiro a receber os depoimentos dela. Apesar das cassetes, trata-se de uma história contemporânea, na qual o bullying se tornou cyberbullying. Foi amplificado e extrapola os muros das escolas.
O responsável pelos dois primeiros episódios é Tom McCarthy, diretor e roteirista de "Spotlight: Segredos Revelados", vencedor do Oscar de melhor filme em 2016. Pai de duas garotas, ele se viu compelido a levar essa história para a televisão. “O que me atraiu nesse livro é que ele realmente acerta em temas difíceis. Há tantas coisas além do suicídio. Abuso emocional, sexual, violência de todos os tipos”, ele diz. “Mas o livro faz isso de uma forma tão acessível, de uma forma incrivelmente fácil de se assistir e ler”, acrescenta.
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