REGIÃO NOROESTE
O clima para Roger Guedes definitivamente não é dos melhores no Palmeiras. E tudo começou com o que parecia uma brincadeira, mas foi chamado de bullying por muitos espectadores.
No início de abril, o jogador perdeu uma aposta com o elenco e, de acordo com pessoas próximas, não quis pagar. Por isso foi hostilizado pelos companheiros em frente às câmeras: teve de tudo, dos pontapés até tapas – terminou com o jovem amarrado e deitado no chão.
Na época todo mundo do clube achou normal. Eduardo Baptista sentou na mesa da coletiva de imprensa e disse para que todos pudessem ouvir: isso é brincadeira dos jogadores. Mas a bola de neve aparentemente começou ali. Descontente, Roger Guedes conversou com o seu empresário, que já vinha negociando com clubes italianos para a próxima janela de transferência. O clímax então aconteceu no último final de semana.
O camisa 23 assistiu do banco de reservas a derrota dura do Palmeiras no Campeonato Paulista. Ele não começou jogando na derrota por 3 a 0 contra a Ponte Preta no Moisés Lucarelli – Baptista optou por começar com William.
Quando soube que seria apenas opção, pediu para deixar a concentração em Campinas. No fim entrou em campo apenas com 25 minutos do segundo tempo, quando o placar do primeiro jogo da semifinal já estava decretado.
No jogo de volta, no Allianz Parque, porém, foi titular na vitória por 1 a 0 contra a Macaca, mas nada pode fazer para evitar a eliminação no estadual. Àquela altura o descontentamento de Roger Guedes estava acima do normal.
Até que todo o clima ruim do Palmeiras veio a tona nesta quarta-feira, quando o grupo já estava em Montevideo para enfrentar o Peñarol na 4ª rodada da fase de grupos da Copa Libertadores – se vencer está praticamente classificado.
Felipe Melo, conhecido por ser falastrão e polêmico, foi um dos jogadores mais enfáticos na brincadeira com Roger Guedes naquele treino que terminou em bullying. Agora, no último treino antes de entrar em campo logo mais, às 21h45, o volante discutiu com o meia. Numa troca de passes, o pitbull disparou: “porra, assim fica difícil, meu irmão. Tá falando pra caralho, me respeita, porra”. Mas não parou por aí.
Quando os jogadores se cruzaram em frente do preparador físico Omar Feitosa, Felipe Melo apontou o dedo na cara de Roger Guedes e disse: “você é moleque, me respeita, porra”. O membro da comissão técnica apenas assistiu, mas nada fez para conter. O jovem meia não se manifestou e continuou caminhando tímido.
Apenas o atacante Borja tentou mudar o clima e voltar o foco para o treinamento, mas já era tarde.
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