Rodolpho Pereira Lima | |
O
Jornal da Cidade de ontem (Opinião, pág.2), publicou artigo sob o
título “A violência chegou às escolas”, de autoria do prezado e ilustre
professor Joaquim Eliseo Mendes, supervisor de ensino aposentado e
ex-diretor Regional de Ensino de Bauru. O professor Joaquim apresenta
uma análise crítica objetiva e realista focalizando a violência nas
escolas públicas, ressaltando medidas altamente significativas a serem
adotadas frente aos problemas, afirmando: “Sempre me bati defendendo a
necessidade de uma estrutura humana e profissional para a escola com a
lotação de pascólogo, assistente social, serviço dentário e médico”.
Indispensáveis tais medidas sugeridas, me fez lembrar a instalação em Bauru das Escolas Técnicas (Etec) e Faculdade de Tecnologia (Fatec), sob jurisdição do Centro Estadual “Paula Souza”, com a desativação da então Escola Estadual “Rodrigues de Abreu”, de cultura geral, com a justificativa de falta de alunos e várias alas vagas no estalecimento. Na época, por intermédio do JC, na coluna - A Tribuna do Leitor, critiquei a desativação da escola com transferência do diretor, professores, funcionário e alunos, para abrigar as novas escolas técnicas. Procurei mostrar que as salas não estava vagas, ociosas, mas sim desocupadas, devido à escola não contar com biblioteca e salas de leitura, sala para assistente social, psicólogo, enfermagem, gabinete dentário, sala com computador. Comporta lembrar o projeto de lei n. 2006/1974, de autoria do então deputado federal dr. Mauríco de Toledo, instituindo a obrigatoriedade do Serviço Social Escolar nas escolas oficiais no ensino de primeiro e segundo graus. Justificava o deputado Mauríco Toledo, já falecido, que pela formação profissional especializada do assistente social, constatará as anomalias bastante acentuadas na área do ensino de primeiro e segundo graus, propondo soluções que atendam tais necessidades. Ressaltava o deputado que deixar para o professor no exercício da docência a tarefa de observar problemas sociais dos alunos é sobrecarregá-lo, prejudicando suas atividades na docência. São passados 38 anos da apresentação na Câmara dos Deputado desse projeto com criação de importante e indispensável medida nas escolas oficiais de educação básica, cujo problema maior continua ignorado pelos nossos governantes, em especial o Ministério da Educação. Hoje, com os problemas de drogas e violência generalizada, mais do que outrora é imprescindível que as escolas oficiais de educação básica sejam dotadas com esses profissionais especializados, conforme sugere o amigo e colega professor Joaquim Eliseo Mendes. Se temos o programa do governo federal “Universidade para todos”, temos o menosprezo pela educação de base. Finalizo cumprimentando o professor Joaquim pelo oportuno artigo e reproduzo mais uma vez a declaração do saudoso pedagogo Anísio Teixeira, patrono do Inep, órgão do MEC, registrada em seu livro “Educação não é privilégio” (1957): “Não desmerecemos nenhum dos esforços para a educação ulterior à primária, mas reivindicamos a prioridade número um para a escola que dependem todas as escolas - a escola primária”. Hoje, ensino fundamental e médio. O autor, Rodolpho Pereira Lima, é professor aposentado e colaborador de Opinião |
Fonte: JC Net
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