quinta-feira, 19 de abril de 2012

Comunidade e educadores se reúnem para discutir a violência escolar


Umuarama - Com o salão de evento do Campus III da Universidade Paranaense (Unipar) lotado, começou ontem o ciclo de estudo para o enfrentamento das violências na escola. Com o tema, A Violência e o Processo de Ensino e Aprendizagem, o evento focou qualificar os profissionais da educação, pais e comunidade para compreender e como se portar perante os fatos. 

De acordo com a técnica pedagógica da coordenadoria do enfrentamento da violência na escola, Edina Terezinha Monteiro, para conseguir combater a violência no ambiente escolar é necessário conhecer suas causas e manifestações. Para isso a comunidade requer de formação, reflexões e discussões. “Hoje estamos envolvendo a comunidade escolar como um todo, a fim de articular e promover mecanismos e ações que viabilizem este desafio. Começamos as palestras e oficinas com o tema: Na escola, a paz pode ser construída individualmente e coletivamente. Com a palestrante Ângela Mendonça, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e Adolescente do Estado do Paraná”, informou.
 

 Além das palestras e os participantes passaram por oficinas com diversos temas relacionados à violência escolar.
 

Ainda segundo Edina, várias reuniões serão realizadas nos próximos dias até dia 18 de maio, dia nacional do enfrentamento à violência sexual. Participarão desses encontros os componentes da rede de proteção à criança e o adolescente que resultará no levantamento da situação do cenário nas escolas. “Com essas informações e números vamos esclarecer dúvidas e ter ações mais eficientes para pregar a paz no cenário da violência escolar” esclareceu.
 

O seminário foi realizado pelo Núcleo Regional da Educação de Umuarama (NRE) através da Coordenação de Desenvolvimento Socioeducacionais em parceria com a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Secretaria da Família e Desenvolvimento Social do Paraná, Ministério Público do Estado do Paraná, Universidade Paranaense (UNIPAR) e APP- Sindicato
 

Para o chefe do NRE/Umuarama, Adalberto Carlos Rigobello, o encontro visa fortalecer a rede de proteção à criança e adolescente para promover trabalhos de prevenção. “O tema é prevenir, não deixar acontecer. O aluno tem que ir para escola para estudar e o professor ir para lecionar, num ambiente bom para todos e com a participação da família”, diz.
 

O chefe do núcleo informou que o fortalecimento dessa rede parte do princípio que todos saibam o seu papel. Como a escola saiba diferenciar uma questão disciplinar de uma situação a ser informada a uma das instituições que compreende a rede de proteção. “Temos que envolver todos para que a educação vença”, exclamou.
 

Palmada é coisa do passado

Em reportagem divulgada no jornal Hoje, da rede Globo, dois pesquisadores do Canadá analisaram estudos sobre punições físicas aos filhos feitos ao longo de 20 anos em diferentes regiões do mundo. E eles chegaram à seguinte conclusão: as punições físicas não trazem resultados positivos, mas justamente o contrário, efeitos negativos. Mas uma coisa é certo, é preciso estabelecer limites. Para fazer valer as regras os especialistas dizem que o castigo é sim uma opção. A ideia é privar a criança de algo que ela goste, por um tempo, e de preferência que esteja relacionado com o conflito.

Fonte: Umuarama Ilustrado

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