Do UOL, em João Pessoa (PB)
Um estudante de 14 anos, do 5º ano do ensino fundamental, foi flagrado
na manhã desta quarta-feira (18) com um revólver calibre 22 dentro da
sala de aula. O caso aconteceu na Escola Municipal Chico Xavier, em João
Pessoa (PB). A direção tomou conhecimento do fato após denúncias feitas
por outros alunos. A justificativa do estudante para ter levado a arma
para o colégio é que ele estava sendo ameaçado de morte por uma pessoa
que mora próximo à unidade escolar.
A direção diz que comunicou o ocorrido à polícia imediatamente. Houve
rumores que o adolescente teria ameaçado outros estudantes, após ser
denunciado. A informação, no entanto, não foi confirmada pela direção do
colégio. A escola tem cerca de 400 alunos e está localizada em um
bairro nobre de João Pessoa.
A direção da escola também informou que ia procurar a polícia para
registrar a queixa sobre as supostas ameaças contra o estudante, porém,
não teve como deixar o local, visto que a notícia logo se espalhou e o
clima ficou tenso. Muitos pais, com medo, foram pegar os filhos na
escola e as aulas tiveram de ser interrompidas. O estudante que estava
com o revólver foi encaminhado para a Delegacia da Infância e Juventude,
onde prestará depoimento até o final da manhã de hoje. Os pais do
estudante não quiseram falar com a imprensa.
Disparos em outra escola
Na semana passada, dois alunos invadiram uma escola estadual, também em
João Pessoa, e deixaram três outros estudantes feridos com disparos de
arma de fogo. Os adolescentes suspeitos do tiroteio foram apreendidos
dias depois. Eles disseram à polícia que invadiram a escola e atiraram
nos colegas por conta de um desentendimento ocorrido dias antes.
Recomendação MP
Para evitar que casos como esses se repitam, o MP-PB (Ministério
Público da Paraíba) recomendou na semana passada a instalação, no prazo
de 30 dias, de detectores de metais e de sistema de monitoramento por
câmeras em uma escola estadual de João Pessoa. O pedido partiu da
direção do colégio, que procurou o MP com o intuito de barrar a
violência escolar.
A promotora da Educação, Fabiana Lobo, disse que o nome da escola será
preservado para evitar pânico na população. No local já foram flagrados
alunos portando arma de fogo e arma branca. Além disso, estudantes
estariam consumindo drogas e bebidas alcoólicas na unidade de ensino. A
situação levou 20 alunos a pedirem transferência.
Desde o ano passado as ações conjuntas da Secretaria Estadual de
Educação em parceria com a Polícia Militar têm se intensificado para
evitar a violência nas escolas, através da patrulha escolar. Dentre as
ações desenvolvidas está o Proerd (Programa Educacional de Resistência
às Drogas e à Violência), desenvolvido pela Polícia Militar em todo o
Estado. O programa já atendeu mais de 65 mil crianças e adolescentes em
mais de mil escolas.
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