Muitas vezes, os professores e educadores «não conhecem bem o seu papel» e a polícia é chamada para resolver o problema
O diretor nacional da PSP, superintendente Paulo Valente Gomes, defendeu a necessidade de estabelecer-se uma «clara fronteira»
entre as competências da escola e a ação da polícia na resolução de problemas em contexto escolar.
A subcomissária Aurora Dantier, da 1.ª Divisão da PSP de Lisboa alertou esta quarta-feira, no seminário «Segurança em ambiente escolar», para alguns «constrangimentos» detetados pelo programa «Escola Segura».
Aurora Dantier afirmou que, muitas vezes, os professores e educadores «não conhecem bem o seu papel dentro da escola» e a polícia é chamada para resolver o problema.
Contudo, lembrou, a «Escola Segura» colabora no sentido de identificar o problema, mas a «intervenção urgente tem de ser feita dentro da escola».
A subcomissária deu como exemplo o caso em que os pais não vão buscar os filhos quando terminam as aulas, frisando que cabe à escola ter medidas para resolver essa situação e não à polícia.
Questionado pela agência Lusa sobre estes «constrangimentos», o diretor nacional da PSP afirmou que se devem a uma «questão de difícil resolução»: «Estabelecer uma clara fronteira entre as competências da comunidade escolar, designadamente das direções das escolas, do corpo docente, dos auxiliares de ação educativa, dos pais e encarregados de educação, e a ação dos elementos da Escola Segura».
Paulo Valente Gomes contou que muitas vezes «é solicitada uma intervenção da polícia quando, em primeira instância, essa intervenção devia caber à direção da escola ou ao docente».
«Há uma zona cinzenta», observou, defendendo a necessidade de «estabelecer-se uma clara fronteira entre estes dois domínios».
«A polícia não pode e não deve intervir em áreas que competem ao docente na sala de aula, ao auxiliar de educação, à direção da escola. É mau que se confundam os papéis destes atores», sustentou, lembrando que o papel da polícia «deve ser complementar e, sobretudo, no exterior da escola».
Para ultrapassar esta situação, Valente Gomes defendeu uma «melhoria da qualidade relacional entre estes dois atores» e na definição do papel que compete a cada um.
«A polícia está sempre disponível para ajudar mas há, de facto, aspetos que não devem competir à polícia porque gera uma confusão de papéis», sublinhou, rematando: «a última coisa que a PSP quer é que a escola se torne demasiado policiada, porque cria nos alunos a sensação de que tudo só pode ser resolvido com polícia e não é essa a sociedade que queremos».
Para Valente Gomes, o programa «Escola Segura», prestes a comemorar 20 anos, tem sido «um contributo muito importante» para diminuir a violência em meio escolar e na luta contra os comportamentos desviantes.
«Muito da eficácia do sucesso deste trabalho de luta contra estes comportamentos desviantes passa pela sensibilização das crianças, dos jovens, dos pais e educadores que têm de estar atentos ao mais pequeno indício para que possamos atalhar esse problema logo na fase precoce», comentou.
A subintendente Anabela Alferes, comandante da 4.ª Divisão da PSP de Lisboa e presidente da Associação Internacional da Polícia, acrescentou à Lusa que «é no interior da escola que os pequenos problemas podem ser detetados porque, muitas vezes, se refletem no comportamento do aluno».
«Se conseguirmos verificar rapidamente esses problemas talvez possamos ajudar aquele aluno de início, evitando comportamentos futuros», disse, acrescentando: «Não é só um problema escola segura, é um problema de toda comunidade que tem de estar alerta».
A PSP realizou em 2011 mais de 4.800 ações de sensibilização junto da comunidade escolar em várias áreas.
A subcomissária Aurora Dantier, da 1.ª Divisão da PSP de Lisboa alertou esta quarta-feira, no seminário «Segurança em ambiente escolar», para alguns «constrangimentos» detetados pelo programa «Escola Segura».
Aurora Dantier afirmou que, muitas vezes, os professores e educadores «não conhecem bem o seu papel dentro da escola» e a polícia é chamada para resolver o problema.
Contudo, lembrou, a «Escola Segura» colabora no sentido de identificar o problema, mas a «intervenção urgente tem de ser feita dentro da escola».
A subcomissária deu como exemplo o caso em que os pais não vão buscar os filhos quando terminam as aulas, frisando que cabe à escola ter medidas para resolver essa situação e não à polícia.
Questionado pela agência Lusa sobre estes «constrangimentos», o diretor nacional da PSP afirmou que se devem a uma «questão de difícil resolução»: «Estabelecer uma clara fronteira entre as competências da comunidade escolar, designadamente das direções das escolas, do corpo docente, dos auxiliares de ação educativa, dos pais e encarregados de educação, e a ação dos elementos da Escola Segura».
Paulo Valente Gomes contou que muitas vezes «é solicitada uma intervenção da polícia quando, em primeira instância, essa intervenção devia caber à direção da escola ou ao docente».
«Há uma zona cinzenta», observou, defendendo a necessidade de «estabelecer-se uma clara fronteira entre estes dois domínios».
«A polícia não pode e não deve intervir em áreas que competem ao docente na sala de aula, ao auxiliar de educação, à direção da escola. É mau que se confundam os papéis destes atores», sustentou, lembrando que o papel da polícia «deve ser complementar e, sobretudo, no exterior da escola».
Para ultrapassar esta situação, Valente Gomes defendeu uma «melhoria da qualidade relacional entre estes dois atores» e na definição do papel que compete a cada um.
«A polícia está sempre disponível para ajudar mas há, de facto, aspetos que não devem competir à polícia porque gera uma confusão de papéis», sublinhou, rematando: «a última coisa que a PSP quer é que a escola se torne demasiado policiada, porque cria nos alunos a sensação de que tudo só pode ser resolvido com polícia e não é essa a sociedade que queremos».
Para Valente Gomes, o programa «Escola Segura», prestes a comemorar 20 anos, tem sido «um contributo muito importante» para diminuir a violência em meio escolar e na luta contra os comportamentos desviantes.
«Muito da eficácia do sucesso deste trabalho de luta contra estes comportamentos desviantes passa pela sensibilização das crianças, dos jovens, dos pais e educadores que têm de estar atentos ao mais pequeno indício para que possamos atalhar esse problema logo na fase precoce», comentou.
A subintendente Anabela Alferes, comandante da 4.ª Divisão da PSP de Lisboa e presidente da Associação Internacional da Polícia, acrescentou à Lusa que «é no interior da escola que os pequenos problemas podem ser detetados porque, muitas vezes, se refletem no comportamento do aluno».
«Se conseguirmos verificar rapidamente esses problemas talvez possamos ajudar aquele aluno de início, evitando comportamentos futuros», disse, acrescentando: «Não é só um problema escola segura, é um problema de toda comunidade que tem de estar alerta».
A PSP realizou em 2011 mais de 4.800 ações de sensibilização junto da comunidade escolar em várias áreas.
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