Sexta-feira, 23 de Novembro de 2012
Não é novidade que ambientes seguros, educação social e convivência afetiva são fatores determinantes para a formação de personalidade de crianças e adolescentes. Mas o que essas condições influenciam na cultura de paz e no combate a violência dentro das escolas? Para responder essas perguntas, estudiosos e envolvidos da área palestraram nesta segunda-feira (20) no I Seminário Estadual sobre Segurança Escolar da Secretaria de Educação de Pernambuco. O evento aconteceu no Arcádia Recepções do Paço Alfândega, em Recife.
O médico clínico e psicoterapeuta, vice-presidente e diretor científico do Instituto Zero a Seis – Primeira Infância e Cultura de Paz, João Figueiró, abriu as apresentações com um estudo sobre “A Contribuição da Neurociência na Consolidação de um Ambiente Educativo Seguro”. Na ocasião, ele explicou a correlação entre a educação e os ambientes nos quais a criança está exposto, seguros ou não, os possíveis transtornos ligados à violência e a função da genética e da ciência neste contexto. “A situação de vivência de uma criança, principalmente na primeira infância, tem fator decisivo no decorrer da sua trajetória ao longo da vida. Essa ideia vale tanto para coisas boas, como para futuros ruins”, destaca.
Após Figueiró, foi a vez da mestra em Educação Especial, doutoranda em psicologia e pesquisadora no Laboratório de Análise e Prevenção da Violência vinculado a Universidade Federal de São Carlos, Gabriela Ormeno discorrer sobre “A Escola como Agente de Prevanção e Proteção”. Gabriela citou pesquisas relacionadas a atuação da unidades educacional frente casos de maus-tratos, negligência e prevenção e enfretamento do abusos infantil, inclusive o sexual. “Nós temos que nos perceber (professores) como agentes de proteção e agir coma atenção e cuidado nessas situações. Nossas orientações vão guiar a família e principalmente, os alunos”, diz.
No turno da tarde, foi realizada uma mesa redonda composta pela coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Joenilda Feitosa, pelo presidente da Associação Metropolitana dos Conselheiros e Ex-Conselheiros Tutelares, Gerailson Ribeiro, pela gerente de Políticas de Educação em Direitos Humanos, Diversidade e Cidadania da Secretaria de Educação, Marta Lima e pela assistente social do projeto “É de Direito”, do Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social, Cristinalva Lemos. As discussões foram mediadas por Ricardo Rocha Silveira, economista sênior do Programa de Educação para América Latina e Caribe. A discussão abordou a escola como espaço de garantia de direitos e perpassou também na atuação do Conselho Tutelar.
Fonte: Pernambuco Governo do Estado
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