O objetivo geral desta pesquisa foi
averiguar qual a opinião dos alunos sobre a violência escolar. Num
universo de 79 alunos do primeiro ano do ensino médio, a amostra
contemplou a opinião de 55 estudantes. No que tange ao turno de estudo,
aplicou-se o questionário com alunos que estudam no período manhã nas
turmas A, B e C. Quanto ao gênero, a maioria foi formada por mulheres (n
= 34 ou 61,8%) e a minoria por homens (n = 21 ou 38,2%). As idades
variaram de 14 a 22 anos, sendo a média de idade igual a 16,4 anos. E
quanto à opção sexual, verificou-se que todos os entrevistados se
declararam heterossexuais.\r\nAnalisamos no primeiro momento atitudes
que os alunos consideram como formas de violência. Segundo os dados, a
maior parte dos alunos (n = 25 ou 45,5%) considera o xingamento de uma
pessoa numa discussão como uma forma de violência; apelidar um colega
sem que ele goste também é apontado pela maior parte dos alunos (n = 27
ou 49,1%) como uma forma de violência; falar palavrões em locais
públicos é uma forma de violência para a maior parte dos alunos (n = 35
ou 63,3%); para 98,2% dos alunos (n = 54) perseguir uma pessoa porque
ela não é heterossexual também representa uma forma de violência; Quando
perguntados se tomar sem pedir o lanche ou o material escolar é uma
forma de violência, a maior parte dos alunos (n=28 ou 50,9%)
interpretou como uma forma de violência. No entanto não foi considerado
violência para a maior parte dos alunos fofocar de alguém (n= 26 ou
47,3%) e “dar um gelo” em um colega (n= 32 ou 58,2%).\r\nCom o objetivo
de verificar que outras formas de violência acontecem fora do ambiente
escolar que podem influenciar negativamente no ambiente escolar, os
alunos da EEFM Sales Campos responderam, em sua maior parte, que
concordam que os problemas que acontecem em casa podem refletir no
ambiente da escola (n=30 ou 54,5%); também concordam que os programas de
TV como desenhos animados de lutas, filmes com cenas violência podem
refletir negativamente no âmbito escolar (n=26 ou 47,3%) e que a
rivalidade entre torcedores de futebol pode refletir no ambiente da
escola (n=29 ou 52,7%).\r\nCom intuito de conhecermos a opinião dos
alunos acerca dos comportamentos atribuídos à comunidade acadêmica que
podem contribuir para o desencadeamento da violência nas escolas,
fizemos algumas indagações sobre o tema. Quando perguntados se quando o
professor não dá ouvido às reclamações dos alunos, isso favorece a
violência na sala de aula, a maior parte dos alunos concorda que sim
(n=25 ou 45,5%). Assim como para a maior parte também concorda que o
desrespeito do aluno para com o professor contribui com a violência na
escola (n=34 ou 61,8%). \r\nPara a maior parte (n= 39 ou 70,9%) o
desrespeito a um funcionário da escola contribui com a violência na
escola; assim como para a maior parte dos entrevistados (n= 33 ou 60%) o
tratamento grosseiro dado pelos funcionários da escola aos alunos,
contribui com a violência escolar.\r\nNo quarto tema abordado pelo
questionário, procuramos saber que ações colaboram por uma cultura de
paz nas escolas. Para a maior parte dos alunos (n= 36 ou 65,5%)
conversar em sala de aula a respeito da homofobia contribui para uma
cultura de paz. Outro ponto favorável à cultura de paz nas escolas para a
maior parte dos alunos (n= 30 ou 54,5%) é o cumprimento aos
funcionários e os colegas da escola. Para a maior parte dos alunos (n=
32 ou 58,2%) participar de confraternizações na escola, como, por
exemplo, aniversários de colegas e datas comemorativas também representa
um fator positivo para uma maior harmonia no ambiente escolar. E para
todos os alunos (n= 55 ou 100%) chamar o colega pelo nome que ele
gostaria de ser chamado contribui para uma cultura de paz. |
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