quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Diretora e professora são intimadas a depor sobre bullying em escola no RJ

Família denunciou agressões a menino de 7 anos em escola municipal.
Secretaria Municipal de Educação abriu sindicância para apurar o caso. 

Uma professora e a diretora da escola municipal Tarsila do Amaral, em Irajá, no subúrbio do Rio, serão intimadas pela polícia a depor sobre uma denúncia de maus tratos dentro do colégio. A mãe de um aluno de 7 anos acusa o corpo docente da escola de não ter dado importância ao caso, que já havia sido sinalizado pela família outras vezes. Como mostrou o RJTV, no uniforme da escola estão as marcas das agressões e as blusas chegaram a ser rasgadas e sujas. O menino contou que foi socado, pisoteado e arrastado por outras crianças no colégio.

“Os garotos quando estão na educação física eles me machucam, dão soco na barriga, me chutam, me arrastam pelo chão. Por isso que eu vou estudar em outra escola”, relatou a criança.

A mãe do menino, que guardou as roupas com marcas de pisões da última agressão, reclama da atitude da professora. "A minha ordem pra ele é quando os garotos fizerem alguma coisa, não faça nada. Faça queixa para professora. Ele fala: tia', aí ela: 'senta e cala boca'.
 

Registro na polícia
Depois de vários bilhetes na caderneta informando o problema, ela pediu a troca de turno e uma reunião com a escola. Um documento mostra que a escola considera o bullying como uma "brincadeira mais agressiva". A partir daí, um funcionário do colégio passou a acompanhar o menino, mas as agressões não pararam e a mãe foi à polícia.


No último dia nove, ela registrou os maus tratos na delegacia e também foi ao Conselho Tutelar. Segundo a mãe do menino, a direção da escola diz que não pode fazer nada e que agressões são comuns dentro do colégio. A mãe diz ainda que a direção não tem estrutura e profissionais para lidar com essa situação de bullying.

Secretaria de Educação abre sindicância para apurar o caso
Na tarde desta quarta-feira (21), a Secretaria Municipal de Educação decidiu abrir uma sindicância em relação à denúncia da família. Por meio de uma nota, a Secretaria informou que recebeu as novas informações da direção da escola Tarcila do Amaral e que por isso decidiu investigar melhor o caso.

 
Anteriomente, a Secretaria havia informado que a escola não tinha registro de nenhuma agressão contra o garoto.  Eles informaram ainda que uma equipe com pedagogos, psicólogos e assistentes sociais vai à escola conversar com professores e alunos.

Fonte: G1 Rio de Janeiro

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