Fabiana Mascarenhas
"Me apego muito rapidamente às pessoas e vivo com medo de perdê-las. Estou sempre responsabilizando alguém por minha tristeza ou felicidade, mas só consigo perceber isso hoje, depois de seis anos de terapia", conta a vendedora, que optou pelo anonimato.
A psiquiatra e psicanalista Miriam Gorender explica que, normalmente, pessoas com carência excessiva têm dependência emocional, baixa autoestima, são inseguras e desenvolveram o problema em alguma experiência onde suas necessidades emocionais não foram atendidas. A situação pode ter ocorrido ainda mesmo na infância.
Tratamento
"Em algumas situações, os casos se tornam muito sérios e interferem demais na vida do indivíduo. Alguns são resolvidos com psicoterapia, mas em outros é necessário ajuda medicamentosa", informa Gorender, que é também professora adjunta do Departamento de Neurociência e Saúde Mental da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
A médica alerta, no entanto, para a necessidade de compreensão do sofrimento como algo normal. "A infelicidade também faz parte da vida. É preciso que as pessoas entendam isso como uma coisa natural. É importante viver os lutos, encarar a dor, conviver com a solidão sem achar que para cada sintoma é necessário um remédio curador", alerta.
Fonte: A Tarde - UOL
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