domingo, 8 de abril de 2012

Retrato violento ganha batalha

Por: Sofia Canelas de Castro

'Bully' ainda agora estreou nos Estados Unidos (no passado dia 30 de Março), mas a polémica em torno do documentário que faz o retrato da violência verbal, psicológica e física que vitimiza milhões de crianças e adolescentes nas escolas não pára. O filme recebera a classificação ‘R’ para entrar no circuito americano – ou seja, menores de 17 anos só podiam vê-lo com um adulto – mas o regulador cedeu. 

Os estúdios The Weinstein Company, que produzem a obra (ainda sem data de estreia para Portugal), insurgiram-se contra a decisão da Motion Picture Association of America (MPAA) - correspondente à portuguesa Comissão de Classificação de Espectáculos - e decidiram distribuir o filme sem classificação etária oficial.

A aposta poderia não ter sido ganha - já que muitos cinemas mantiveram a classificação oficial - se, entretanto, várias estrelas não tivessem ajudado a causa de ‘Bully', realizado por Lee Hirsch. Nomes como Meryl Streep, que já admitiu ter sido vítima de bullying na adolescência, e Justin Bieber pediram para que a obra fosse acessível a menores de 17 anos que, afinal, são as maiores vítimas de bullying.

Em eco, uma acção acabou por valer mais do que mil palavras: 500 mil pessoas assinaram uma petição que apelava à mudança. O abaixo-assinado foi iniciado pela adolescente Katy Butler, estudante de um liceu do Michigan e vítima de bullying. A MPAA cedeu e o filme é agora para maiores de 13 anos.


Fonte: Correio da Manhã de Portugal




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