Por Kátia Catulo
O Observatório de Segurança em Meio Escolar revelou que das 1121 agressões no interior das escolas, 874 foram contra alunos
O Observatório de Segurança em Meio Escolar revelou que das 1121 agressões no interior das escolas, 874 foram contra alunos
São 140 os professores que no ano lectivo de 2010-2011 foram agredidos. Os números contudo mostram que a violência dos alunos contra a classe docente desceu face ao ano anterior (169). Segundo os dados do Observatório de Segurança em Meio Escolar, ontem divulgados, as agressões registadas dentro das escolas básicas e secundárias atingiram 1121 ocorrências. Os alunos continuam a ser os principais alvos com 874 vítimas das agressões dos colegas (77,9%), mais 30 do que no ano anterior. A violência contra os funcionários das escolas subiu, embora ligeiramente, passando de 102 para 107.
Do total das 3326 ocorrências que se verificaram no meio envolvente às escolas – acima das 3138 do ano lectivo anterior – 46,1% foram “actos contra a liberdade e integridade física”, uma descida de seis décimas em relação a 2009/2010, enquanto a segunda categoria mais presente nos registos da polícia foi a de actos contra equipamentos escolares, de 20,5% para 18,9%.
Os ataques contra bens e equipamentos pessoais acabaram também por sofrer uma diminuição de 13,3% para 10,6%. Entre as 1400 ocorrências, o telemóvel representou a maioria dos equipamentos danificados. Atentados contra a “honra e o bom nome das pessoas” representaram 13,9% do total (3326 ocorrências participadas pelas escolas), uma subida de 2,5 pontos em relação ao ano anterior (3138 participações).
Armas
Os incidentes entre alunos que envolveram armas representam apenas 2,7% das ocorrências em meio escolar, mas estão entre as agressões que mais aumentaram, já que em 2009-2010 não ultrapassaram os 2%. Em apenas uma em cada 10 escolas do país verificaram ocorrências, com a região de Lisboa e Vale do Tejo a concentrar a maioria dos casos, registando quase dois terços do total com 1961 incidentes (acima dos 1789 registados em 2009/2010). Segue-se a região do Norte com 856, número também superior aos 775 do ano lectivo anterior.
O Algarve manteve-se nas 202 ocorrências e o Centro desceu de 211 para 181, uma redução ainda assim inferior à do Alentejo que baixou de 161 incidentes para 126, segundo os dados desdobrados por Direcções Regionais de Educação.
Das 3326 situações incluídas nos dados do observatório para 2010-2011, 870 originaram participações junto da Polícia de Segurança Pública (menos 12 do que em 2009/2010) e 508 na Guarda Nacional Republicana (GNR), tendo aumentado de 270 para 274 os números de queixas à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e permanecido estáveis os incidentes transmitidos ao Tribunal de Menores nos 108. Só 11% dos mais de mil agrupamentos participaram ocorrências. No ano anterior tinham sido 8,5%.
A partir deste ano lectivo, as estatísticas passam a ser tratadas e analisadas pelo Gabinete de Segurança Escolar. A mudança de entidade deve-se ao facto de o governo ter cessado o contrato com a Escola Superior de Educação de Santarém, esclareceu o Ministério da Educação e Ciência.
Com Lusa
Fonte: ionline de Portugal
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