domingo, 1 de março de 2015

Vítima de Josh Neer dá sua versão e acusa ex-UFC de bullying na academia

Patrick Martin diz que lutador zombava de sua forma e que trecho que aparece em vídeo aconteceu após soar do gongo, mas declina apresentar denúncia


Por Rio de Janeiro

Frame Josh Neer (Foto: Reprodução )Patrick Martin (por baixo) no polêmico vídeo em que sofre golpes de Josh Neer (Foto: Reprodução)
Um vídeo publicado pelo lutador ex-UFC e ex-Bellator Josh Neer causou muita polêmica nesta semana. Nele, o atleta aparece cotovelando um adversário caído numa academia e ainda acertando um chute no rosto ao ser separado por companheiros de equipe. Neer afirmou que sua vítima era um internauta que estaria o assediando e criticando a ele e a lutadores de MMA nas redes sociais, e que a luta seria um "corretivo". Após ter seu nome muito mencionado e zombado em decorrência da repercussão do episódio, o suposto "valentão", Patrick Martin, buscou a imprensa americana para esclarecer o ocorrido, e garantiu: quem fez bullying foi, na verdade, Neer.
Martin contou sua versão do incidente ao site americano "Bleacher Report". Ele afirmou que chegou à academia Roundkick por indicação de um amigo, e que só havia ouvido falar de Neer através de amigos. Oriundo do boxe, Martin foi à academia para retomar os treinos e teria começado a ter problemas com o lutador em sua segunda visita ao local. Neer teria zombado de sua forma.
- Estavam fazendo treinos de wrestling. O exercício era agarrar a perna, e o instrutor estava mostrando técnicas em como derrubar. Depois do exercício, você usava a técnica no treino. Eu, um boxeador tradicional, estava cansado e sem gás por causa do exercício. Aí ele (Neer) e Victor (Moreno, outro lutador da academia) foram para o outro lado da sala, e eles ficaram falando, sendo desrespeitosos por eu estar lá e ser um cara novo na academia - explicou.
Patrick Martin ainda teria ignorado as zombarias e tentado fazer amizade com Neer, mas o "bullying" continuou e o levou ao ponto de ebulição.
- - Após uma luta, eu o vi num bar, comprei umas cervejas para ele, mas aí ele se virou e, com um amigo, ficou rindo de mim, caçoando de mim por causa da situação na academia e tudo isso. Basicamente se arrastou a partir daí, e eu cansei disso e disse, "Ei, se você tem algo a dizer para mim, diga para mim." Nós trocamos comentários no Facebook - disse.
Segundo Martin, a discussão nas redes sociais levou à marcação de um "sparring de full contact" na academia. Ele levou um par de luvas de boxe, de 16 onças, enquanto Neer usou as luvas de MMA, de quatro onças. Nenhum dos dois usou material de proteção, mas Martin afirmou que não havia concordado com cotoveladas ou chutes a um oponente caído. Ele também disse que o trecho de 16s que seu desafeto publicou na internet mostra apenas uma parte que aconteceu após a luta em si, quando teria sido pego de surpresa.
- Ele não me derrubou até depois do soar do gongo. Eu estava caminhando e não estava na guarda defensiva. Ele tentou fazer isso duas vezes, e eu quebrei sua guarda. Sou mais alto, mais pesado e mais forte que ele. Nunca aconteceu. O vídeo mostraria isso. Eu estava certamente aguentando a pressão com ele. Eu podia ter usado luvas do UFC também, mas isso poderia causar machucados e estávamos apenas fazendo sparring - argumentou Martin, que quer uma revanche com Neer.
Apesar de tudo o que relatou, Martin disse que não se machucou seriamente, exceto por um ferimento na boca pelo chute que levou na cabeça, e declinou denunciar a academia à Comissão Atlética de Iowa, que investigou o caso após a divulgação do vídeo.
- Não quero que eles entrem em apuros, porque "garotos são garotos". Não me ofendo com isso. Não quero que a academia tenha problemas porque há muitos jovens que vão à academia (para treinar), e eles ficariam arrasados. Ele não devia ter publicado o vídeo. Não sei o que ele quer com isso, falando de abuso e de "bullying". Isso é tudo mentira e nem é do meu caráter. Não quero nenhuma sanção ou batalha legal pelo que aconteceu. Eu o desafiei, era membro da academia e assinei uma cláusula de responsabilidade ao entrar lá - explicou Patrick Martin.

Nenhum comentário:

Postar um comentário