Diário do SuldesteFolhaPress
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As investigações policiais e um laudo do IML apontam que Peterson Ricardo Teixeira de Oliveira, 14, que morreu em 9 de março, quatro dias após dar entrada com parada cardiorrespiratória no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos, na Grande SP, morreu de causas naturais.
Havia sido levantada a possibilidade do adolescente ter sido espancado por ser filho adotivo de pais homossexuais, além de supostamente ser alvo de bullying por esse mesmo motivo.
Segundo laudo do IML, entretanto, Peterson não apresentava lesões externas nem internas, o que descarta a tese de espancamento.
Foi ainda constatado que o adolescente tinha cardiomiopatia hipertrófica - doença no miocárdio que deixa o coração muito grande para o corpo.
A enfermidade fez com que Peterson tivesse uma arritmia cardíaca, seguida de um tromboembolismo pulmonar (obstrução da artéria pulmonar) que acarretou numa parada cardiorrespiratória.
Quem tem essa doença está sujeito a sofrer mal súbito sem motivo aparente. O jogador Serginho, que morreu em 2004 durante partida de futebol, por exemplo, tinha cardiomiopatia hipertrófica.
BRIGA
Cerca de 3h30 antes de passar mal, Peterson se envolveu numa briga com um colega na escola.
O delegado responsável pelas investigações, Eduardo Boigues Queroz, descarta relação entre o fato e a morte.
"[Não há] absolutamente nada. A polícia não encontrou elementos que relacionem a briga e o mal súbito, que ocorreu 3h30 depois. Devido às ausências de lesão tanto externa como internamente, conclui-se que a briga foi leve e rapidamente separada", disse.
No meio tempo entre o desentendimento e o mal súbito, o adolescente teve um dia normal. Imagens das câmeras de segurança da escola mostram o garoto lanchando e conversando com colegas, também segundo o delegado.
BULLYING
À época da morte, levantou-se também a possibilidade de Peterson ser alvo constante bullying por ter pais homossexuais.
Segundo a polícia, isso também foi descartado durante as investigações. Depoimentos de colegas e dos próprios pais do garoto confirmam que ele nunca havia se queixado de bullying.
Com as conclusões, as investigações estão encerradas.
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