quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

GaCS: Bullying não tem incidência significativa na região

A Secretária Regional da Educação e Formação voltou a afirmar que o o “bullying não é um fenómeno com incidência significativa na região”.

Cláudia Cardoso, que falava no parlamento açoriano acerca de um projecto de resolução do PSD que recomendava a elaboração de um estudo sobre o bullying nos Açores, salientou ainda que este “é um fenómeno que, a ser intervencionado, deve sê-lo de forma múltipla e preventiva”, uma vez que “evidentemente não é a feitura de um estudo que resolve ou que detecta tão pouco esta questão”.  

A Secretária Regional lembrou ainda que existem nas unidades orgânicas da região “equipas multidisciplinares que tratam estas questões, que identificam essas questões e que, eles sim, pela proximidade, têm a possibilidade real e efectiva de as intervencionar”.  

Cláudia Cardoso lembrou ainda que o bullying “não é um fenómeno novo, é muito antigo, até” e que, embora tenha adoptado “um nome de origem inglesa”  trata-se de um fenómeno que “todos nós conhecemos, enquanto alunos e que, evidentemente, terá tido alguma transformação, mas não uma transformação significativa para que tenha contornos diferentes do que tinha na altura”.  

Salientando que “a escola não está imune àquilo que atravessa a sociedade” a Secretária Regional referiu ainda que “todos nós temos de zelar pela segurança das nossas escolas, mas também sabemos que a escola é palco, não de bullying em si, mas de episódios de violência e de indisciplina que, desejavelmente, nunca aconteceriam”.   Para a titular da pasta da Educação, a forma de atacar o problema da violência em contexto escolar passa “por uma série de instrumentos, alguns já a ser adoptados”, como é o caso do novo Estatuto do Aluno e “outros brevemente a serem adoptados”.  

Cláudia Cardoso salientou ainda que a realização de um estudo isolado sobre o bullying é absolutamente desnecessária, tanto mais que a Inspecção Regional da Educação tem em curso uma intervenção, já realizada em 12 unidades orgânicas e a decorrer noutras tantas, que dará lugar a um relatório final, embora actualmente e através dos relatórios parciais já elaborados, se pode concluir que “os casos identificados como bullying coincidem com aquilo que são os pareceres das escolas: são muitos residuais.

Há casos de violência identificados, é elencado por ordem o tipo de violência exercida e normalmente aparece em primeiro lugar, o desacato entre alunos, depois aparece a violência contra o professor, contra o exercício da autoridade do professor, contra funcionários e o bullying nem aparece no computo geral das conclusões dado que é um número tão ínfimo de casos detectados” disse.  

A Secretária Regional deixou ainda claro que “preocupa-nos o bullying mas mais do que isso, a violência em meio escolar que nos parece, essa sim, necessitar desta intervenção e deste acompanhamento que neste momento está a ser feito por parte da IRE”. 

Fonte: Correio do Norte

Nenhum comentário:

Postar um comentário