Mason diz que começou a comer compulsivamente na adolescência, quando sofria assédio no colégio
 Quando era chamado de o “o homem mais gordo do mundo”, mesmo as  tarefas mais simples eram um desafio imenso na vida do britânico Paul  Mason.
 Mais de 200 kg mais magro após uma operação para redução de estômago,  os desafios ainda não terminaram. Mason agora luta para conseguir no  sistema público de saúde da Grã-Bretanha uma cirurgia plástica que  retire o excesso de pele que deforma seu corpo e o mantém afastado da  sociedade.
 O vício pela comida quase levou Mason à morte. O carteiro britânico  chegou a atingir quase 450 kg e passou uma década confinado em sua cama,  contando com a ajuda de amigos para se locomover.
 Nos auge de seu peso, Mason ingeria até 20 mil calorias por dia  (quase dez vezes a média recomendada) e gastava em torno R$ 210  diariamente com comida e chocolate, entregues em sua casa, em Ipswich,  no sudeste da Grã-Bretanha.
 Quando tinha 50 anos, Mason conta que mal podia dormir, já que ficava 24 horas pensando no que poderia comer.
 “Você perde o senso do tempo”, diz. “Por anos eu não conseguia dormir  corretamente, porque estava sempre comendo. Eu só pensava em como  conseguir comida rapidamente”, conta.
 “Eu me assegurava de que tinha chocolate, batata frita e embutidos próximo à minha cama. Chegue em um estágio de vício”, diz.
 ‘Batalha constante’ 
Há dois anos, Mason se submeteu a uma cirurgia no sistema público de saúde para controlar o seu peso.
 Antes da operação em si, o carteiro conta que teve de enfrentar “os demônios” que por anos o deixaram viciado em comida.
 Ele diz que sofreu bullying no colégio – não por seu peso, mas por  sua altura, já que nos primeiros anos da adolescência já media 1.93 m.
 Mason chegou a ter 450 quilos e o título de homem mais gordo mundo, até fazer uma cirurgia
 Depois foi o fim de um relacionamento de quatro anos, na década 1980,  que o fez comer compulsivamente. A comilança só piorou com a morte do  pai e da mãe, anos depois.
 Mason conta que a comida sempre teve um papel central na vida familiar.
 “Meu pai insistia, quando eu pequeno, que teria de limpar meu prato”,  diz. “Fazíamos grandes refeições e havia uma batalha constante para  saber quem limparia o prato primeiro”, conta.
 Começou então uma escalada no peso de Mason, que aos 30 anos já  pesava 158 kg. Na última década, ele saiu fora de controle e seu peso  atingiu 450 kg.
 Excesso de pele 
Desde a cirurgia, em 2010, Mason já perdeu cerca de 250 kg. Desde  então ele transformou sua dieta e se tornou mais ativo fisicamente.
 Embora mais magro, Mason ainda se incomoda com o excesso de pele, que deforma seu corpo.
 Hoje com 190 kg, ele precisa emagrecer mais para conseguir a cirurgia  plástica e chegar a um peso estável, segundo o serviço médico local.
 Com a meta dada pelos médicos de chegar a 107 kg, Mason insiste na necessidade de fazer a cirurgia.
 “Minha vida está em suspenso porque isso (o excesso de pele) não me deixa voltar à sociedade”, diz.
Fonte: Correio do Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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