IBGE fez pesquisa e revela que 20% dos estudantes praticam bullying.
Escola de Rio Preto conseguiu diminuir o número de casos.
Do G1 Rio Preto e Araçatuba
Desde fevereiro já está valendo a lei que obriga escolas e clubes a tomarem medidas para combater o bullying. Mas em São José do Rio Preto (SP), mesmo antes dessa lei, escolas já tinham programas para tratar do assunto e hoje colhe, inclusive, os resultados.
As camisetas de cores pink e preta identificam os alunos do projeto "Deixa Disso". Eles ajudam a manter clima leve entre os estudantes e, com isso, o bullying não tem mais vez. Os estudantes que são do projeto têm a missão de ficar de olho. “A gente fala que não pode, conversa numa boa e eles entendem numa boa”, afirma Bianca de Oliveira.
O IBGE fez uma pesquisa que revelou que 20% dos estudantes já praticaram o bullying. As agressões, segundo essa pesquisa, parte mais dos meninos do que das meninas. No projeto em Rio Preto, eles aprendem a melhorar, primeiro, o próprio comportamento, depois o dos colegas. A estudante Kiara Silva Gomes mudou até o jeito de se vestir. “Vinha de short curto, sem uniforme, vinha do jeito que queria, agora mudei tudo para não ter mais esse tipo de problema’, afirma Kiara.
A pesquisa do IBGE revela ainda que 51% dos estudantes que praticam o bullying não souberam explicar o motivo. Os que conseguiram explicar os motivos disseram que implicam com os colegas por causa da aparência do corpo, do rosto, da cor da pele, da orientação sexual ou região de origem. “Uma criança que sofre o bullying por muito tempo ela desenvolve medo extremo, vergonha de si mesmo e alguns traumas podem acontecer, como depressão, ansiedade, transtornos”, afirma a psicóloga Márcia Orsi.
Quem já foi alvo de bullying usa o próprio exemplo para ensinar os outros colegas. “Falo para deixar disso, que isso não leva a lugar nenhum, que o bullying magoa as pessoas e você pode ser magoado também”, afirma o aluno Gabriel Osvaldo.
O diretor da escola conta que na escola a hora da saída era tensa e quase sempre tinha briga entre alunos na porta da escola. Isso por causa das provocações entre os alunos, mas hoje a situação mudou totalmente. “Quando é um caso que necessita da minha mediação, convoco as famílias para conversar e falo sempre para um se colocar no lugar do outro”, afirma Diego Faria Lima, diretor de escola.
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