Perseguição entre crianças e adolescentes também tem ganhado espaço e gravidade via internet
Antes tabu nas escolas, o termo bullying, de origem inglesa, tem ganhado cada vez mais espaço no cotidiano escolar. Os atos de intimidação sistemática, geralmente gratuitos, costumam ser praticados de forma repetida, continua e intencional, contra qualquer pessoa, em qualquer lugar, inclusive nas redes sociais.
Para o gestor educacional do Sistema de Ensino Poliedro, Altamar de Carvalho, o caminho para a prevenção deste tipo de agressão se dá pelo investimento em um ambiente escolar favorável à comunicação, respeito às opiniões e diferenças entre os alunos.
“O convívio escolar envolve os primeiros e importantes vínculos entre crianças e jovens de diferentes grupos e é a partir disso que eles passam a enfrentar os desafios e as dificuldades que envolvem a convivência coletiva”, explica.
A escola que estiver preparada, com ações tanto preventivas quanto interventivas, certamente terá um combate eficiente. Pensando nisso, o Sistema de Ensino Poliedro sugere algumas soluções aplicáveis para a diminuição de problemas decorrentes a esta prática, dentro e fora do ambiente escolar.
“A escola deve adequar o ambiente valorizando a diversidade. Promover campanhas preventivas como debates e praticar ações com mobilização de toda a comunidade escolar, professores, coordenadores, pais e alunos podem ajudar muito a reduzir a incidência das agressões”, conta.
Segundo ele, ouvir e saber de que forma ocorreram os atos repetitivos de maus tratos são alguns caminhos para estimular o diálogo e ajudar na identificação da vítima e do agressor. “Os pais e a escola devem permitir um ambiente saudável para que o estudante consiga se expressar. Além disso, os professores e os responsáveis nunca devem incentivar a vítima a pagar na mesma moeda”, afirma.
Ele também ressalta o papel da escola em construir uma comunidade na qual todas as relações sejam respeitosas. “Quanto mais cedo as noções de ética e de respeito forem discutidas e trabalhadas na escola, e também em casa, melhores serão as soluções dos problemas de intimidação entre jovens e crianças”.
Cyberbullying: o inimigo online
O deboche entre crianças e adolescentes também tem ganhado espaço e principalmente gravidade via internet. “A versão online do bullying, certamente envolve mais vítimas que o bullying tradicional, pois com a internet e o celular, as mensagens, imagens e comentários pejorativos se alastram rapidamente e os efeitos podem ser tão graves ou piores”, enfatiza Carvalho.
Segundo ele, a prática online deve receber o mesmo cuidado preventivo do bullying tradicional e a dimensão dos seus efeitos deve sempre ser abordada para evitar a agressão. "É importante conversar com as famílias dos estudantes, em geral, abordar o assunto nas reuniões de pais e até mesmo criar uma equipe de denúncia e prevenção de ataques envolvendo os responsáveis, alunos e professores", conclui.
Dicas de filmes sobre o tema
São vários os filmes que mostram a prática do bullying. No filme 'Tiros em Columbine', do diretor e escritor Michael Moore, foi relatado um fato verídico com a história dos jovens Eric Harris e Dylan Klebold. Outros que também exibem a prática são: 'A Cela', 'Sociedade dos Poetas Mortos', 'Meninas Malvadas' e 'Nunca fui beijada'.
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