sexta-feira, 8 de abril de 2016

Escola deve atuar contra bullying desde educação infantil, diz professor




SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As escolas devem começar a desenvolver, desde a educação infantil, trabalhos que inibam o bullying e a discriminação, diz o psicopedagogo Umile Calasso Sobrinho, diretor do Colégio Internacional Ítalo Brasileiro, em Moema (zona sul de São Paulo). "Trabalhamos com jogos, dramatizações, brincadeiras", diz, citando contos como Patinho Feio [de Hans Christian Andersen] e o livro "Meninos Gosta de Azul, Meninas Gostam de Rosa. ou Não? [Nívea Salgado]", nos quais, diz, há "material importante para trabalhar discriminação". Nesta quinta-feira (7) é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Bullying. A data faz alusão à morte de 12 crianças em uma escola no Rio, caso que ficou conhecido como o massacre de Realengo. Segundo Calasso Sobrinho, uma dificuldade nas escolas é detectar o bullying, porque a vítima normalmente fica constrangida diante dos abusos. "O aluno normalmente se cala, fica intimidado." O autor, por sua vez, tem outra característica: "Quem faz o bullying, o autor, precisa de plateia para agir". PROVIDÊNCIAS Uma vez que a escola toma conhecimento, diz, deve tomar providências, diz, que variam de acordo com o grau - desde uma conversa com vítima e algoz, separadamente, à convocação dos pais, ou ainda, em casos graves, à suspensão ou até expulsão do colégio. Para ele, esse tipo de abuso constitui uma espécie de "contravenção" no ambiente escolar. "É preciso tomar muito cuidado, porque, muitas vezes, em uma sala de aula, quando acontece um bullying, o aluno vitimizado não quer que isso apareça. O que fazemos: concentramos um trabalho forte nessa sala a respeito da discriminação, da soberba de uns em relação aos outros - o autor também que ser trabalhado, porque alguma dificuldade tem", diz o diretor.

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