Aline Magalhães Ceron
Alguns acham que é o final dos tempos, outros têm certeza de que o mundo está acabando, outros lembram que Nostradamus já tinha previsto que um negro governaria o mundo em seu final e que tudo está acontecendo conforme as profecias e suposições. Outros são mais diretos em dizer que tudo é culpa do ser humano e da sua falta de crença em Deus.
Eu sou desta última teoria, pois, na falta de amor e de acreditar em alguma coisa mais poderosa que nós, agimos muitas vezes de forma radical e racional demais, sem darmos chance ao sentimento, ao feeling, sem darmos chance muitas vezes à crença e à fé no que não vemos, mas que existe e que, se pararmos um pouco, o sentiremos com uma força inacreditável.
Infelizmente, o que se vê é somente o momentâneo, o imediato, que às vezes acontece de forma drástica, cruel e às vezes sangrenta demais. Como no caso do terror vivido num país até então rodeado de gente do bem, gente que aparentemente vivia feliz e em paz, até surgir um lunático que matou várias pessoas, entre elas muitos jovens demais para saber por que teriam que morrer daquele jeito e sem saber o que tinham feito para ter que pagar com suas próprias vidas pela insanidade de uma só pessoa. E eis que juntamente com esse massacre se explode um prédio e mais vidas são ceifadas sem nenhum aviso prévio. E aí todos nós, mesmo de longe, nos sensibilizamos e paramos para pensar no que levaria uma pessoa a fazer uma maldade como essa, e por que jovens seriam suas vítimas também. E, nesse momento, nos lembramos do massacre de Realengo no Rio de Janeiro recentemente, onde muitas vidas de jovens também foram levadas por somente um jovem descabeçado.
Será somente falta de amor, falta de respeito e educação? Ou seria falta de perspectivas de vida para essas pessoas que matam no lugar de gerar, que odeiam ao invés de amar, que preferem o sangue e a dor no lugar dos sorrisos de alegria?
As pessoas com a loucura do dia a dia estão se esquecendo de noções básicas de amor e respeito. Uns culpam o bullying, outros as drogas, outros a falta de tempo para cuidar e ensinar. E aí paramos para pensar: vale a pena tanta loucura atrás de coisas materiais, se o mais importante, que é o psíquico, que é o sentimento, está ficando em segundo plano? Será que já não seria a hora de pararmos um pouco para olhar para dentro de cada um de nós e ver o que está faltando, para ver onde estamos errando e, aí sim, continuar vivendo sempre tendo a certeza de estarmos fazendo a coisa certa?
Boa semana!
(A autora é diretora administrativa do Jornal Cidade. E-mail: aline@jcrioclaro.com.br - www.jornalcidade.net)
Fonte: Jornal da Cidades
domingo, 31 de julho de 2011
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