terça-feira, 5 de julho de 2011

Dirigente quebra silêncio e fala sobre violência escolar

Depois que os registros de violência e vandalismo ocorridos nas escolas estaduais Coronel Venâncio e São Judas Tadeu vieram a público, pais e moradores próximos às escolas passaram a cobrar uma posição da equipe diretiva e da Diretoria de Ensino da Região de Mogi Mirim. Na última quarta-feira, 29, a dirigente regional de ensino, Elin de Freitas Vasconcelos, foi autorizada pela Secretaria de Educação a quebrar o silêncio e falou à reportagem de A COMARCA sobre a situação das duas escolas. Até então a Educação só pronunciava por meio da assessoria de imprensa da Secretaria, em São Paulo.

Para falar à imprensa local, a dirigente teve de solicitar autorização pessoalmente junto à secretaria em São Paulo. Elin estava acompanhada do assessor de imprensa do órgão, Ronaldo Tenório. A atitude demonstra bom senso e mostra que o governo estadual tem grande culpa na falta de autonomia vivida pelas equipes diretivas das escolas.

A dirigente negou que tenha adotado uma postura de omissão no que se refere aos problemas de violência enfrentados pelas instituições de ensino. Segundo ela, as informações a serem divulgadas pela mídia têm o respaldo da assessoria de imprensa e a resposta à comunidade se traduz na forma dos projetos que vem sendo desenvolvidos para banir a violência escolar.

Elin assegura que a Diretoria de Ensino vem agindo no sentido de prevenir conflitos entre os alunos, mantendo diálogo com a Guarda Municipal, Polícia Militar e com a vice-prefeita, Flávia Rossi. “A ronda escolar tem sido frequente na entrada e saída”.

SÃO JUDAS
No que se refere ao episódio de agressão a um professor da escola São Judas Tadeu ocorrido em abril, Elin nega que o docente tenha assediado uma aluna, conforme relataram os estudantes à reportagem. “A apuração feita pela Diretoria de Ensino não confirmou a informação de assédio”.

Segundo a dirigente, a escola já recebeu um projeto que visa a presença de um professor mediador nos intervalos, a fim de prevenir quadros de agressão. Além disso, um programa anti-bullying passou pela escola recentemente. Ela alega que a comunidade de pais dos alunos foi chamada para reuniões.

DROGAS
Sobre as denúncias de que estaria ocorrendo consumo de drogas dentro das escolas, Elin confirma que já foi necessário agir quanto ao uso de drogas dentro dos prédios, e que o procedimento adequado é a convocação dos pais, bem como o encaminhamento do caso ao Conselho Tutelar. “É preciso considerar o Estatuto da Criança e do Adolescente, que diz que uma criança de 12 anos não pode ser revistada pela PM”.

Palestras educativas sobre o tema prevenção de drogas vêm sendo constantemente trabalhadas juntos aos alunos.

Fonte: A Comarca de Mogi Mirim

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