domingo, 2 de setembro de 2012

Movimento nacional antibullying busca criar legislação sobre o tema

Pesquisa da UFMG com estudantes de 14 a 17 anos mostrou que, em cada quatro jovens, um havia sofrido humilhações e até agressões pelos colegas.

Juliana Perdigão Belo Horizonte, MG
 

Foi lançado neste sábado (1º), em Belo Horizonte, o movimento nacional antibullying. Os organizadores lutam para que seja criada uma legislação brasileira sobre o problema.

A família de um adolescente na cidade teve problemas financeiros quando ele tinha 14 anos, e ele foi transferido de escola. “Uso roupas mais legais e eles começam a falar ‘ah, ele é riquinho, não sei o quê, vamos tirar dinheiro dele, vamos aproveitar dele’. Quando batia o sinal, eles iam na minha sala, empurravam, chegavam em um canto, chutavam, davam ‘bicudo’ na perna”, diz o jovem.

Ele passou a ser ameaçado pelas redes sociais. “Eu não queria ir na aula, não queria enfrentá-los, acabei perdendo nota e repetindo de ano”, afirma. Só depois de quatro meses de ameaças, o adolescente contou para a mãe, que procurou a escola.

Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais com estudantes de 14 a 17 anos mostrou que, em cada quatro jovens, um havia sofrido humilhações e até agressões pelos colegas. Agora educadores querem mapear o bullying em todo país.

Além de uma lei federal antibullying, professores e pedagogos de vários estados querem a criação de um grupo de voluntários formado por psicólogos, médicos e advogados para dar apoio aos estudantes e o treinamento de quem trabalha na escola para identificar situações de bullying.

Os organizadores do movimento também querem tratamento psicológico para quem sofre e para quem pratica o bullying. Os dois são considerados vítimas.

Fonte: Jornal Hoje - TV Globo

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