Pesquisa da UFMG com estudantes de 14 a 17 anos
mostrou que, em cada quatro jovens, um havia sofrido humilhações e até
agressões pelos colegas.
Foi lançado neste sábado (1º), em Belo Horizonte, o movimento nacional
antibullying. Os organizadores lutam para que seja criada uma legislação
brasileira sobre o problema.
A família de um adolescente na cidade teve problemas financeiros quando
ele tinha 14 anos, e ele foi transferido de escola. “Uso roupas mais
legais e eles começam a falar ‘ah, ele é riquinho, não sei o quê, vamos
tirar dinheiro dele, vamos aproveitar dele’. Quando batia o sinal, eles
iam na minha sala, empurravam, chegavam em um canto, chutavam, davam
‘bicudo’ na perna”, diz o jovem.
Ele passou a ser ameaçado pelas redes sociais. “Eu não queria ir na
aula, não queria enfrentá-los, acabei perdendo nota e repetindo de ano”,
afirma. Só depois de quatro meses de ameaças, o adolescente contou para
a mãe, que procurou a escola.
Uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais com estudantes de
14 a 17 anos mostrou que, em cada quatro jovens, um havia sofrido
humilhações e até agressões pelos colegas. Agora educadores querem
mapear o bullying em todo país.
Além de uma lei federal antibullying, professores e pedagogos de vários
estados querem a criação de um grupo de voluntários formado por
psicólogos, médicos e advogados para dar apoio aos estudantes e o
treinamento de quem trabalha na escola para identificar situações de
bullying.
Os organizadores do movimento também querem tratamento psicológico para
quem sofre e para quem pratica o bullying. Os dois são considerados
vítimas.
Fonte: Jornal Hoje - TV Globo
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