“O Bullying é um termo recorrente e precisa ser debatido para ser
combatido devido suas consequências”, afirma Mariane de Lima Siqueira,
psicóloga da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), uma das
palestrantes sobre Bullying no contexto universitário, que aconteceu no
último dia 29 de agosto, no Laboratório de Artes da instituição. A
palestra fez parte da programação da 8ª Semana do Orgulho de Ser,
parceria do grupo Matizes e a UESPI através da Pró-Reitoria de Extensão
(PREX).
Após uma atividade lúdica, as palestrantes Mariane Siqueira juntamente
com a assistente social da UESPI Yara Barroso Nascimento apresentaram a
importância de se conhecer mais o conceito de bullying utilizando
conceitos de autores que estudam o assunto, formas, agentes de atuação e
consequências. “O termo é utilizado para conceituar comportamentos
agressivos, que se manifestam tanto de forma física, verbal, intencional
e repetitiva sem motivação evidente causando dor, problemas de saúde e
psicológicos e sofrimento nas vítimas. No contexto escolar pode provocar
elevado índice de evasão escolar e reprovação”, expõe Mariane.
Mariane ainda relata que o contexto do bullying não é recente e que a
partir dos anos 1970 foi objeto de pesquisa. “Tratava-se de um problema
mundial e necessitava de orientação sobre o tema. Percebe-se relações
desiguais de poder e forças e essa prática pode acontecer em vários
ambientes como a escola, família, local de trabalho, vizinhança”,
declarou a psicóloga. Yara Barroso, assistente social expôs que quem
pratica o bullying fere princípios constitucionais como o da dignidade e
que o Código Civil implica condenação seja em serviços comunitários ou
até mesmo chegar à prisão.
Logo após, Yara apresentou o papel da universidade quanto formadora de
cidadãos no combate ao Bullying. “A universidade pode estar contribuindo
através de movimentos preventivos como palestras, ações
socioeducativas, reflexões, debates, programas de qualificação
permanente, buscando trazer a ética e novas metodologias capazes de
fincar direitos e deveres. É necessário ter uma visão holística,
analisar e enxergar os protagonistas (vítima, o agressor e o espectador)
, caso seja diagnosticado casos de bullying e quem está sofrendo, não
se silenciar e procurar ajuda”, pontua.
Lidiane Maria, estudante do 5º período de Pedagogia/PARFOR, uma das
participantes da palestra, ressalta a importância do tema. “Essa
temática me chamou muito atenção, porque vou ser professora e isso
acontece no contexto da educação infantil. Temos que procurar conhecer
para saber contornar quando essas situações acontecerem e lidar melhor
com os alunos na sala de aula”, declara.
“Esse foi o primeiro passo para combater o bullying. As palestrantes
foram felizes em suas colocações e com certeza sairemos diferentes.
Precisamos romper as barreiras, os preconceitos e respeitar o outro com
suas diferenças” finaliza Suelênia Reis, chefe da Divisão de Apoio ao
Aluno Graduado (DAAG).
Fonte: 180 Graus
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