O debate buscou apresentar algumas características para a identificação do problema no espaço escolar, bem como ações a serem desenvolvidas para o combate e a prevenção
Assessoria de Comunicação do Campus Realeza
A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza promoveu uma conscientização a respeito do bullying na noite desta quarta-feira (31). O Auditório do Bloco A ficou lotado pela comunidade acadêmica e regional para o evento "Violência não é brincadeira: vamos prevenir o bullying". O debate buscou apresentar algumas características para a identificação do problema no espaço escolar, bem como ações a serem desenvolvidas para o combate e a prevenção.
No debate, o bullying foi caracterizado como uma forma de violência por meio de agressões intencionais, que podem ser verbais, físicas e até mesmo virtuais. O comportamento é praticado repetitivamente com a intenção de causar danos por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.
A professora da UFFS, Litiara Kohl Dors, alertou sobre as consequências desse tipo de violência para as vítimas que, em casos extremos, podem cometer suicídios ou homicídios. "Entre alguns sintomas podem estar dor de cabeça, insônia, sono excessivo, classificados como sintomas psicossomáticos, transtornos de pânico e obsessivos-compulsivos, depressão, anorexia, bulimia e, em casos mais graves, o suicídio e o homicídio para acabar com o sofrimento. Algo que aparenta ser simples, como um xingamento ou um apelido, pode ter uma consequência muito trágica", salientou.
Também foi convidada para o debate, a professora do Instituto Federal do Paraná (IFPR) – Campus Capanema, Elize Bertela, que coordena o Projeto de Extensão Formando a Rede de Proteção, voltado para capacitar profissionais da rede de proteção da infância e adolescência sobre violência, exploração sexual, ente outros temas. Neste ano, o projeto busca trabalhar a questão com os pais e estudantes do IFPR, além da temática sobre o bullying.
Além da caracterização do problema e dos danos às vítimas, foi abordado o perfil do agressor – tem dificuldade em seguir regras, pode exercer influência negativa dentro do grupo, conquista liderança pela agressão que produz, é irritado e intolerante. "Geralmente, os agressores sofreram algum tipo de violência e tendem a reproduzir o que sofreram, o que amplia o ciclo da violência, criando uma dinâmica expansiva em idade e número. Quando o agressor não recebe apoio suficiente e o tratamento adequado, ele tende a fazer vítimas ao longo da vida e, consequentemente, essas vítimas podem se tornarem agressores", destacou Elize.
Para a acadêmica do curso de Letras, Marina Maria Conchy Rodrigues, as discussões sobre o bullying sempre sugiram ao longo do curso, principalmente quando o contexto é sala de aula. "Os debates partiram das nossas experiências como vítima ao longo da nossa vida escolar, o que proporciona refletir de formas mais concreta sobre quais ações devemos tomar enquanto futuros professores e indivíduos. Quando o bullying ocorre, é um problema e responsabilidade de todos, da escola, dos professores, da equipe pedagógica, dos pais e dos próprios alunos", explicou.
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