Judoca brasileira do peso-meio-médio resgata lembranças da carreira, condena rótulo de musa e exalta Jogos Olímpicos Rio 2016: "Melhor competição da minha vida"
Por Josiel Martins e Renan MoraisTeresina
A judoca brasileira Mariana Silva carrega consigo as melhores lembranças da Olimpíada. Afinal, foi na Rio 2016 que a paulista, natural da cidade de Peruíbe, surpreendeu a todos - inclusive os compatriotas nas arquibancadas da Arena Carioca 2, no Parque Olímpico - ao conquistar o 5º lugar na categoria até 63kg. Em passagem rápida por Teresina, no Piauí, a meio-médio destacou que os Jogos foram o ápice de sua trajetória nos tatames. A 14ª melhor judoca do mundo em seu peso recebeu o GloboEsporte.com para falar sobre a carreira e episódios marcantes nos seus 26 anos. Bullying na escola, avessa às séries de TV e cuidados com a beleza foram alguns do temas abordados pela atleta no Snap Ge. Veja o vídeo acima.
Mariana Silva judô (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CBJ)
Carinho das ruas
- Fico feliz com o reconhecimento. Acho muito bacana, me motiva ainda mais a buscar. Gosto do contato com as pessoas, de conversar, trocar experiências e de dar palestras para crianças. Gosto de contar minha história porque nem sempre foram flores, gosto de incentivar atletas a sonharem e buscar o objetivo. Esse contato depois da Rio 2016 foi muito bom, gosto bastante e fiquei feliz.
Musa?
- Me incomoda porque fiz uma fotos sensuais e não tinha a noção da repercussão. Minha imagem ficou naquilo, e a Mariana atleta todo mundo esqueceu. Então, não gostaria que minhas imagens fossem trocadas por fotos sensuais. Mas sim da Mariana que foi para os Jogos Olímpicos e da Marina que está há sete anos na seleção brasileira de judô, é esse reconhecimento que eu quero. Não me acho musa, mas sim uma atleta feminina como qualquer outra.
Rio 2016
- A Olimpíada foi a melhor competição da minha vida. Tive um desempenho muito bom, infelizmente a medalha não veio por um detalhe. Fiz a melhor preparação da minha vida para poder buscar a medalha, o que fica é a experiência e mais uma expectativa para as próximas competições, de evoluir bastante e melhorando para participar de campeonatos e mundiais.
Amadurecimento
- Acredito que a Mariana após a Rio 2016 é uma nova Mariana. É uma pessoa mais confiante, que realmente acredita nas suas medalhas e nas suas competições e uma pessoa mais experiente.
Futuro
- Ainda não tem nada certo. Vai ser tudo muito novo, pois os planejamentos são outros. O que penso é continuar treinando, focada e evoluindo no que preciso, buscando bons resultados para continuar na seleção brasileira e chegar à Olimpíada de Tóquio.
Semifinal entre a brasileira Mariana Silva e a judoca eslovena Tina Trstenjak (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CBJ)
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