terça-feira, 25 de outubro de 2016

bullying

Cada triunfo do Benfica de Rui Vitória parece ser uma alfinetada no Sporting de Jorge Jesus
1 - Claro que o treinador do Benfica tem mais em que pensar, mas cada triunfo de Rui Vitória parece ser uma provocação a Jorge Jesus. Ou várias. O Sporting não ganha um jogo depois da Champions? O Benfica ganha todos. Os leões acusam fadiga no rescaldo das provas europeias? As águias assinam a melhor exibição depois de uma deslocação a Kiev. Jesus não arranja soluções para a ausência de Adrien? Rui Vitória ganha jogos há semanas sem Jonas e uma mão-cheia de outros lesionados. Já houve casos de bullying condenados em tribunal por muito menos.
2 - Provavelmente, o mais fácil seria abordar o crescimento de André Silva nesta temporada começando pelos golos que marcou ao Arouca. Pela tranquilidade que demonstrou no primeiro, esperando para perceber a colocação de Bracali antes de decidir a melhor forma de colocar a bola fora do alcance do guarda-redes ou pela clarividência que revelou no segundo, dando dois passos atrás para conseguir chegar ao cruzamento de Diogo Jota antes de Vítor Costa. E, no entanto, houve outro momento no jogo de sábado, no Dragão, que sublinhou o enorme salto que o avançado do FC Porto deu em termos de maturidade desde o início da temporada: a forma como, depois do terceiro golo, foi o primeiro a chegar até Brahimi, a baixar-lhe os braços que estavam dirigidos ao público e a amarrá-lo num abraço, protegendo o argelino dele próprio e protegendo a equipa da provável reação dos adeptos à insensatez do gesto. Esta noite, quando André Silva for chamado para receber o Dragão de Ouro, será muito mais do que o Atleta Revelação do ano passado a subir ao palco.

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