quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Adolescentes debatem a importância do combate ao bullying

A Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) realizou, nesta segunda-feira (24), uma rodada de conversa com alunos da Escola Estadual Benedita de Castro, localizada no bairro Clima Bom. Representantes da instituição apresentaram a importância de combater a prática do bullying e prevenir a violência em sala de aula.

No dia 20 de outubro, foi celebrado o Dia Mundial de Combate ao Bullying. A data é um alerta internacional para o problema, que é uma forma de violência que atinge muitas crianças, adolescentes e jovens.

Este comportamento agressivo e humilhante ocorre geralmente em escolas e pode até mesmo incluir ameaça. Conforme um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre a violência contra crianças, com base em dados de 190 países, um em cada três jovens, com idades entre 13 e 15 anos, são vítimas regulares de bullying em sala de aula.

Segundo o gerente de Políticas da Criança e do Adolescente da Seprev, Valdomiro Pontes, o bullying é uma das formas mais graves de violência entre adolescentes, pois atinge tanto o psicológico como o físico.

“A Seprev começou este ciclo de palestras, que irá ser levado para diversas escolas, com o objetivo de informar os jovens de que essa prática é crime”, disse Valdomiro Pontes.

A ação da Seprev visou ainda apoiar e incentivar as vítimas a denunciarem graves situações e encontrar formas de preveni-las. “Esse é um grande desafio, visto que a luta contra o bullying não é uma tarefa de um dia, nem de um grupo de pessoas, mas, sim, em todos os dias do ano”, enfatizou o gerente.

Para o diretor da escola, Naildo Melo, alertar os jovens sobre esse tema é importante, para que eles entendam que bullying não é uma brincadeira. “Muitas vezes, isso nos assusta, pois eles levam na brincadeira e banalizam a violência. Temos uma educação preventiva muito deficiente e a palestra vem para isso, para colocar um freio nesta atitude deles”, destacou.

De acordo com a aluna do 7ª ano, Bruna Rayanne, de 13 anos, o debate serviu para esclarecer de uma vez por todas que bullying não é apenas uma brincadeira de mau gosto. “Pode ser que essas pessoas que cometem este tipo de violência estejam passando por algum problema, mas não podem descontar nos outros. Deveriam se colocar no lugar de quem sofre com isso”, disse.

No Brasil, o Programa de Combate à Intimidação Sistemática foi estabelecido pela Lei nº 13.185, que caracteriza as situações de agressão física, psicológica e moral que podem ser consideradas bullying.

A lei estabelece ainda as regras para definir casos de intimidação realizados por meio da internet. O programa tem por principal objetivo prevenir e combater a prática da intimidação sistemática em toda a sociedade.

No dia 2 de maio de 2016 foi sancionada a lei 13.277/16, que institui o dia 7 de abril como Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. A data foi escolhida por causa do conhecido ‘Massacre de Realengo’, que aconteceu no dia 7 de abril de 2011.
por Agência Alagoas

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