Foto: Divulgação/Nick Vujicic
Viviane Bevilacqua
Viralizou nas redes sociais nos últimos dias um vídeo no qual o pai de uma menininha negra para em frente a um grande espelho, abraça a filha e faz com que ela olhe para a sua imagem refletida. Aquele seria o primeiro dia dela na escola, e para que ela se sentisse mais segura, ele pedia para que repetisse frases como: "Eu sou linda. Eu não sou melhor, mas também não sou pior do que ninguém. Eu sou incrível, nada nem ninguém vai me fazer desistir. Eu posso ser o que eu quiser", e várias outras frases motivadoras. E a garotinha ia, realmente, mentalizando aquelas mensagens, até que ela se sentiu pronta para enfrentar a nova experiência.
A família mora nos Estados Unidos, e o pai — o que é perfeitamente compreensível na nossa sociedade —, tentava elevar a autoestima da filha, porque ele sabe que apesar de estarmos em pleno século 21 os casos de bullying e de discriminação ainda são muito comuns, especialmente nas escolas, e não só nos Estados Unidos. Esta prática nociva infelizmente é comum no mundo inteiro.
O 20 de outubro foi instituído como o Dia Mundial de Combate ao Bullying, por iniciativa da Associação Portuguesa de Proteção à Vítima (APAV) justamente para debater este tema e encontrar formas de erradicar todos os tipos de violência e preconceito, especialmente no âmbito escolar. Uma grande campanha está sendo realizada neste sentido, e tem como mote central a hashtag #soumaisqueisso. No Brasil, várias pessoas conhecidas do público estão gravando pequenos vídeos para serem compartilhados nas redes sociais, revelando momentos de bullying que já sofreram. O objetivo é mostrar que mesmo sendo vítima de bullying em algum momento, é possível dar a volta por cima e seguir a vida, acreditando nas suas potencialidades.
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Esta campanha é uma espécie de prévia de um grande evento que acontecerá em dezembro em algumas capitais brasileiras. Infelizmente Florianópolis ficou de fora. O australiano Nick Vujicic, que nasceu sem os braços e pernas devido a uma doença rara (Tetra Amelia), trará a sua palestra motivacional, onde a superação do bullying é o tema central. Nick, quando adolescente, chegou a pensar muitas vezes em suicídio, tamanha era a dor que sentia por ser humilhado pelos colegas. Com o amor dos pais, fé e persistência, transformou-se em um consagrado palestrante, com a missão de ensinar vítimas de bullying a se fortalecer diante da humilhação, zoeira, agressão ou isolamento, consequências da "epidemia mundial de bullying", como ele mesmo chama. Exemplo de superação, hoje ele é casado, tem dois filhos e, mesmo sem as pernas e os braços, escreve, desenha, joga futebol, golfe, nada, mergulha, pesca, salta de trampolim, pula de paraquedas e surfa.
Os talk shows inspiradores acontecerão em estádios e arenas do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, São Paulo e Porto Alegre.Todos que têm a oportunidade de ouvir Nick — ou de ler seus vários livros (inclusive alguns escritos para crianças) — chegam à conclusão de que se ele conseguiu vencer os preconceitos e obstáculos e se tornar uma referência mundial, qualquer um também pode vencer o bullying, e mais do que isso: colaborar para erradicar de vez esta praga, que causa infelicidade a tanta gente. Mais informações no site www.experienciadesucesso.com.br.
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