Por
KARINE WENZEL
Jaqueline Santos Duarte é coordenadora do núcleo de atenção ao problema no Instituto Estadual de Educação, na Capital
Foto: Marco Favero / Agencia RBS
Xingamentos, apelidos maldosos, agressões físicas, difamação na internet e perseguições são mais comuns do que parecem em escolas de Florianópolis. Uma pesquisa divulgada recentemente mostra que 54,3% dos alunos entre 11 e 14 anos das redes de ensino pública e privada da Capital alegam ter sofrido bullying. Para quem ainda acha que é só uma brincadeira, esse tipo de violência pode levar a problemas mentais e abandono da escola. Os resultados fazem parte de um levantamento com 975 escolares, realizado em 2014 pela pesquisadora Carla Zanelatto para a dissertação de mestrado em Nutrição, da UFSC.
— Independentemente dos impactos negativos que o bullying possa gerar à saúde, ele deve ser evitado e combatido, uma vez que as crianças e adolescentes expostos a esse fenômeno têm sua individualidade atingida e seus direitos humanos violados — reforça.
O estudo aponta que, dos 54,3% que sofrem bullying, 15,6% deles classificou a prática de média a alta intensidade e 38,8%, de baixa intensidade. A baixa intensidade contemplou atitudes como comentários maldosos e apelidos, enquanto que entre média e alta intensidade os itens envolvidos foram perseguição, agressão física, exclusão do grupo, difamação na internet e discriminação pela beleza e peso. Essa distinção é possível graças a uma espécie de questionário para aferir o bullying desenvolvido por um grupo de professores e alunos da UFSC, segundo a pesquisadora e professora do programa de Pós- Graduação em Métodos e Gestão em Avaliação da instituição, Lizandra da Silva Menegon. O questionário contém 23 itens que abordam temas como violência, danos e relações de poder.
— Independentemente dos impactos negativos que o bullying possa gerar à saúde, ele deve ser evitado e combatido, uma vez que as crianças e adolescentes expostos a esse fenômeno têm sua individualidade atingida e seus direitos humanos violados — reforça.
O estudo aponta que, dos 54,3% que sofrem bullying, 15,6% deles classificou a prática de média a alta intensidade e 38,8%, de baixa intensidade. A baixa intensidade contemplou atitudes como comentários maldosos e apelidos, enquanto que entre média e alta intensidade os itens envolvidos foram perseguição, agressão física, exclusão do grupo, difamação na internet e discriminação pela beleza e peso. Essa distinção é possível graças a uma espécie de questionário para aferir o bullying desenvolvido por um grupo de professores e alunos da UFSC, segundo a pesquisadora e professora do programa de Pós- Graduação em Métodos e Gestão em Avaliação da instituição, Lizandra da Silva Menegon. O questionário contém 23 itens que abordam temas como violência, danos e relações de poder.
Carla reforça que a prática do bullying é relacionada a comportamento agressivo e suicida, depressão, cefaleia, transtorno do pânico, esquizofrenia e quadros graves de estresse e ansiedade, além de poder acarretar diminuição da autoestima e isolamento social.
— É um problema porque os humanos precisam ser reconhecidos pelos seus pares. Se estão em um ambiente hostil, isso marca todo o processo de identidade de seres em desenvolvimento, em vulnerabilidade por serem crianças e adolescentes — acrescenta a gerente de políticas educacionais da Secretaria de Educação de SC, Júlia Siqueira da Rocha.
Escolas têm papel fundamental
Ela afirma ainda que o bullying pode estar mascarando outras formas de violência, como racismo e sexismo. Além disso, destaca que a pessoa que pratica o bullying merece tanta atenção quando a que sofre, ¿ porque precisa subjugar o outro, o que fala muito sobre a insegurança de quem o pratica¿. Desde fevereiro deste ano, está em vigor o Programa de Combate ao Bullying em todas as escolas do país. Com isso, tornou- se obrigatória a realização de campanhas educativas, com a possibilidade das instituições de ensino serem responsabilizadas por omissão e negligência caso não promovam ações preventiva. Em Santa Catarina, a Secretaria de Educação conta com os Núcleos de Educação e Prevenção às Violências na Escola ( Nepres).
Escolas têm papel fundamental
Ela afirma ainda que o bullying pode estar mascarando outras formas de violência, como racismo e sexismo. Além disso, destaca que a pessoa que pratica o bullying merece tanta atenção quando a que sofre, ¿ porque precisa subjugar o outro, o que fala muito sobre a insegurança de quem o pratica¿. Desde fevereiro deste ano, está em vigor o Programa de Combate ao Bullying em todas as escolas do país. Com isso, tornou- se obrigatória a realização de campanhas educativas, com a possibilidade das instituições de ensino serem responsabilizadas por omissão e negligência caso não promovam ações preventiva. Em Santa Catarina, a Secretaria de Educação conta com os Núcleos de Educação e Prevenção às Violências na Escola ( Nepres).
Para Julia, há vários passos para a prevenção, que começa com a educação – equipe da escola capacitada e exemplo de respeito entre os próprios profissionais, além da intervenção pedagógica, já nas primeiras situações.
— Nós sabemos que as violências consideradas leves ou pequenas tendem a crescer. O que percebemos é que os profissionais da educação, por vários motivos, tendem a não ver a violência para não se envolver — defende a gerente de políticas educacionais.
No Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis, há um Nepre com ações mais consolidadas desde 2013:
— Trabalhamos o foco na diversidade, na aceitação, isso ajuda a prevenir o bullying — explica a coordenadora do núcleo na escola, Jaqueline Santos Duarte.
Ela afirma que os professores tentam abordar temáticas de inclusão nas disciplinas ou tratá- las em peças teatrais ou na literatura. Quando é diagnosticado um aumento de violência, há palestras e projetos na turma
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