Pesquisa com quase 3.000 usuários da web aponta que 35% dos jovens já sofreram Cyberbullying
Uma pesquisa realizada recentemente sobre os hábitos na internet, aponta que 62% dos jovens utilizam a rede todos os dias. Desse percentual, os que estão na faixa entre 18 e 23 anos, 86% acessam diariamente a web. Essa busca frenética pelas facilidades da rede mundial de computadores traz a reboque uma das práticas virtuais criminosas mais utilizadas e temidas na atualidade: o bullying.
O levantamento foi feito no Brasil inteiro com 2.834 jovens, de idade entre 09 e 23 anos. As empresas responsáveis pela pesquisa são a SaferNet, uma organização não-governamental que trabalha no enfrentamento de crimes e violações aos Direitos Humanos na Internet, e a operadora de telecomunicações GVT
Segundo os números, embora 49% dos jovens afirmem temer sofrer bullying nas redes sociais, muitos não admitem que o fazem. Dos entrevistados, 35% tem um amigo que já sofreu cyberbullying e 12% admitem já terem sofrido agressões pelas mídias sociais. Estudos realizados pelos pesquisadores do PesqSUI e por outros especialistas, apontam que o bullying não está ligado a um jovem que seja considerado o “menino mau ou a menina má” da escola ou do grupo, o fenômeno é coletivo.
“O bullying virtual é bem comum, devido a facilidade e o anonimato que a internet oferece. Acho que a única forma de se proteger totalmente contra o bullying virtual seria não usar a internet”, comentou o especialista em segurança na internet e sócio-proprietário da Innobras, David Menezes Tanemsmo. Ele continua dizendo que “infelizmente, o controle sobre os filhos é muito complexo. É preciso se manter atualizado aos movimentos dos seus filhos e pro ativamente acompanhar o que eles fazem online”.
Para os que trabalham com os possíveis ataques via internet, é de extrema importância que a família se mantenha atualizada no progresso do mundo digital, que contorna todos os membros da casa. “É como se manter informado sobre bairros perigosos, horários seguros de transitar publicamente, amizades, etc...”, explicou David. Segundo ele, existem aplicativos que podem ser instalados nos telefones/computadores que ajudam aos pais a monitorar o comportamento dos filhos e os possíveis ataques que esses possam sofrer.
As formas de bullying virtual mas comuns
Exclusão: Ameaças e difusão por e-mail é uma tática de intimidação cibernética usada para inspirar o medo na criança-alvo. Assédio: Mensagens ofensivas para a criança-alvo. Estas mensagens são ameaçadoras, dolorosas e frequentes.
Phishing: Phishing é uma tática de intimidação do cyberbully que requer enganar, persuadir ou manipular a criança alvo a revelar informações pessoal e financeira sobre a vítima ou seus entes queridos. Uma vez que o bully adquire essas informações, ele começa a usar as informações para acessar seus perfis online, compra de itens não autorizadas com cartões de crédito da criança alvo ou pais.
Impersonar: Personificar ou "Imping" só pode ocorrer com o "véu do anonimato" oferecido pela tecnologia digital. O cyberbully representa a criança-alvo e faz comentários on-line impopulares em sites de redes sociais e em canais de chat. Personificando, o cyberbully configura sites que incluem informações vitriólicas causando a criança-alvo a ser vitimizada ou banida.
Difamação: é usado em tanto no bullying clássico como o cyber bullying. A tática tem como função postar ou publicar rumores cruéis, fofocas e declarações falsas sobre uma criança alvo para danificar intencionalmente sua reputação ou amizades.
Disseminação de imagens por e-mail ou telefone: Não só uma tática usada em cyber bullying, mas tambem uma forma de intercâmbio de informações que pode ser um ato criminoso se as imagens são pornográficas. As crianças podem receber imagens diretamente em seus telefones e, em seguida, enviá-los a todos seus contatos. De todos os métodos de cyber bullying, esta tática, que serve para constranger uma criança alvo, pode levar a acusações criminais graves.
Imagens e video: o uso de imagens e gravações de vídeo é uma preocupação crescente, que tanto a polícia como as escolas, estão levando muito a sério. Devido, em parte, à e acessibilidade de câmeras em celulares, fotografias e vídeos de vítimas inocentes ou a criança-alvo, tomadas em banheiros, vestiários ou em outras situações comprometedoras e distribuídas digitalmente. Algumas imagens e vídeos são enviados aos colegas, enquanto outros são publicados em sites de vídeo como por exemplo, youtube.com.
Possíveis consequências
Conforme um estudo “Cyberbullying: do virtual ao psicológico”, feito pelos professores da Universidade do Paraná, Fernando Cesar de Castro Schreiber e Maria Cristina Antunes, os efeitos do cyberbullying levam, assim como no bullying tradicional, a várias consequências psicológicas. Segundo a pesquisa e com base em outros estudiosos, existem duas perspectivas para a visão das consequências envolvidas no cyberbullying.
Na primeira se comparam os efeitos deste com os do bullying tradicional, tentando mostrar qual é mais prejudicial para os envolvidos. “Entretanto, impacto dessas consequências depende da forma em que ocorre o cyberbullying e da importância das relações virtuais e da forma como se estabelecem dentro da cultura do país”, destaca. Na segunda perspectiva, seus efeitos são analisados a partir da vitimização do fenômeno, ou seja, a partir das consequências apresentadas pela vítima dentro do ocorrido. A baixa autoestima é uma consequência maior de aparecimento, tanto para as vítimas, quanto para os agressores. A depressão, fobia social e ansiedade também são comuns.
Uma pesquisa citada no estudo revela que 93% das vítimas de cyberbullying foram negativamente afetadas pelo fenômeno e por consequência apresentaram as seguintes porcentagens: raiva (41%), desapontamento (mais de 30%), frustração (20%), vulnerabilidade (15%), depressão (11%) e medo (8%). Outras consequências biológicas também foram identificadas em vítimas desse fenômeno: a insônia, enurese, ansiedade, dores de cabeça e dores abdominais.
Redação do PB Agora
Uma pesquisa realizada recentemente sobre os hábitos na internet, aponta que 62% dos jovens utilizam a rede todos os dias. Desse percentual, os que estão na faixa entre 18 e 23 anos, 86% acessam diariamente a web. Essa busca frenética pelas facilidades da rede mundial de computadores traz a reboque uma das práticas virtuais criminosas mais utilizadas e temidas na atualidade: o bullying.
O levantamento foi feito no Brasil inteiro com 2.834 jovens, de idade entre 09 e 23 anos. As empresas responsáveis pela pesquisa são a SaferNet, uma organização não-governamental que trabalha no enfrentamento de crimes e violações aos Direitos Humanos na Internet, e a operadora de telecomunicações GVT
Segundo os números, embora 49% dos jovens afirmem temer sofrer bullying nas redes sociais, muitos não admitem que o fazem. Dos entrevistados, 35% tem um amigo que já sofreu cyberbullying e 12% admitem já terem sofrido agressões pelas mídias sociais. Estudos realizados pelos pesquisadores do PesqSUI e por outros especialistas, apontam que o bullying não está ligado a um jovem que seja considerado o “menino mau ou a menina má” da escola ou do grupo, o fenômeno é coletivo.
“O bullying virtual é bem comum, devido a facilidade e o anonimato que a internet oferece. Acho que a única forma de se proteger totalmente contra o bullying virtual seria não usar a internet”, comentou o especialista em segurança na internet e sócio-proprietário da Innobras, David Menezes Tanemsmo. Ele continua dizendo que “infelizmente, o controle sobre os filhos é muito complexo. É preciso se manter atualizado aos movimentos dos seus filhos e pro ativamente acompanhar o que eles fazem online”.
Para os que trabalham com os possíveis ataques via internet, é de extrema importância que a família se mantenha atualizada no progresso do mundo digital, que contorna todos os membros da casa. “É como se manter informado sobre bairros perigosos, horários seguros de transitar publicamente, amizades, etc...”, explicou David. Segundo ele, existem aplicativos que podem ser instalados nos telefones/computadores que ajudam aos pais a monitorar o comportamento dos filhos e os possíveis ataques que esses possam sofrer.
As formas de bullying virtual mas comuns
Exclusão: Ameaças e difusão por e-mail é uma tática de intimidação cibernética usada para inspirar o medo na criança-alvo. Assédio: Mensagens ofensivas para a criança-alvo. Estas mensagens são ameaçadoras, dolorosas e frequentes.
Phishing: Phishing é uma tática de intimidação do cyberbully que requer enganar, persuadir ou manipular a criança alvo a revelar informações pessoal e financeira sobre a vítima ou seus entes queridos. Uma vez que o bully adquire essas informações, ele começa a usar as informações para acessar seus perfis online, compra de itens não autorizadas com cartões de crédito da criança alvo ou pais.
Impersonar: Personificar ou "Imping" só pode ocorrer com o "véu do anonimato" oferecido pela tecnologia digital. O cyberbully representa a criança-alvo e faz comentários on-line impopulares em sites de redes sociais e em canais de chat. Personificando, o cyberbully configura sites que incluem informações vitriólicas causando a criança-alvo a ser vitimizada ou banida.
Difamação: é usado em tanto no bullying clássico como o cyber bullying. A tática tem como função postar ou publicar rumores cruéis, fofocas e declarações falsas sobre uma criança alvo para danificar intencionalmente sua reputação ou amizades.
Disseminação de imagens por e-mail ou telefone: Não só uma tática usada em cyber bullying, mas tambem uma forma de intercâmbio de informações que pode ser um ato criminoso se as imagens são pornográficas. As crianças podem receber imagens diretamente em seus telefones e, em seguida, enviá-los a todos seus contatos. De todos os métodos de cyber bullying, esta tática, que serve para constranger uma criança alvo, pode levar a acusações criminais graves.
Imagens e video: o uso de imagens e gravações de vídeo é uma preocupação crescente, que tanto a polícia como as escolas, estão levando muito a sério. Devido, em parte, à e acessibilidade de câmeras em celulares, fotografias e vídeos de vítimas inocentes ou a criança-alvo, tomadas em banheiros, vestiários ou em outras situações comprometedoras e distribuídas digitalmente. Algumas imagens e vídeos são enviados aos colegas, enquanto outros são publicados em sites de vídeo como por exemplo, youtube.com.
Possíveis consequências
Conforme um estudo “Cyberbullying: do virtual ao psicológico”, feito pelos professores da Universidade do Paraná, Fernando Cesar de Castro Schreiber e Maria Cristina Antunes, os efeitos do cyberbullying levam, assim como no bullying tradicional, a várias consequências psicológicas. Segundo a pesquisa e com base em outros estudiosos, existem duas perspectivas para a visão das consequências envolvidas no cyberbullying.
Na primeira se comparam os efeitos deste com os do bullying tradicional, tentando mostrar qual é mais prejudicial para os envolvidos. “Entretanto, impacto dessas consequências depende da forma em que ocorre o cyberbullying e da importância das relações virtuais e da forma como se estabelecem dentro da cultura do país”, destaca. Na segunda perspectiva, seus efeitos são analisados a partir da vitimização do fenômeno, ou seja, a partir das consequências apresentadas pela vítima dentro do ocorrido. A baixa autoestima é uma consequência maior de aparecimento, tanto para as vítimas, quanto para os agressores. A depressão, fobia social e ansiedade também são comuns.
Uma pesquisa citada no estudo revela que 93% das vítimas de cyberbullying foram negativamente afetadas pelo fenômeno e por consequência apresentaram as seguintes porcentagens: raiva (41%), desapontamento (mais de 30%), frustração (20%), vulnerabilidade (15%), depressão (11%) e medo (8%). Outras consequências biológicas também foram identificadas em vítimas desse fenômeno: a insônia, enurese, ansiedade, dores de cabeça e dores abdominais.
Redação do PB Agora
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