Da Redação
O bullying (violência física ou psicológica ocorrida repetidas vezes no colégio) tem se tornado um tema comum de debate em vários segmentos sociais. O crescimento da prática tem mobilizado uma série de eventos e projetos sobre o tema. É o caso do projeto "Faça amizades, bullying não" criado por Elisandra Pauleli. Segundo ela, o projeto foi idealizado com o objetivo de divulgar o tema bullying, com palestras e textos direcionados para todos os tipos de público: estudantes, pais e a sociedade em geral.
Dentro dessa proposta, foi realizado em Rio Claro, no dia 14 de setembro, o IV Fórum de Debates que teve como tema "Faça Amizades, Bullying Não". O evento foi promovido em parceria com a Comissão de Direitos Humanos da OAB de RC, ONG Mira Terra e da AJA (Associação Juventude Ativa).
"Essa união nasceu com o intuito de orientar as crianças, jovens e adolescentes contra uma das formas de violência mais praticadas e que gera grandes problemas futuros para a vida de uma pessoa: o bullying", comenta Elisandra.
Ela conta que em setembro firmou parceria com Alexandre Saldanha, militante e advogado especialista em bullying, com o objetivo de criar uma liga antibullying. A ideia é mobilizar militantes no Brasil e no mundo para divulgar os conceitos e formas do bullying; divulgar os danos para as vítimas, agressores e familiares e escola; lutar pelo treinamento adequado de professores e funcionários das escolas para a detecção, prevenção e combate dos focos de bullying; lutar pela criação de organizações que possam auxiliar na recuperação de vítimas e agressores; criar parâmetros mundiais de prevenção e contenção do bullying; e lutar pela criação de leis que combatam o bullying de forma efetiva.
Os interessados no assunto podem acessar o blog do projeto "Faça amizades, bullying não", pelo endereço http://facaamizadesbullyingnao.blogspot.com/.
PESQUISA
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Carlos revela que cerca de 70% das crianças e adolescentes envolvidos com bullying nas escolas sofrem algum tipo de castigo corporal em casa. O estudo foi feito pela pesquisadora Lúcia Cavalcanti Williams que ouviu 239 alunos de ensino fundamental em São Carlos.
Do total de entrevistados, 44% haviam apanhado de cinto da mãe e 20,9% do pai. Outros 24,3% haviam levado, da mãe, tapas no rosto e 13,4%, do pai. A pesquisadora alerta que meninos vítimas de violência severa em casa têm oito vezes mais chances de se tornar vítimas ou autores de bullying.
Fonte: Jornal Cidade
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