sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Com medo, pais mantêm filhos sem aulas

Após aluno ser pego com arma dentro da escola, responsáveis declaram que estudantes só voltam à unidade com a presença da PM
 
BLEINE OLIVEIRA - Repórter

As aulas na Escola Estadual Professor Mota Trigueiros, na Jatiúca, continuam suspensas, agora por decisão dos pais de alunos. Ontem, na sala de informática, onde foram reunidos pela direção da unidade, que pretendia explicar quais providências estão sendo tomadas para conter os casos de violência, pais e mães de alunos fecharam questão declarando que seus filhos só voltam com a presença de policiais militares na escola. A Mota Trigueiros é mais uma unidade da rede pública de ensino estadual que enfrenta problemas com a delinquência juvenil.
 
Em reunião na Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, na última segunda-feira, a direção foi orientada a fazer um planejamento valendo-se dos quatro vigilantes que fazem a segurança da unidade. Mas a solução não convenceu os pais, que insistem no policiamento ostensivo. No último dia 25, os irmãos G.S.A., 14 anos, e A.C.S.A., 15 anos, foram retirados da sala de aula e levados à Delegacia da Criança e do Adolescente, depois que, por denúncia anônima, a direção foi informada de que um deles estava com revólver calibre 38 na mochila.

Professores temem ameaça de aluno

A informação de que G.S.A. pretende “pegar” o diretor Jefferson Levino voltou a aterrorizar os professores. Na reunião de ontem, uma mãe que mora na mesma comunidade do adolescente disse tê-lo ouvido fazer a ameaça, irritado por ter sido Levino a chamar o Batalhão Escolar.
 
Em um dos episódios de indisciplina que protagonizou, G.S.A. recusou-se a vestir a farda na aula de educação física e, diante da insistência do professor, G.S.A. tomou a bola, impediu a aula e ficou jogando sozinho. Um diretor veio, pediu a ele para devolver a bola e se retirar da escola. O menor se recusou. O diretor então disse que se bola não fosse devolvida chamaria o Batalhão Escolar. Somente assim o adolescente deixou a quadra. Mas saiu pulando o muro da unidade e fazendo ameaças, relata um dos professores.

Fonte: Gazeta de Alagoas

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