O aluno, de 15 anos, alegou ter levado o revólver para a escola por estar sendo ameaçado. O jovem não tinha antecedentes criminais e era considerado disciplinado
Diretoria da escola diz que foi o primeiro caso de aluno armado, mas moradores do entorno afirmam que foi o segundo em um mês e meio (FOTO: ANDRÉ SALGADO/ESPECIAL PARA O POVO)
Pelo menos nove casos de violência dentro de escolas públicas no Ceará foram registrados este ano. O último ocorreu na manhã de ontem, na Escola Estadual Professor Aloysio Barros Leal, no conjunto João Paulo II, situado em Messejana. Um estudante de 15 anos portava uma arma e ao manuseá-la efetuou um disparo acidental em sala.
Os estilhaços da bala atingiram o pé do garoto e a orelha de uma aluna sentada na carteira escolar na frente do menino. A jovem, também de 15 anos, foi medicada em hospital e liberada. Segundo o coordenador escolar da instituição, Edson Morais, o fato causou surpresa, já que o menino era considerado disciplinado. “Ele é um menino muito tranquilo”.
Conforme Edson, a primeira versão apresentada pelo jovem foi de que teria soltado uma bombinha dentro da sala. Mas a história foi desmentida pelo próprio aluno, após o vigia da instituição ter encontrado um revólver escondido dentro do banheiro masculino, depois que o menino saiu do local.
O aluno cursa o 1º ano e estuda na escola há cinco. “Ele é atuante e faz parte da seleção de futsal da instituição”, conta Edson. O coordenador explicou que a instituição vai realizar um conselho escolar para decidir seu futuro na escola. Edson disse que esse foi o primeiro caso de aluno armado dentro da instituição. Porém, moradores do entorno disseram ao O POVO que há um mês e meio, outro estudante teria sido encontrado armado.
O aluno, que não tinha antecedentes criminais, foi levado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Após o auto de apreensão por lesão e porte ilegal de arma, ele foi levado para a Unidade de Recepção do Adolescente Infrator, onde fica à disposição da Justiça.
O coordenador do programa Geração da Paz da Secretaria de Educação do Estado (Seduc), Flávio Mesquita, explicou que a segurança nas escolas é patrimonial e desarmada. “Esse é um fator que requer uma atitude séria, pois o problema não é algo que se resolva com urgência”.
ENTENDA A NOTÍCIA
O estudante de 15 anos alegou estar armado por conta de ter sido ameaçado ser pegue ao sair da instituição. O menino vai ser avaliado em uma reunião do conselho escolar para decidir qual será o futuro dele na escola.
Aline Braga
Fonte: O Povo Online
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