Na quarta, professores paralisaram aulas por conta da violência.
Secretaria vai instalar central de monitoramento em escolas.
Andrezza Lifsitch, Camila Henriques, Mônica DiasDo G1 AM
Estudantes ouvidos pelo G1 em frente ao colégio, na manhã desta quinta-feira (18), informaram que os casos de violência são frequentes. Segundo eles, alunos chegam a ir para a escola com facas. Eles ainda afirmaram que, nesta quinta-feira, chegou a ocorrer uma luta entre duas meninas. "No ano passado alguns alunos traziam drogas. Está dando medo de vir para a escola, pra dizer a verdade. Mas precisamos estudar e essa é a única alternativa", afirmou um dos jovens.
A Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc) anunciou uma ação integrada de combate à violência nas escolas de Manaus. As medidas serão implementadas após registros de brigas e consumo e venda de drogas em unidades educacionais da capital. Entre elas, estão previstas a instalação de câmeras de monitoramento, catracas e reforço na segurança. Na terça (16) e quarta-feira (17) brigas entre estudantes assustaram alunos e professores na Zona Centro-Oeste. As aulas chegaram a ser suspensas.
De acordo com a Seduc, as primeiras medidas serão executadas na Escola Estadual Raimundo Gomes Nogueira, localizada no bairro Ajuricaba, na Zona Centro-Oeste, onde cerca de 30 professores da unidade paralisaram, na tarde desta quarta-feira (17), as atividades por conta da violência. A unidade, conforme a Seduc informou ao G1, fica localizada em uma área "considerada crítica" pela polícia.
Estudantes ouvidos pelo G1 em frente ao colégio, na manhã desta quinta-feira (18), informaram que os casos de violência são frequentes. Segundo eles, alunos chegam a ir para a escola com facas. Eles ainda afirmaram que, nesta quinta-feira, chegou a ocorrer uma luta entre duas meninas. "No ano passado alguns alunos traziam drogas. Está dando medo de vir para a escola, pra dizer a verdade. Mas precisamos estudar e essa é a única alternativa", afirmou um dos jovens.
Uma funcionária do colégio, que preferiu não ser identificada, confirmou a denúncia dos estudantes e disse que este é o primeiro dia em que há seguranças no local. "Está um caos. Falta proteção e falta mais profissionais trabalhando aqui. Essa área é muito perigosa", disse. "Estou pensando em trocar de escola. Meu filho comenta as coisas que acontecem aqui e, como toda mãe, fico apreensiva enquanto ele está em aula", acrescentou a mãe de um dos alunos, que também pediu para não ter seu nome divulgado.
A Seduc ressaltou que as ações, definidas durante reunião com professores da Escola Raimundo Nogueira, direção e Coordenadoria Distrital da Seduc, serão colocadas em prática na segunda-feira (22). Segundo a secretaria, equipes já trabalham na montagem de um circuito integrado de câmeras na escola, que será monitorado por meio de uma central de segurança. A unidade também terá catraca com detector de metal para controlar a entrada e saída de pessoas no local.
Conforme a Secretaria de Educação do Amazonas, a previsão é de que as medidas de combate à violência sejam implementadas em todas as escolas da capital. Segundo a pasta, um trabalho de mapeamento dessas unidades vão definir as áreas prioritárias a serem atendidas pela ação de segurança.
Ao G1, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP) informou, por meio da assessoria de imprensa, que as adjacências da unidade escolar são patrulhadas por equipes do projeto "Ronda nos Bairros" e possuem, a cada 3m², 16 policiais fazendo ronda em quatro viaturas e duas motocicletas. A assessoria disse ainda que os policiais trabalham durante 24h todos os dias da semana em ações perto das escolas.
Ao G1, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP) informou, por meio da assessoria de imprensa, que as adjacências da unidade escolar são patrulhadas por equipes do projeto "Ronda nos Bairros" e possuem, a cada 3m², 16 policiais fazendo ronda em quatro viaturas e duas motocicletas. A assessoria disse ainda que os policiais trabalham durante 24h todos os dias da semana em ações perto das escolas.
Violência em escola
Nesta quinta-feira (18), as aulas na unidade Raimundo Nogueira foram suspensas. Durante esta manhã, professores e a direção da unidade educacional estiveram reunidos com a Polícia Militar na tentativar de apontar soluções para os casos de violência.
Nesta quinta-feira (18), as aulas na unidade Raimundo Nogueira foram suspensas. Durante esta manhã, professores e a direção da unidade educacional estiveram reunidos com a Polícia Militar na tentativar de apontar soluções para os casos de violência.
De acordo com a diretora do colégio há 45 dias, Tatiane Ayres, a presença de drogas e armas dentro do colégio não está comprovada e que as brigas são fatos isolados. "Estamos trabalhando bastante junto com a Policia Militar para dar disciplina aos estudantes", disse. Segundo ela, há 1.400 alunos na instituição, os quais vêm dos bairros da Alvorada, Redenção e da Paz, todos na Zona Centro-Oeste de Manaus.
Segundo o major da 10ª Companhia Integrada Comunitária, Vinícius Almeida, os policiais realizam patrulhamento no local há 20 dias. Como medida para diminuir a violência no local, ele informou que será elaborada uma cartilha, nos moldes do colégio da Polícia Militar, para serem distribuídas entre os alunos.
Já o comandante do programa Ronda nos Bairros, Amadeu Soares, negou que o colégio seja problemático. "Aqui não é a Faixa de Gaza. Vamos ter aqui, na próxima semana, uma reunião com os pais, o Ministério Público estadual e o Conselho Tutelar para discutirmos medidas para solucionar o problema", disse. Segundo ele, será realizado um levantamento para identificar os alunos envolvidos em maior número de casos de violência para encaminhá-los ao MPE e conselho tutelares.
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