segunda-feira, 1 de abril de 2013

Dois anos após Massacre de Realengo, pesquisa revela queda de 40% na compra de armamento


No entanto, na região Sul houve aumento de 21%

Carlyle Jr., do R7
André Muzell / R7 / Arquivo
Tasso
Ex-aluno carregava duas armas e munições quando invadiu escola


O caso, que ficou conhecido como Massacre de Realengo, foi citado na manhã desta segunda-feira (1º), durante a apresentação de um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que revelou que a compra de armas de fogo pelos brasileiros caiu 40,6% após a aprovação do Estatuto do Desarmamento, em 2003.
De acordo com o instituto, o número anual de aquisições de armas de fogo pelas famílias brasileiras caiu de 57 mil em 2003 para 37 mil em 2009. Os cálculos foram feitos pelo presidente do Ipea, Marcelo Nery, baseados em dados levantados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares).
Na contramão dos resultados, a região Sul do País apresentou um crescimento de 21% na compra de armamentos. O estudo mostra também que os homens têm oito vezes mais chances de adquirir uma arma do que as mulheres.
Apesar disso, a demanda masculina caiu 45,% após o Estatuto do Desarmamento. Com 172%, os jovens de 20 a 29 anos estão no topo dos maiores compradores de armas de fogo no Brasil.
Embora tenham menor renda, os brasileiros com baixa escolaridade ou analfabetos compram armas com o dobro da frequência observada entre aqueles que têm 12 anos ou mais de estudo.
Na análise dos rendimentos, o presidente do Ipea ressaltou que a nova classe "C" fica à frente das demais na compra de armas de fogo.
- A questão da renda mais alta está diretamente associada à aquisição de armas de fogo, mas a pesquisa mostra que a questão da educação também está.



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