domingo, 11 de setembro de 2011

Violência na escola é problema de todos


Educadores, especialistas, autoridades, alunos e pais foram unânimes em afirmar que a questão da segurança nas escolas é de responsabilidade de todos. A conclusão se deu após os debates do último encontro regional do Fórum Técnico Segurança nas Escolas - Por uma cultura de paz, realizado ontem em Teófilo Otoni (Vale do Mucuri).

O evento, promovido pela ALMG tem como objetivos levantar problemas enfrentados por alunos e educadores decorrentes da violência dentro e fora do ambiente escolar e discutir a elaboração de políticas públicas relacionadas à questão.

Questão social
De acordo com o presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, deputado Bosco (PRTB), a violência no ambiente escolar acontece em todas as regiões do Estado, portanto, não é um desafio a ser enfrentado apenas por educadores, pais e alunos. "É uma questão social. Temos que fazer uma ação conjunta para que as escolas possam cumprir seu verdadeiro papel, que é formar seres humanos", destacou.

O presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), também afirmou, por meio de mensagem lida no evento, que as famílias e as instituições públicas devem fazer parte do processo. Para ele, a missão da escola, de promoção da boa convivência e da formação de cidadãos, vem sendo comprometida por atos de violência.

O deputado Neilando Pimenta (PT) reforçou as palavras dos colegas parlamentares ao dizer que é importante criar um ambiente sadio e seguro, com a valorização dos professores e qualificação das escolas.

Para a prefeita de Teófilo Otoni, Maria José Haueisen, é preciso identificar quem são os promotores da violência nas escolas. "Recebemos alunos de todos os meios e classes sociais, crianças que convivem num ambiente familiar violento e levam este comportamento para dentro de sala de aula. 

Os professores precisam ser valorizados e capacitados para compreender esses alunos e tornar a escola mais agradável e segura", salientou.

Segurança nas escolas
O diretor da Escola Estadual Ione Lewik, Abraão Scopel, disse que as escolas não podem viver sem muros. Segundo ele, os educadores são reféns do medo, porque não há políticas públicas para a segurança nas escolas. Ele acredita que os alunos causadores da violência não são assistidos como deveriam e os professores são mal remunerados.

A diretora da Superintendência Regional de Ensino de Teófilo Otoni, Maria da Conceição Fernandes, disse que o Poder Executivo tem tentado desestimular a violência. Isso, segundo ela, tem sido feito por meio de projetos como o "Escola Viva, Comunidade Ativa", que prepara as escolas para receber os alunos e, com isso, efetivar o projeto educativo.

O comandante da 15ª Região da Polícia Militar, coronel José Geraldo Lima, destacou as ações de prevenção da corporação, como o "Polícia de Proteção Integrada" (POPI), que é desenvolvido em Teófilo Otoni. "O Estado tem trabalhado para solucionar o problema e tem obtido bons resultados", disse.

Fonte: www.iof.mg.gov.br

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