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Com um novo caso de violência escolar -em que um aluno de dez anos atirou em uma professora em São Caetano do Sul (SP) e se matou-, o debate sobre como lidar com o problema volta à tona. Especialistas ouvidos pelo UOL Educação afirmam: as escolas precisam mudar para tentar evitar novos episódios. Essas mudanças também passam, dizem, pela família e pela formação do professor. "A escola precisa mudar muito. Precisa evoluir muito em questões pedagógicas, nos métodos de ensino, no próprio relacionamento dos professores com os alunos", afirma o professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) Evandro Camargos Teixeira. Ele defendeu, neste ano, uma tese de doutorado sobre as relações entre violência e abandono e desempenho escolar. "Não é uma questão de coerção. Isso não vai acabar com o problema. Não adianta colocar a polícia. Ela vai lá para tentar resolver o problema que acabou de acontecer. É [preciso] uma política de conscientização de todos os setores", afirma Teixeira. Para Paulo Carrano, professor da Faculdade de Educação da UFF (Universidade Federal Fluminense), não houve muitas mudanças nas escolas nos últimos anos. "A disciplina escolar não mudou muito, a disposição das carteiras [na sala] não mudou muito", diz. Professor Essas mudanças, afirma Carrano, também devem passar pelo professor. "O ‘manda quem pode, obedece quem tem juízo', tem que ter lugar a outro tipo de autoridade. Os professores mais escutados [pelos alunos] são os que têm a autoridade do saber, que sabem o que estão dizendo, e os que têm a autoridade do afeto, que escutam, que dão valor às experiências que os alunos já trazem. O que consegue juntar as duas é o melhor professor." Fonte: Portal do Paraná |
domingo, 25 de setembro de 2011
Escolas precisam mudar para reagir à violência, defendem especialistas
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